Alathair foi convocado para a reunião com os conselheiros. Na sala estavam seu pai, Taelin, Elion e Legolas. O príncipe exibia um olhar de derrota incaracterístico, em quanto mantinha os braços cruzados e sua mente perdida.
- O que aconteceu? – ele questionou ao ellon loiro, mas não obteve resposta.
Elis também tinha um olhar triste, assim como Taelin, mas seu pai era indiferente, fazendo-o engolir em seco quando direcionou seus olhos prateados em sua direção.
- O rei tentou rastrear Dralyth, mas a conexão é inexistente, nem mesmo com a ajuda de Nidhel foi possível. Ou a bruxa perdeu sua magia, ou ela está morta. – ele comunicou.
- Quando foi que isso aconteceu? – ele questionou incrédulo. – como ninguém me disse nada?
- Recebemos a informação hoje ao nascer do sol. – disse Taelin. – sinto muito Alathair, mas as chances de ela estar viva, é praticamente nula.
- Eu não acredito que esteja morta. – ele rosnou e virou-se, saindo pelo corredor em passos duros, sem perceber que Elion o seguia.
- Espere Alathair! O que vai fazer?
Ele não deu ouvidos, atravessando os corredores em passos duros, o ellon o chamou novamente, mas estava indignado demais para fazer qualquer outra coisa, procurando em seu casaco pela chave de sua porta quando parou em frente à ela. Suas mãos tremiam tanto que quase não conseguia entrar em seus bolsos, sua visão embasada pelas lágrimas. Seu coração estava frenético sem acreditar.
Era sua culpa, se não tivesse fugido e procurasse um meio de liberta-la, se não tivesse contado a Firandir sobre os diamantes negros. Como era um parvo! Não tinha feito por mal, confiava no rei deposto, lhe tinha fornecido a informação porque acreditava que o ellon amava a bruxa. Agora tinha perdido a Dralyth, a única que o aceitou sem reclamar, que gostava e aturava suas palhaçadas. Não podia perde-la, não quando não tinha mais ninguém, não por sua culpa.
Ele rosnou quando desistiu das chaves e chutou a porta, uma, duas, três vezes.
- Alathair! Pare por favor! – gritou Elion - precisa se acalmar.
Mas ele não queria se acalmar! Sua vontade era de matar alguém, de fazer todos eles pagarem pelo que fizeram. Dralyth podia ser muitas coisas, mas ela não merecia a morte. Foi então que ele foi empurrado contra a parede, por reflexo revidou o golpe, e desferiu outros, descontando sua raiva em quem quer fosse que se atrevia a toca-lo.
Seus braços foram firmemente puxados para trás de seu corpo, enquanto o peito largo se forçava contra o dele, a dor o fez voltar para a realidade. Elmar o mantinha preso e colado ao seu corpo igualmente grande, enquanto Elion estava afastado dos dois, observando-os com cautela.
- Você precisa se acalmar Alathair. – o ellon sussurrou, descansando o rosto contra o seu.
- Ela não pode estar morta. – ele soluçou – isso não está acontecendo.
- Eu sinto Muito, vocês não mereciam Isso, Calma, eu estou aqui. – Elmar o abraçou, forçando seu rosto contra seu pescoço.
Alathair o abraçou, escondendo seu rosto contra o pescoço do ellon. Sua mente ainda estava turva, a dor se sobrepondo a todo resto, alheio a Elion e Legolas que estavam no corredor observando-os. Eles o presenciaram seu desmoronamento, e quando Elmar o levou para dentro de seu quarto que tinha a porta arrebentada.
Elion se adiantou, querendo que Alathair soubesse que ele estava ali, que estava preocupado com ele.
- Eu sinto muito. – ele disse, mas não tinha certeza se o ellon o tinha escutado. Elmar lhe lançou aquele olhar engraçado que sempre fazia, antes de responder por Alathair:
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O segredo da princesa.
FanfictionInesperados visitantes em Mirkwood prometem acabar com a paz do reino, e principalmente para Legolas. Será que o príncipe conseguirá distinguir seu dever de seus desejos? Esse dilema trará muitos questionamentos, e uma pequena competição pela atençã...