Beijinhos a todos, votem por favor, cometem! Não se esqueçam tá bom?
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Meu coração sangrava de forma intensa, era duro e triste, estava de óculos escuros, com a alma em luto e nos braços do meu pai. Naquele dia, quando a diretora entrou na sala e nos contou que Celina Have não tivera sobrevivido eu senti uma dor surreal, a de fracasso, Celina era minha amiga, a única que com muita insistência tivera conquistado meu carinho.
Juvenia ligou para minha mãe para contar o que se tinha passado, eu não conseguia raciocinar direito, afinal, foi no meu colo que seu corpo amoleceu.
Eu ainda lembrava perfeitamente dos seus braços ensopados de sangue, de seus olhos multicolores, do quão ela era linda, minha amiga e do quão eu me chateava ao passo que a amava profundamente.
Leomar me abraçou por algum tempo mas nem seu calor pôde afastar o sentimento de dor e culpa que eu carregava. O sr Lorise me abraçou por um instante, pediu para eu ser forte mas era impossível não era? quer dizer, eu havia falhado com ela, eu devia ter dito que a amava, que me importava com ela, que era especial para mim, quem sabe isso não a teria feito ficar com a gente?
Mara ficou do meu lado, me ajudou a lavar o ensopado de sangue dela em mim, eu estava assustada, apavorada e Mara sabia que só meu pai podia ajudar, minha noite nunca foi tão longa, Mara dormiu abraçada a mim, naquele dia eu não recusei seu calor, eu precisava mais do que nunca.
Quando soube que papai estaria no velório de Celina uma onda de alívio me consumiu, eu fiquei em seus braços desde então.
_ Quer comer alguma coisa?_ Silver, meu pai quis saber, faço que não e ele respira fundo_ Precisa comer Marita, precisa reagir!_ me pede, estávamos em casa de Celina, eu ja tinha vindo uma vez aqui, no dia em que joguei suco na Aliranha, Celina estava abalada devido as coisas que Alice a tinha dito.
_ Eu não quero! _ conto, meu pai afirma e beija minha testa, permaneço ali, em seus braços, querendo desaparecer_ eu não quero ficar aqui pai, me leva com você! _ peço quando lágrimas voltam a rolar
_ Olha para essa gente Marita, acha que se importam com sua amiga? Precisa estar aqui para ajudar outras a não seguirem um caminho igual ao dela. Para demonstrar amor, você tem muito amor, precisa ficar!_ me pede, olho para os que ali estavam, em nenhuma vez os vi sequer olhar para Celina, só estavam naquele lugar por educação ou por alguma besteira talvez.
_ Eu não sou heroína, não sou melhor que ninguem!_ cito a frase que Celina me disse naquele dia no banheiro.
_ Não, você não é, você é Maria Elisa, minha filha querida que lê livros e se faz de durona para o mundo, você é a garotinha dos meus olhos e eu conheço você, sei que pode ajudar essas meninas porque tem bom coração! _ ele diz e eu afirmo.
Olho minha mãe conversar com Leomar, eles cochicham sobre algo, minha mãe está abatida, não só pelo que aconteceu, talvez seja minha indiferença, ou apenas a saúde fraca que tem, não importa, não agora, mais do que nunca eu preciso deles, dos meus pais, mas para isso eu preciso perdoá-la e sinceramente, não tem sido nada fácil. Ela sorri fraco para mim quando nota meu olhar sobre ela.
_ Acha que a mamãe está bem?_ pergunto para meu pai, ele olha para minha mãe, Sr Lorise beija o rosto dela e a leva para se sentar.
_ Não!_ confessa, olho para ele que de seguida crava seus olhos em mim_ por isso precisa ficar aqui!_ informa, não entendo o que me diz, mas afirmo e volto a abraça -lo.
_ Sr Malate? Permite que eu leve sua filha para comer algo? A sra Lorise me contou que ela não tem se alimentado direito nesses últimos 2 dias!_ Me viro e vejo Leomar, ele está abatido também, enquanto que a maioria não.
_ Claro, leve a, você deve ser o Leomar não é?_ eu havia comentado com meu pai que iria fazer trabalho com um rapaz e ele meio que quis a ficha completa do rapaz.
_ Sou sim!_ ele informa_ vem Elisa!_ ele estica sua mão, faço que não, não quero ir, não tenho fome!
_ Elisa?_ meu pai pergunta, sabe que não gosto que me chamem de Elisa.
_ Ele só quer me irritar com esse nome!_ deixo claro meu pai sorri para Leomar.
_ Gostei de você rapaz!_ para o meu espanto ele diz, Leomar sorri e segura minha mão mesmo eu negando. Filho da mãe!
_ Obrigado sr, vem Elisa, vai comer mesmo que não queira!_ diz me afastando do meu pai, me controlo para não fazer um teatro aqui, ele só me solta quando saímos da casa de Celina e por incrível que pareça estar fora daquele lugar cheio de gente me faz bem.
_ Eu não tenho fome!_ digo quando ele faz o pedido, estamos numa lanchonete, sentados em uma das muitas mesas ali espalhadas.
_ Imagino, mas você precisa se alimentar ou a próxima que iremos..._ ele se cala quando me vê olhar para a janela incomodada_ desculpa, eu fico meio louco quando...
_ Não precisa falar se não quiser!_ digo e ele afirma, segura minha mão e sorri fraco para mim.
Estar com Leomar trás diversos sentimentos em mim, eu não estou acostumada a sentir essas coisas até agora por mim não definidas. Eu não sei o que fazer ou dizer ao lado dele, e agora eu estou sendo obrigada a comer, sendo vítima de sua cara feia quando dispenso o prato na metade. Se eu estivesse em condições adequadas eu chutaria sua bunda, de certeza que sim, mas não estava e lá no fundo eu só queria ficar aqui, recebendo seus mimos e esquecendo um pouco do que se passava em minha vida.
Jumaida Massango 😘
Então amores?
E aí? Que coisa né? Maria e a mãe abraçadinhas🤗
Lindo
E Leomar?
Até o próximo capítulo!
Ei
Votem por favor!
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A Reconquista(Concluída)
RomanceCapa feita por @Assucenia_Chilaule Bj😘 Maria Elisa sabe pouco sobre si. Depois de sua mãe escolher uma nova família ela precisa praticar o perdão. "Eu era, eu fui, eu sou e serei ainda aquela garotinha que viu sua família desmoronar, sua amiga se...