A garota do bar

Capítulo 11

A garota do bar

POV'S BIBI

Tínhamos tomado um "banho" e já estávamos indo deitar quando eu falei:

- Topa ir ver o nascer do sol denovo?

Já eram 4:50 da manhã.

- Aham- ela respondeu um pouco triste

- Tá tudo bem?- perguntei passando a mão em seus cabelos

- Sim, só estou um pouco cansada.

Fomos para a praia e ficamos sentadas, peguei meu violão e comecei a tocar Calendário de ANAVITORIA, ela me acompanhou.

Não se arrisque em tentar
Me escrever nas suas melhores linhas
Eu não preciso de altar
Só vem repousa sua paz na minha
Eu já te disse alguma vez
Tu tem pra mim o nome mais bonito
A boca canta ao te chamar
Teu canto chama o meu sorriso
E 'tá tão fácil de encaixar
Os teus cenários na minha rotina
No calendário passear
O fim de tarde em qualquer esquina
Tão natural que me parece sina
Vem cá

Te sinto seu ao se entregar
Me tenho inteira pra você
Te guardo solto pra se aventurar
É tão bonito te espiar viver
Se encontra, se perde, se vê
Mas volta pra se dividir
Amor, é que você fica tão bem aqui
É que você fica tão bem aqui comigo

Não se arrisque em tentar
Me escrever nas suas melhores linhas
Eu não preciso de altar
Só vem repousa sua paz na minha
E eu te digo outra vez
Tu tem pra mim o nome mais bonito
A boca canta ao te chamar
Teu canto chama o meu sorriso
E 'tá tão fácil de encaixar
Os teus cenários na minha rotina
No calendário passear
O fim de tarde em qualquer esquina
Tão natural que me parece sina
Vem cá

Te sinto seu ao se entregar
Me tenho inteira pra você
Te guardo solto pra se aventurar
É tão bonito te espiar viver
Se encontra, se perde, se vê
Mas volta pra se dividir
Amor, é que você fica tão bem aqui
É que você fica tão bem aqui comigo

Te sinto seu ao se entregar
Me tenho inteira pra você
Te guardo solto pra se aventurar
É tão bonito te espiar viver
Se encontra, se perde, se vê
Mas volta pra se dividir
Amor, é que você fica tão bem aqui
É que você fica tão bem aqui comigo

- Não sabia que você cantava- falei sorrindo

- Você não sabe quase nada de mim- ela respondeu com uma risada abafada

- Sei que você adora quando eu passo minha língua na sua...- fui interrompida com um beijo seu.

- Não precisa ficar falando assim de graça

- Mas é verdade ou não?

- Cala a boca- ela respondeu rindo e dando um leve tapa em meu braço.

- Tá bom, mas me fala mais sobre você, o que gosta, sua cor preferida, no que acredita, essas coisas assim.

- Bom, eu gosto muito de ver qualquer coisa que esteja relacionado ao céu, sempre que eu vejo a lua e admiro as estrelas eu me sinto bem comigo mesma, é como se eu encontrasse o meu verdadeiro eu quando faço isso.

- Então quer dizer que eu acertei te chamando para vir aqui ontem e hoje?

- Acertou em cheio bibizinha

- Qualquer dia desses te chamo pra admirar a lua a noite, dizem que a noite é uma das coisas mais bonitas de Porto Seguro.

- Esqueceu que vamos parar com isso?- ela falou irônica

- Esqueceu que somos amigas do Mário e vamos ter que conviver?- respondi da mesma maneira.

Ficamos ali por um tempo admirando o céu, que por sinal estava perfeito.

Voltamos para o meu quarto e chegava a hora de acabar com tudo:

- Então é isso né, acho que agora a gente tem que seguir cada uma seu caminho, foi bom enquanto durou- falei abraçando ela.

- Ei, isso não é realmente uma despedida, a gente ainda vai se ver- ela falou me aconchegando mais em seu abraço.

- Não vai ser a mesma coisa né, eu não garanto me controlar se te vir rebolando essa bunda maravilhosa por aí- falei me soltando do seu abraço e a olhando nos olhos

- Eu não estou pedindo para você se controlar- ela respondeu fazendo uma cara safada.

A puxei para um beijo, sabia que aquele ali ia ser o nosso último, coloquei uma das minhas mãos em sua cintura e a outra na nuca, o beijo dela era com toda certeza inesquecível.

- Você não quer ficar um pouco mais e se despedir direito de mim?- perguntei em seu ouvido.

- Não fala assim que eu fico- ela falou dando uma risadinha

- Essa é a minha intenção- falei mordiscando sua orelha.

- Para, sério mesmo, eu preciso ir- ela falou e me deu um último selinho

- Tchau baby- falei e quando ela se virou não consegui parar de olhar para a sua bunda.

- PARA DE OLHAR PARA A MINHA BUNDA- ela gritou pois já estava no fim do corredor

Apenas soltei uma risada e entrei no meu quarto, deitei e tentei dormir, mas não conseguia, eu virava para um lado e outro mas minha cabeça só pensava que aquilo não poderia ser a última vez, meu coração não queria isso, meu corpo estremecia só de lembrar o dela me tocando, depois de algum tempo assim consegui finalmente dormir.