Uma conversa.

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Legolas não conseguiu dormir direito essa noite, sempre que mudava de lado acordava, pensando nas palavras do rei. Lentamente a desconfiança das atitudes de Brienne também cresceram em seu coração. Da bruxa sempre tinha desconfiado, então não foi difícil chegar a temível conclusão de que elas estariam armando alguma coisa.

Alathair era um de seus melhores amigos, mas não vivia em Mirkwood a muitos séculos, e tudo referente a cultura élfica e seu povo parecia ter desaparecido do ellon, por tanto sua lealdade também poderia ter mudado, assim como sua essência mudara.

No fundo do coração, o príncipe se sentia confuso. Desconfiança não era prova, e enquanto não tivesse provas, preferia confiar na palavra de uma dama, não considerava a bruxa, (e claramente nem ela mesma) como uma dama, por isso, pensava apenas em Brienne.

O príncipe se sobressaltou no momento que sentiu a presença de alguém em seu quarto, por segurança sempre deixava uma adaga longa acoplada a cabeceira de sua cama. Ele a agarrou, enquanto se sentava, foi então que seus olhos se deparam com a bruxa diante de sua janela, próximo a cama. Seus olhos verdes brilhavam no escuro dos aposentos, e suas vestes pretas assim como seu cabelo a encobriam. Seus lábios sustentavam um malicioso e indulgente sorriso enquanto o encarava.

 Seus lábios sustentavam um malicioso e indulgente sorriso enquanto o encarava

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- O que está fazendo aqui?

- Eu preciso de um momento para falar contigo. – ela explicou enquanto se aproximava, o príncipe continuou segurando firmemente sua adaga.

- Não poderia ter falado com o rei, enquanto estava em sua cama? – o príncipe zombou, ainda muito incomodado com o fato da elleth estar em seus aposentos.

Ela deu de ombros de forma desleixada.

- Eu estou de saída, e o sol ainda não nasceu. – ela disse de forma descontraída. Como se essa fosse a verdade absoluta, fosse tão banal e fizesse todo o sentido para ele.

- Certo. Qual é o motivo de invadir meus aposentos? – o príncipe questionou irritado com a situação.

O que aconteceria se alguém a pegasse ali? Se seu pai a visse ali? No quarto dele, enquanto ele estava seminu. Um calafrio desceu por sua espinha, da forma mais desconfortável possível.

- Eu vou partir para ErynWood. Deixarei Brienne aos cuidados do reino, e lhe peço que tenha com ela um cuidado especial. – ela concluiu, o príncipe levantou uma sobrancelha em questionamento.

A feiticeira se aproximou, fazendo o príncipe se levantar. Seja qual for a intenção da bruxa, ele preferia estar preparado. Percebendo seu desconforto, a elleth sorriu de forma travessa.

- Já recebeu alguma outra mulher em seus aposentos? – a pergunta indiscreta o pegou de surpresa fazendo-o corar. Podia sentir até as pontas de suas orelhas quentes como brasa.

- Isso não lhe diz respeito, senhorita.

- Tudo bem, eu não ligo. – ela sorriu – mas você fica ainda mais bonito quando ruborizado.

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