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Pov's Josh

Dúvidas. Estou cercado delas. Problemas. Tenho de sobra. Medo. É o que sinto nesse momento. Em nenhum momento da minha vida pensei que passaria por algo assim; Risco de perder quem mais amo, Uma amiga que adoro está sumida, e a pessoa que poderia me tirar todas essas dúvidas...MORTA, tem como piorar? Como eu queria que tudo fosse diferente, que as coisas estivessem em seu devido lugar, que nada disso tivesse ocorrido. Não posso de jeito algum perder a guarda do meu filho, e muito menos permitir que aquele homem entre na vida dele assim...Mas...e se Jack não for meu filho? E se tudo que vivi desde a chegada de Dytto for uma grande mentira, uma farsa. E se for uma farsa? O que eu vou fazer? Como vou explicar para Jack que além da morte de sua mãe eu não sou seu verdadeiro pai? São dúvidas e mais dúvidas zanzando de um lado para o outro na minha cabeça sem me deixar uma ponta de sossego.

Marck e eu conversamos bastante e chegamos a conclusão de que um exame de DNA teria de ser feito. Era nossa única alternativa para esclarecer essa história. Nesse momento estou indo até uma clínica entregar amostras de DNA. Quando eu pensei que faria isso na vida? O trânsito me tomava o fio de paciência que restava em minha mente conturbada e pra completar uma enxaqueca fazia minha cabeça latejar de segundo em segundo. Um grande festejo silencioso era repetido a cada pisada no acelerador que rodavam as rodas paradas na avenida barulhenta. O som de buzinadas e xingamentos vinham como murmúrios em meus ouvidos cansados dos sons repetitivos que claro eram em vão pois o trânsito não andaria através da velocidade do som e das crises de impaciência de homens e mulheres indignados com a demora do andar dos carros. Depois de tempos de dor de cabeça e impaciência consegui chegar até a clínica e entregar com mãos suadas e pele pálida pela ansiedade as amostras de DNA e voltar para o carro estacionado num gesto instantâneo. Logo voltaria para receber o tão esperado resultado.

Pov's Narradora

O sumiço de Any trouxe grande preocupação na vida de muitas pessoas. Pois seu contagiante sorriso fazia falta, suas brincadeiras e até mesmo seu mau humor traziam um enorme vazio no peito de amigos e familiares aflitos. O choro incontinente de sua mãe e os pensamentos e lembranças liberados pelos amigos traziam cada vez mais saudade e cada vez mais dúvidas, afinal: Onde estaria Any?

Pov's Any
[...Quatro dias atrás...]

- MORANGOS!!! MORANGOS!!!

Depois de repetir as palavra que mas parecia algo aleatório, espontâneo de minha parte percebi que não havia mais volta, eu estou realmente perdida. Pensamentos rápidos circularam por mim, lembranças da mensagem de Sina. Não tinha como dar errado!! Foi aí que me enganei, - Tinha como dar errado sim! - e deu errado, muito errado. A visão da escuridão e o barulho das rodas rápidas no asfalto soltaram meu desespero como água corre por rios agitados.

- EII!! PARA ONDE ESTÃO ME LEVANDO?!!? ME TIREM DAQUI!! SOCO... - sinto minha boca ser tapada com agilidade e o mesmo movimento prede minha duas mãos incontroláveis para achar uma saída, por um segundo não consegui tirar o "pano?" Que cobre meus olhos me fazendo ver apenas sombras pela luz que logo se apagou junto com o som das rodas em contato com o a estrada.

Fecharam as janelas.

O ar frio toma o "carro?" E pensamentos completamente aleatórios desviaram minha atenção.

Será que é comum num sequestro os sequestradores deixarem a vítima confortável? O que Krystian pretende fazer comigo?

Volto logo para os pensamentos de pânico que tinham sido substituidos pelos completamente aleatórios.

