Legolas estava frustrado. O soldados demoraram mais do que o esperado para trazer os nobres elfos para o castelo para então coroar o rei. A busca por Dralyth não deu em nada, e eles pretendiam formar outra equipe para seguir os rastros de Merryc e Victor que tinham conseguido fugir.
Os servos e outros moradores do palácio os aguardavam diante dos portões. Com sua visão, Legolas podia ver Brienne, animada enquanto tentava velos. Estava ao lado de Alathair, segurando sua mão com força e sussurrando coisas para ele. Depois de ver seu amigo sofrer, ele não tinha mais ciúmes da estreita relação que os unia, na verdade até gostava de saber que seu amigo teria alguém para apoia-lo nesse momento.
Elmar se dirigiu ao encontro deles com seu cavalo preto. Então tirou o capacete, e se curvou para sussurrar algo ao seu pai. O ar mudou drasticamente, o vento forte fazia as copas das árvores zunirem como se estivessem zangadas, fazendo-o trocar um olhar de preocupação com Tauriel. O rei segurou o maxilar do guarda em um aperto forte, afundando os dedos em sua pele, e rosnou algumas palavras baixas, e o empurrou. Nada mais foi dito depois. Quando chegaram ao palácio, desmontaram de suas montarias, Firandir sorriu a Brienne e a girou ao redor de si mesmo, quando a abraçou, eles ficaram unidos por muito tempo, mas a princesa abriu os olhos para contempla-lo, deixando o pai por alguns segundos antes de se aproximar para abraçá-lo também.
Ele ficou momentaneamente surpreso, mas devolveu o abraço, sentindo o corpo dela se moldar ao dele. Pensou na última noite que passaram juntos, e um sorriso que ele sabia que era bobo enfeitou seu rosto.
- Obrigada, Legolas. – ela sorriu, antes de ficar na ponta dos pés para beijar seu rosto.
O príncipe tentou não ruborizar, enquanto a observava entrar junto de seu pai para dentro. Alathair tinha ficado de lado durante os cumprimentos, seus olhos dourados procurando por Elion entre os inúmeros soldados que entravam. Ele se aproximou, e colocou a mão sobre o ombro de seu amigo.
- Elion ficou para auxiliar Bran durante uma temporada.
- Ele vai ficar por 6 meses inteiros? – seu amigo questionou desanimado. Ele o abraçou, forçando o rosto do outro contra seu ombro, para que pudesse sussurrar em seu ouvido.
- Eu sinto muito que as coisas entre vocês não esteja dando certo. Sei que é doloroso para você, mas também é para Elion. Por mais que negue, ainda o ama. – ele sussurrou, e se afastou. – estou aqui com você, Alathair, sabe que também é meu amigo, e é querido.
- Obrigado, Legolas. – seu amigo sorriu, mas seus olhos continuaram opacos e sem vida.
Ele o observou se afastar, e alongou o pescoço e os braços. Parecia que nada em matéria de amor funcionava para os três amigos, será que para Tauriel era diferente? O príncipe iria seguir para seus aposentos, mas Elmar o parou no caminho.
- Cundu (príncipe), aran (rei) solicita uma reunião nos aposentos real. – o ellon se curvou, seu rosto ainda vermelho das marcas dos dedos de seu pai.
Legolas estranhou o pedido, sabia que algo tinha acontecido, e logo poderia precisar da ajuda de Tauriel para acalmar a fera. O guarda o escoltou até os aposentos e abriu a porta para ele. Taelin e Agalardiel já estavam lá, um atrás da poltrona do rei, e o outro a frente, ambos em pé, com os braços cruzados atrás das costas.
- Aran. – disse Taelin. – conheço os motivos de sua negação, mas ela pode ser a única maneira de encontrar Dralyth.
- Eu não a quero em minha casa! – o rei rosnou entre dentes cerrados, as chamas tremularam diante de sua relutância.
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O segredo da princesa.
FanfictionInesperados visitantes em Mirkwood prometem acabar com a paz do reino, e principalmente para Legolas. Será que o príncipe conseguirá distinguir seu dever de seus desejos? Esse dilema trará muitos questionamentos, e uma pequena competição pela atençã...