Minha noiva.

140 7 22
                                    


Firandir e Thranduil estavam parados diante da cela. O rosto inclinado e os braços cruzados sobre o peito.

- O que devemos fazer com ele? – Firandir questionou, ainda pensando no que deveria fazer.

Helmund estava sentado no chão das masmorras, muito furioso pelo que Alatahir e Elion tinham feito com ele.

- Alathair disse que ele se urinou. – o rei torceu o nariz. – isso porque eles nem se quer perfuraram sua pele.

Ele soltou uma gargalhada, empurrando de leve o ombro do seu irmão, que como sempre o olhou com uma careta.

- Fodam-se vocês. – Helmund rosnou, mas não se atreveu a levantar, ainda escondido no fundo da cela.

- Por acaso você estava acomunado com Merryc? – o rei rosnou, aproximando-se da cela.

O mortal continuou onde estava, e amaldiçoou os elfos em voz baixa, o rei apenas usou sua magia para que as chamas tremulassem, logo em seguida aumentando de intensidade como se alguém as tivesse alimentado.

- Não preciso me aproximar para lhe ferir. Responda-me seu rato sem calda!

- NÃO! – O mortal se defendeu. – não fiz nada disso! Juro por tudo que é mais sagrado. Meu único pecado foi amar Brienne.

- Foi ser um escroto. – rosnou Firandir. – você a perdeu, porque não foi homem suficiente para trata-la como uma mulher de verdade.

- Quer expulsá-lo ou decapita-lo? – o rei questionou sorrindo. – tenho preferência pela segunda opção.

- Vamos expulsa-lo. – ele murmurou. – não posso matar o pai do meu neto. Pelo menos posso dizer que morreu em uma guerra ou algo assim.

O rei revirou os olhos, batendo em seu ombro quando saiu das masmorras. Firandir ainda continuou observando a Helmund, se perguntando porque tinha colocado-o como guarda pessoal de sua filha.

- Eu confiei em você.

- Eu a honraria, a amo muito. – o mortal afirmou.

- Você a honrou quando a seduziu? Ou quando a engravidou e escondeu isso de todos? De Dralyth, de Alathair?

- Minha intenção nunca foi prejudica-la.

- Foda-se suas malditas intenções! Você a machucou, e a desonrou, e tentou claramente manipula-la. Não merece nem mesmo que ela olhe em sua direção, nunca mereceu. Espero que apodreça, que a sombras sempre rondem o seu caminho. Vai se arrepender de ser tão baixo, Helmund.

O rei deposto então cuspiu diante dos pés dele, em uma ofensa, então se retirou. Quando chegou ao topo das escadas, se deparou com seu irmão com os braços cruzados, apoiado em uma parede e Elmar que o escoltava, carregando uma foice.

- Então, apenas expulsa-lo? - o rei levantou as sobrancelhas.

- Sim. Não vou conseguir mata-lo, resta tão pouco de sua vida para viver, uma década e meia, menos. Deixe-o viver sofrendo com a perca de algo que nunca mais poderá obter.

- Elmar, livra-se da foice. – o rei estalou entediado, voltando para seus trabalhos referentes a corte.

Firandir então foi até os aposentos de sua filha, não conversava com ela desde de que a princesa tinha dormido com o príncipe. Não sabia o que fazer em relação a isso, tinha aceitado a relação, e também o casamento que se resultaria disso, mas no fundo ainda sentia-se relutante. Ele foi até os aposentos da princesa, e bateu na porta. Rachel logo o atendeu, fazendo uma mensura, antes de acomoda-lo na sala, em uma das poltronas.

O segredo da princesa.Onde histórias criam vida. Descubra agora