Capítulo 11

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Depois do pequeno lanche voltamos para casa de Celina, assim que entramos na casa a malta veio até nós 

_ Onde estiveram?_ Juvenia pergunta estranhando nós 2 juntos, se até eu me perguntava o que era aquilo tudo, imagina os outros!

_ Levei Elisa para comer alguma coisa! _ Leomar comenta, Alice me lança um olhar mortal, porquê ela está aqui mesmo?

_ Você não é encarregado dela Leomar! Porquê a levou para ir sei la onde? Eu sou sua namorada, não ela! 

_ Alice..._ Leomar a adverte mas ela o corta.

_ Alice nada Leomar, essa garota só quer nos afastar, ela é uma praga em nossa vida, sabe se lá o que disse para Celina para ela se suicidar, desde que ela chegou aqui tudo tem dado errado, é culpa dela Celina ter se matado! _ não consigo me controlar, a raiva me consome por inteiro e lembro das vezes que eu e Celina nos enraivamos com a loucura de Alice, sem me controlar apenas dou um tapa nela, queria ter dado mais, mas ela já é um frangote, penso em avançar outra vez, quando a vejo cambalear dou mais um do outro lado, seguro seus cabelos mulatos e puxo irritada..

_ Eu vou acabar com você sua piranha peçonhenta, não ouse jamais falar o nome da minha amiga, você está proibida de pronunciar o nome dela entendeu? acha que eu não sei que você e outros da turma sentiam nojo dela por ser Albina? Fui eu quem a livrei das suas mãos naquele dia lembra? quando você a insultava, agora quer vir aqui e bancar a santinha?_ eu estava cansada dela, ela me irritava ao extremo, meu pai me puxou dela enquanto outros a ajudavam. Piranha.

_ Ficou maluca Marita?_ meu pai ralha comigo .

_ Fiquei, essa estúpida precisa parar de manipular as pessoas, e agora só para te irritar eu vou grudar no seu namorado, até você não aguentar mais!_ falo e deixo todo mundo ali dentro e saio da casa, bando de abutres

_ Filha!_ Mara me chama enquanto vem a minha trás.

_ Agora não Mara!_ digo apressada.

_ Maria por favor!_ escuto uma voz chorona e me viro para encontrar a sra Have, mãe de Celina, ela está ao lado da minha mãe e seu rosto inchado mostra o quanto tem chorado. 

_ Sra Have, me desculpa por ter batido naquela lá, é que ela finge ser algo enquanto é outra coisa e eu... só me desculpe!_ peço tentando me controlar, mas parece impossível quando lágrimas de dor e frustração rolam dos meus olhos.

_ Eu sei quem é aquela menina!_ ela diz e me mostra uma carta_ eu sei muita coisa agora!_ fala dolorida.

_ Celina me contou sobre vocês! _ não escondo minha raiva, foram diversas as causas que fizeram Celina se suicidar, e o sr e a sra Have estão inclusos nessa lista macabra.

_ Eu e meu marido a fizemos sofrer!_ diz com pesar e eu afirmo, é isso mesmo, vocês influenciaram na sua decisão e não sei se poderei perdoar algum dia.

_ Vocês deveriam ser os primeiros a ajudá -la, então fiquem sabendo que Alice não é muito diferente de vocês, e agradeça por eu ter um tantinho de repeito porque tudo que eu quero é quebrar a vossa cara!_ digo sincera.

_ Marita!_ minha mãe me adverte.

_ Pode deixar senhora Lorise, ela tem razão, obrigada por tornar os últimos dias da minha filha felizes, ela andava radiante com a vossa amizade! _ ela me conta e mais lágrimas rolam do meu olho. 

_ Eu queria poder ter ajudado, mas ela parecia muito magoada, sinto muito não ter feito muito!_ digo chorona e ela afirma triste.

_ Ela custumava andar com esse fio, se tem alguém que pode ficar com ele, esse alguém é você!_ diz e olho emocionada para o colar, Celina adorava esse fio, ela não tirava do pescoço de jeito algum, ter ele comigo significaria ter ela comigo, aceito de bom grado o gesto.

_ Muito obrigada, é muito importante para mim!_ digo e ela afirma

_ Você foi a única amiga dela em anos, leve a carta com você, será bom saber o que ela pensou nas suas últimas horas de vida!_ ela diz, abraço a mãe da minha melhor amiga que agora descansa no mais profundo sono.

_ Obrigada!_ digo e ela afirma, olho para minha mãe e ela sorri fraco_ Pode me levar para casa?_ peço e ela afirma, seguramos as mãos e vejo meu pai sorrir para mim quando me vê com minha mãe, Mara estica nossas mãos para ele que acena para nós, Vejo ao longe o Sr Lorise se aproximar do meu pai, diz algo e os 2 riem, é algo espantoso.

Vamos até a paragem e pegamos um coletivo juntas, em poucos instantes descemos, mais alguma caminhada de mãos dadas e chegamos em casa.

Mara me aconselha a tomar banho e esse é um dos momentos mais dolorosos, esfrego minha pele querendo tirar todo excesso de culpa que carrego e nada parece funcionar, é tudo tão doído.

_ Quer ficar sozinha? _ minha mãe pergunta quando entramos em meu quarto depois que faço o bsnho e faço que não.

_ Pode dormir comigo? Não quero ficar sozinha!_ peço e ela sorri, nos abraçamos apertado e adormeço em seus braços em questão de segundos.

Amanhã pensarei em como continuar com a minha vida, em como lidar com a perda, como encarar Leomar depois de ter dito que ficaria grudada ao lado dele, Argh, minha vida estava uma tremenda confusão, era isso que minha vida tinha se transformado, uma loucura, uma história digna de ser expressa em um livro com o tema bem explícito, em Negrito: A ETERNA DESGRAÇA! sem nenhuma hipótese de reconquista.

Jumaida Massango 😘

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O que acharam da lição que Maria deu na Aliranha?
Que gesto lindo da sra Have!
Lindo demais.
Bjs 😘
Ei
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Vem comigo?
Até a próxima.

A Reconquista(Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora