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Alícia🍒

Bufei escutando novamente o celular do Sant tocando.

Olhei e vi que era um número desconhecido.

Uma horas da madrugada e um desocupado ligando.

Não iria atender vai que é algo sobre o crime, ou outra coisa que eu não podia saber.

Olhei pro lado vendo ele dormindo e mordi o lábio de nervoso escutando o celular tocar mais uma vez.

Alícia: Que merda. - peguei o celular bufando e atendendo a ligação.

• Ligação •

- Oi Gui. Queria saber se você poderia vir aqui em casa hoje, terminar aquela coisinha de ontem a noite. - soltou uma risada maliciosa e eu me levantei ficando sentada na cama.

- Se não quiser vir aqui eu posso ir aí, como você quiser. Adoraria gemer no seu ouvido novamente como na noite passada. - tirei o celular do meu ouvido e olhei pra tela do mesmo sentindo vontade de chorar.

- Me responde gatinho, vácuo é feio sabia?

• Ligação •

Desliguei o celular na cara dela e coloquei ele no mesmo lugar.

Olhei pro Sant do meu lado. Que filha da puta, ele sabia que eu não queria aceitar o que ele falou por causa disso, Sant é muito cachorro, não só eu acho isso, todo mundo que me viu ao lado dele me alertou, principalmente a Tati e o Alemão.

Vi ele se mexer e me virei pra frente novamente.

Sant: Que que tu tá fazendo acordada a essa hora? -olhei pra baixo e coloquei meu cabelo atrás da orelha. - tá bem Alícia?

Alícia: Por que Guilherme? Poxa, a única coisa que eu te pedi era pra que você não me machucasse cara.

Sant: que que tu tá falando Alícia?

Alícia: Você mesmo falou que ia ser só nós dois, sem terceiros. Você não conseguiu cumprir com a própria promessa. Eu tava gostando de você, demais, a gente tava num clima gostosinho, pra que você tem que estragar? Se quisesse ficar com outras pessoas era só me falar.

Sant: Que que cê tá falando cara? Tô entendendo caralho nenhum.

Alícia: Uma garota, acabou de ligar, falando pra você ir na casa dela pra terminarem o que aquela coisinha de ontem a noite. - fingi uma voz mais fina na última parte pra tentar imitar a menina. - adoraria gemer no seu ouvido novamente. Como você conseguiu escutar ela gemer no seu ouvido? Aquela voz fina de piranha é horrível falando, imagina gemendo. - ele soltou uma risada fraca.

Sant: Nem sei o que falar papo reto. Não queria te magoar, aquilo foi coisa de momento cara, eu tava bêbado. - soltei uma risada irônica.

Alícia: por que as pobres bebidas tem que levar a culpa? Coitadas. - ri sem humor.

Sant: vamo conversar sem deboche namoral.

Alícia: Claro Guilherme. - me virei olhando pra ele. - Pode falar. Sou toda ouvidos.

Sant: Eu tava bêbado, tava numa resenha com o neguinho, pode perguntar geral, tava louco pra caralho de pó e maconha. Só lembro do que o neguinho me contou, que a mina chegou em mim eu fui com ela no banheiro, e o resto ele não viu e nem eu lembro.

Alícia: pode ter certeza que eu prefiro acreditar na garota.

Sant: Pode ser só uma querendo acabar com o que a gente tem?

Alícia: E o que a gente tem, aliás? Ninguém sabe disso, a não ser eu, você, Tati e provavelmente o neguinho. A garota só ficou com vontade e quer terminar o que aconteceu na noite passada, vai dá prazer pra ela, eu fico aqui dormindo e amanhã de manhã você me leva embora.

Sant: tu não tá puta?

Alicia: é claro que eu tô puta Guilherme! Só to tentando agir naturalmente.

Sant: eu não vou dá prazer pra ninguém, a não ser você, a única mulher que me deixa de pau duro só de olhar pra ela. - tentei segurar o riso mais falhei.

Alícia: Você é um otário, e eu sou mais ainda. Eu vou dormir na sala, não viu ficar aqui com você.

Sant: eu durmo na sala. - dei de ombros e me deitei na cama fechando os olhos. - gosto de você demais pra te perder desse jeito, relaxa que nois ainda vai se resolver, e tu vai ainda vai ser toda minha. - desferiu um beijo na lateral da minha cabeça e saiu.

Sant. Seu falso jeito doce e delicado que faz qualquer uma se apaixonar fácil, fácil. Todas que caíram no seu papinho são burras, e eu sou umas delas.

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