O que vão fazer comigo? Será que vou morrer? Vão me machucar? Como devem estar as meninas? Como elas vão reagir a falha do plano? E minha mãe? Se eu não conseguir sair? O que vou fazer sem minha mãe e minha irmã? Socorro...

O veículo ia gelando com o tempo e o frio na minha barriga também tateei os lados com dificuldade e percebi que estava sozinha, como não sei onde estou e com quem estou resolvi tentar me soltar de alguma maneira mas logo sinto algo tocar meu braço.

- Opa princesa, quietinha - a voz masculina toma o carro e eu consigo deduzir que não estou tão sozinha quanto parece.

Que droga...

- Para onde estão me levando?- pergunto com dificuldade pelo pano em minha boca.

- Logo você vai saber - uma voz grave é a da vez, suponho que seja o motorista

Semicerro o olhar dentre o pano em um gesto de indignação. Seria bem melhor se eu soubesse para onde estou indo. Não tem como fugir! Dizer onde vamos é uma alternativa! Se tudo pudesse ser diferente... Não sinto raiva das minhas amigas pois todas nós concordamos com o plano e tomamos todas as precauções possíveis para que nada desse errado, mas não foi o caso - Deu errado - tudo foi em um completo vão. Eu devia ter imaginado que Krystian teria um plano ele é uma pessoa inteligente; Nós realmente achamos que estávamos com a faca e o queijo na mão mas...nada é como nós queremos e agora eu estou aqui, dentro de um carro com os olhos vendados e a boca amordaçada sem saber para onde estou indo e nem o que vai ser de mim daqui para frente.

O caminho continuava silencioso mas com uma pitada de tensão muito forte, eu já estava me acostumando com a situação eu tinha certeza da ideia de que algo poderia acontecer comigo e já estava a me preparar para o pior.

Burra! Burra!

Nem tanto assim...

O tempo estava passando e eu achei que era como uma eternidade até sentir um solavanco brusco e perceber que estamos descendo. A claridade ainda perceptível mesmo com os olhos cobertos foi tomada pela escuridão e o nervosismo começou a correr em mim novamente; Me arrepiei com a situação e respirei fundo em busca da calma que me faltava naquela hora. Esperei alguns segundos até que a porta e destrancada e sinto uma mão forte segurar meu braço com força, senti dor mas resolvi não demostrar; O jeito rude com me lavava me dava arrepios, tropeçei e continuei a "caminhada" do jeito mas normal possível. Sinto me encostarem em algo e logo percebo as circunstâncias.

Elevador...

Parece até que juntaram todos os meus medos e puseram num grade misto de terror e agonia e de prato principal um sequestro relâmpago - Que legal - Ouço o abrir das portas e a claridade atravessar o tecido me fazendo aliviar com pouco, mas ao mesmo tempo sentir medo pois estávamos num elevador e aposto que subimos, subimos e muito.

- AI!

Sinto o empurrão forte me deixar cair sentada numa espécie de cadeira, poltrona, não sei! Apenas senti as mão soltas e logo tirei o tecido da boca e num movimento calmo e de mãos trêmulas tirei o pano dos olhos e pude enxergar a enorme sala de estar em que me encontrava.

Acho que não vou morrer...

Olhei o ambiente e vi dois homens ou melhor duas montanhas paradas em frente a porta de entrada.

Fugir: fora de cogitação.

Olhei a vista pela enorme janela de vidro e consegui ver o mar azul predominando a vista juntamente com o céu amarelado com o entardecer.

Eu ainda estou na Califórnia.

Mordi o lado interior da bochecha em nervosismo e juntei as mãos trêmulas as apertando com força para relaxar, as batidas rápidas do pé direito no chão me ajudaram a controlar o frio na barriga que trazia ondas de arrepios repentinos.

Onde eu estou? E... O que vai acontecer daqui para frente?

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Any!!! Quem é q tava na expectativa????

Bjuuu 💋
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Até quarta
Estrelinhas pra vcs 💫

Apenas Uma Secretária? {Beauany} (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora