Capítulo 45

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Um pouco de Leomar para nós

- Alan Jackson_ between the devil and me

This world can take you by the hand
And tempt the soul of any man
But you can choose your path
There's two roads you can take
One way is right and one way is wrong
The flesh is weak, but love is strong
And she's all I see between the devil and me
(Este mundo pode levá-lo pela mão
E tentar a alma de qualquer homem
Mas você pode escolher o seu caminho
Há dois caminhos que você pode tomar
Um modo está certo e um modo está errado
A carne é fraca, mas o amor é forte
E ela é tudo que eu vejo entre o diabo e eu)

The gates of hell swing open wide invitin' me to step inside
I'll be your friend, he calls again, I know it's him
The flames are spreadin' everywhere
But through the smoke I see her there
She's all I see between the devil and me
(Os portões do inferno se abrem, me convidando a entrar
Eu serei seu amigo, ele chama de novo, eu sei que é ele
As chamas estão se espalhando por toda parte
Mas em meio à fumaça eu a vejo lá
Ela é tudo que eu vejo entre o diabo e eu)

I hold her in my arms tonight
So safe and warm I close my eyes
And a cool breeze blows 'cross our bodies in the dark
Outside her reach is my concern
Somewhere I know a fire burns
And she's all I see between the devil and me
(Eu a seguro em meus braços esta noite
Tão seguro e quente, fecho meus olhos
E uma brisa fresca sopra através de nossos corpos no escuro
Fora de seu alcance está minha preocupação
Em algum lugar eu sei que um fogo queima
E ela é tudo que eu vejo entre o diabo e eu)

The gates of hell swing open wide invitin' me to step inside
I'll be your friend, he calls again, I know it's him
The flames are spreadin' everywhere
But through the smoke I see her there
She's all I see between the devil and me
(Os portões do inferno se abrem, me convidando a entrar
Eu serei seu amigo, ele chama de novo, eu sei que é ele
As chamas estão se espalhando por toda parte
Mas em meio à fumaça eu a vejo lá
Ela é tudo que eu vejo entre o diabo e eu)

The gates of hell swing open wide
Invitin' me to step inside
She's all I see between the devil and me
(Os portões do inferno se abrem
Me convidando a entrar
Ela é tudo que eu vejo entre o diabo e eu)

45  LEOMAR ZILAR

Ver meu pai naquela maca, desacordado quebrou alguma coisa em mim. Era incrível como José tinha o poder de estragar tudo. Eu estava bem, feliz e com uma namorada, ele havia prometido parar mas não parou, e mais uma vez quem deve pagar o pato é o mané aqui.

A semana toda eu tentei, fiz de tudo para tentar quitar ao menos a dívida da casa, mas era inútil, era ou ou ou, eu não queria mas não via opções melhores, Nádia sabia como negociar, era uma mulher suja, isso não era segredo para ninguém, mas eu não imaginava o quanto.

_ Não fará nada do que ja não tivera feito antes, é só ir a cidade, entregar o presente nas mãos de quem eu mandar e terá uma parte da dívida quitada!

ela negociou, eu queria quebrar a cara dela mas aqueles dois marmanjos estavam ali e com certeza era eu quem pararia na cama de um hospital e não posso permitir que algo assim aconteça.

Eu ja fiz isso algumas vezes, era assim que eu pagava as dívidas que meu pai fazia, minha mãe nunca soube, eu não podia deixar que descobrisse, Marta não me perdoaria, mas se eu não fizesse ela perderia a única coisa que lhe sobrou dos seus pais, sua casa, minha mãe merece o melhor.

O sr Lorise abre a porta e sorri fraco para mim.

_ Entre rapaz, está frio aí fora!_ me diz e entro, não posso me atrasar, só quero dar um beijo nela e ir_ vou chamar Maria para você!_ ele me avisa, escuto passos lentos virem e sorrio

_ Uau, está horrível! _ digo e ela ri, abraço sua cintura e respiro seu cheiro maravilhoso

_ Sou sempre bela!_ diz e eu afirmo, Elisa está com os cabelos presos em um totó, e trás um daquelas suas calças largas e uma blusa soltinha, olho feio para ela quando noto estar descalça _ detalhes! _ diz se jogando no sofa, me sento ao seu lado e toco seus dedos entrelaçados aos meus.

_ Detalhes cruciais! _ ela rola os olhos e deita sua cabeça em meu ombro, sorrio e a envolvo em meus braços

_ Por onde andou? Estão todos preocupados! _ me fala, ela senta e olha nos meus olhos, ajeito sua canula e estalo um selinho em seus lábios

_ Estou com problemas! _ falo e ela afirma, abre a boca para perguntar alguma coisa mas hajo rápido e beijos seus lábios, quando nos afastamos respiro fundo para então lhe falar_ vai me odiar quando saber!_ digo baixo, ela balança a cabeça em negação mas sei que sim_ eu preciso ir agora, mas prometo contar, sábado lembra?

_ Porquê não acaba com isso?

_ Tem coisas... Elisa, eu preciso resolver, mas eu prometo contar! _ ela cruza os braços e se levanta irritada

_ Coisas, coisas e mais coisas, quer saber? Faça o que quiser, só me prometa que voltará! _ pede e eu sorrio, paro a sua frente e toco seu rosto pálido e gélido, está meio pálida, tem estado assim agora, isso me preocupa, é tão linda, está preocupada e a venero mais agora, mesmo chateada me faz perceber seu carinho por mim.

_ Eu vou!_ prometo, beijo sua testa e saio, não olho para trás, se o fizesse eu com certeza fraquejaria, coloco o capuz e vou direto para a delegacia, por 3 anos eu fiz isso, Nádia prometia toda vez que seria a ultima vez mas isso nunca aconteceu, meu pai voltava a apostar a casa e eu era submetido a essa porcaria mais uma vez, eu não quero mais isso, não de novo, não quando tudo parecia estar bem, Tenho uma namorada, e minha mãe e irmã não merecem isso.

Sou recebido por um policial, sabe o que vim fazer aqui, quero ajudar, quero parar de transportar essas coisas, o detetive me manda sentar, explica que é arriscado, que pode dar algo errado, que podemos fazer de outro jeito, fingir entrar na corporação deles, descobrir mais deles e assim pegar o bando todo, mas não quero, seria pior, se contra minha vontade já sinto que perderei um pedaço de mim imagina isso? Ajudaria a polícia, mas arruinaria ainda mais minha vida, não posso admitir.

O detetive me dá um microfone, respiro fundo e penso na minha mãe, na casa dela, na minha irmã, tenho medo de algo dar errado mas não há mais volta, eu me meti nisso e preciso pagar por isso. Saio de lá e vou até o bar dos Bolzon, não entram menores mas eu sempre vim, meu pai armava o maior barraco e era eu quem o levava para casa, infelizmente da última vez ele foi direto para o hospital.

_ Quero falar com a Nádia! _ digo ao guarda, ele me olha curioso, sua feição não é lá das melhores, apenas o ignoro, ele abre a porta e eu entro, conheço o trajeto, passo por algumas mesas e adentro a uma porta ao lado do balcão, é a sala dela, a mulher me olha com um sorriso debochado, a pequena sala fede a droga, álcool e a sexo, essa mulher é repugnante, sem escrúpulos, ela prende suas dreds no topo da cabeça, vejo seu braço cheio de tatuagens, eu posso me ferar se isso não der certo, todos 3 naquela sala sabem, Nádia e seus cães de guarda sorriem feito diabos, então percebo que se existisse inferno, seria exatamente ali!

Jumaida Massango 😘

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