Any Gabrielly
Com seus lábios colados aos meus, deslizando um sobre o outro e nossas línguas dançando em uma perfeita sintonia, eu podia sentir cada poro de meu corpo se arrepiar. O que estava acontecendo comigo?
Fui prensada contra uma parede próxima as escadas que levavam ao segundo andar, onde se encontrava o quarto de Josh. Seus lábios deslizaram a pele de minha bochecha, fazendo uma trilha pela minha mandíbula até chegar em meu pescoço, onde deixou beijos molhados. Minha mão agarrou os poucos fios que haviam em sua nuca e, em um ato involuntário minha perna direita se ergueu na altura de seu quadril e Josh a agarrou, apertando com força o local.
Então, diversos flashes rodaram minha cabeça e me fizeram voltar a consciência.
一 Não podemos... - Disse em um tom baixo, quase em um sussurro.
一 Apenas relaxe.
Josh continuou a beijar a pele de meu pescoço, chupando algumas vezes o local. Seus lábios carnudos e rosados eram capazes de me levar ao paraíso somente com beijos, não sou capaz de imaginar o que faria se deixássemos aquilo se aprofundar.
"Seja forte, Any!" Minha mente me lembrava a todo momento.
Minhas mãos se depositaram em seu peito e tentaram o empurrar, mas ainda com mais força ele voltava.
一 Eu disse que não podemos!
O empurrei com certa força, o fazendo se chocar contra a mesa em que nos servimos mais cedo. Seu olhar já não era mais tão amigável, na verdade era furioso. Meu coração acelerou, e meu corpo congelou. Eu não conseguia me mover, estava presa ali.
一 Me desculpa, eu não queria... - fui interrompida.
一 Tudo bem. - Sua expressão se amenizou.
O garoto me deu as costas e começou a recolher os pratos, talheres e taças. Me aproximei com cuidado, devagar, me oferecendo para lhe ajudar, esticando as mãos para que me entregasse algumas coisas. O ajudei a levar até a pia. Josh começou a lavar s louça, enquanto eu secava e guardava conforme ele me dizia a gaveta ou porta correspondente a cada objeto, mas de resto nos mantínhamos em silêncio. O clima estava tenso, da minha parte era vergonha, da dele devia ser chateação.
Após a pia estar limpa e tudo em seu devido lugar, suspirei, cansada. Coloquei o pano de prato em um suporte pregado na parede. Voltei a encarar Josh, que fazia o mesmo, encostado na pia da cozinha.
Seu olhar pairava sobre meu corpo, ele não tentava ao menos esconder a mordida em seu lábio inferior, que o tornava transparente e seus desejos mais sujos e quentes eram revelados para mim. Agora, a imagem de presa e caçador que tínhamos um do outro era algo relacionado a desejos carnais, desejos que iam além de meu ódio, sua vontade de matar, desejo que atravessava a barreira de proteção que tínhamos entre nós.
De maneira rápida, Josh avançou em minha direção, segurando com firmeza minha cintura, puxando meu corpo para que colasse ao seu, minhas mãos deslizaram os músculos de seus braços descobertos e minhas unhas arranjaram levemente o local, enquanto nossos lábios se devoravam de forma lenta, ainda assim intensa.
Josh levou as mãos para minhas coxas e as agarrou com certa força, me pegando no colo e então me colocando sobre a bancada que havia na cozinha. O loiro descolou nossos lábios, observando a bancada e os objetos que nos atrapalhavam. Ele deslizou a seu braço por toda a extensão da bancada e lançou ao chão tudo o que havia nela, e o que era de vidro se quebrou, mas o garoto não parecia se importar.
Sua boca voltou a devorar a minha, e suas mãos escorregavam pelo tecido de meu vestido até minhas costas, procurando pelo zíper para que pudesse abrir, mas antes que fizesse isso, interrompi o beijo e levei uma mão ao seu abdômen, puxando sua camisa e, com sua ajuda, a retirando. E ali eu me entreguei a ele, por mais errado que fosse, durante essa noite eu não pensaria em nada.
[...]
Algo me incomodava, eu ainda não sabia o que era, mas estava atrapalhando meu sono. A luz do sol batia em meu rosto, na tentativa de me acordar, mas além disso, o som de água caindo me chamava a atenção. O som da água caindo e se chorando contra algo, talvez o chão, foi sumindo aos poucos. Abri lentamente meus olhos, e nesse exato momento pude perceber que não estava em minha cama, e as paredes pintadas de um rosa claro, quase salmão não eram como as paredes sujas do porão. Ao ver a silhueta de Josh se manifestar, saindo do banheiro que havia em seu quarto, coberto apenas por uma toalha que se encontrava enrolada em sua cintura, me levantei rapidamente, me colocando sentada sobre a cama. Só então, percebendo que estava nua, minhas mãos agarraram o lençol que havia ali e levaram o mesmo até a altura de meu pescoço, me cobrindo.
Josh, com um sorriso sacana em seu rosto, mordeu seu lábio inferior, enquanto me observava fixamente. Ainda confusa, senti minhas bochechas queimarem. Olhei tudo em volta, passeando meu olhar sobre o comôdo, afim de fazer um rápido conhecimento do local.
一 Acho que nem preciso perguntar o que aconteceu - eu disse, encarando o lençol.
一 Se quiser tomar um banho, fique a vontade.
Quando fiz menção de levantar para ir ao banheiro, voltei aonde eu estava, olhando fixamente o corpo de Josh, que de costas para mim retirava a toalha de sua cintura, ficando completamente nu. Suas costas, se contraem ao se abaixar para vestir a cueca boxer preta, então revelando algumas marcas de garra que deixei em suas costas. Quando se virou para mim, ergueu uma sobrancelha e perguntou:
一 Algum problema?
Neguei com a cabeça rapidamente.
一 Não, é claro que não.
Levantei, ajeitando o lençol que cobria meu corpo. Marchei rapidamente até o banheiro, tranquei a porta, me desenrolei do lençol e iniciei um longo, mas nada relaxante banho.
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Red Jacket
FanficOnde Any resolve voltar para casa pelo caminho mais curto, um beco escuro. Nesse trajeto acabou por encontrar Josh, um completo desconhecido. Quem diria que esse desconhecido poderia mudar sua vida da maneira mais fria e assustadora possível? Cover:...