Capítulo 8.

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Any Gabrielly

Eu estava em uma espécie de coma, meu corpo estava exausto e minha mente também, um pequeno feixe de luz atrapalhou o sono profundo em que eu me encontrava, fazendo meus olhos se incomodarem com ele. Por um tempo evitei abri-lo, mas assim que tomei um pouco de consciência e em minha mente veio uma cena horrível de um loiro vestindo uma jaqueta vermelha me segurando com força e colocando um pano em minha boca, levei um grande susto, fazendo com que meus olhos se abrissem e meu corpo em um impulso se colocasse sentado. Minha respiração estava ofegante, meu corpo pingando suor e minha roupa molhada por conta do suor.

Olhei ao redor. Um lugar escuro e temeroso. Eu estava em uma cama velha, com um colchão duro e com um lençol sujo. Ao levantar, quando tentei caminhar percebi que minha mão estava acorrentada. Uma longa corrente que estava presa na cama também prendia meu pulso. O lugar escuro que era iluminado apenas por feixes de luz que vinham da pequena janela que com algumas tábuas foi pregada, provavelmente para que eh não pudesse escapar.

A alguns metros da cama havia uma escada com mais ou menos uns cinco ou seis degraus, e no topo podia se enxergar a porta. Eu parecia estar em um porão, um porão escuro e sujo.

O assoalho velho rangia, acompanhado de passos que foram até a porta e ali o barulho morreu por alguns segundos. Agora outro barulho, o da maçaneta velha e enferrujada girando e a porta se abrindo. Podia enxergar seus tênis tocando os degraus da escada, e em seguida mais de seu corpo foi revelado.

Assim que vi Josh vestindo a jaqueta vermelha, consegui lembrar de tudo o que aconteceu na noite passada. Lembrei de quando fui distraída por uma rosa vermelha. Ele havia a colocado lá?

ㅡ Bom dia, querida ㅡ disse, enquanto dava passos lentos até a cama.

Seu sorriso me causava arrepios. Por que o desconhecido que parecia uma pessoa boa é confiável havia me trazido a um lugar como este? Na verdade, por que eu tão boba confiei em um estranho para me levar até minha casa?

Não consegui tirar os olhos de sua jaqueta, ele havia ido até minha casa para buscar? Provavelmente sim.

Eu poderia perguntar quem era ele, mas eu já sabia seu nome, ou será que havia mentido sobre isso também?

ㅡ Por quê me trouxe aqui? Por que estou presa?

Disse tudo tão rápido. Meu nervosismo e apreensão eram visíveis. Puxei meu braço algumas vezes na tentativa de solta-lo, mas falhei. Josh apenas sorriu enquanto se sentava nos pés da cama.

ㅡ Muita calma, teremos tanto tempo pra conversarmos.

Aquele sorriso cínico continuava em seu rosto. Ele conseguia me assustar com aquele sorriso. Na verdade todo aquele cenário me assustava. Eu estava extremamente confusa, só queria poder sair dali. Mas como se podia ver, eu estava em cativeiro e não poderia sair, não até eu arranjar uma maneira de sair dali sem morrer.

Tudo se passava pela minha cabeça, eu sendo morta por suas próprias mãos enquanto me enforcava, ou enquanto me enforcava com as correntes que haviam ali. Ou até mesmo a tortura. Meu estômago congelou e se revirava. O que aconteceria comigo?

ㅡ Me tira daqui, por favor ㅡ implorei.

Ele negou com a cabeça, deslizando sua mão pelo lençol branco que estava quase marrom por conta da poeira e levou seus dedos até minha perna, acariciando levemente a mesma. Fiz uma mansão irritada e chutei o ar, tentando lhe acertar. Pensei em algo que poderia ser inútil, mas eu tentaria.

ㅡ SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! ㅡ Gritei o mais alto que conseguia.

Ele gargalhou alto como se eu tivesse acabado de lhe contar uma piada. O meu sangue fervia de raiva.

ㅡ Não adianta, querida, ninguém irá te ouvir.

Parou em pé, se afastando cada vez mais da cama.

ㅡ Mais tarde volto para conversar mais um pouco e talvez te trazer um lanchinho.

ㅡ Não vá. Por favor, me tira daqui.

As lágrimas correram por meu rosto. Eu estava desesperada para sair dali. Mas ele me ignorou e saiu dali, trancando novamente a porta e me deixando ali no escuro, choramingando baixinho.

Não esqueçam de me seguir, comentar bastante pois é o melhor jeito de me deixar contente com a história e ver que gostaram para eu poder escrever mais, e também não esqueçam de votar. Até a próxima. A meta de hoje é dez comentários marcando um @ para ler essa história. Enquanto não for cumprido, não terá capítulo novo.

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