Dhara
Acordei desorientada, me sentei na cama e nem sabia aonde estava.
Olhei o quarto até ver um quadro com a foto do RG e da Renata, meti a mão mesmo, e o quadro caiu e quebrou o vidro, peguei a foto e rasguei.
O ódio daquela vadia ainda não tinha passado, mais me contive porque já fiz ela parar no hospital hoje, se ela estiver viva né mores.
Precisava de um banho porque ainda tinha sangue dela em meu corpo, fui pro banheiro, tirei as minhas roupas, entrei no box, liguei o chuveiro no morno, fechei os olhos e senti os meus músculos relaxando. Senti mãos no meu quadril, abri o olho e foi de encontro com o do Renato.
Ele estava pelado e todo sorridente.
RG: Esta melhor? ㅡ pergunta com a sua voz rouca.
Eu: Ainda não passou o ódio daquela vagabunda... Mas fazer oque, né?! ㅡ sorri e ele me abraçou. ㅡ RG... ㅡ empurrei o mesmo devagar. ㅡ Não quero problemas com ninguém! ㅡ falei séria e ele riu.
RG: Vai ter problema com mais ninguém não... ㅡ me deu um selinho. ㅡ Agora é só a gente. ㅡ passou a mão no meu rosto e começou a me beijar.
Eu: Precisamos conversar. ㅡ falei parando o beijo.
RG: Porra Dhara, estamos no maior clima, deixa rolar. -ㅡ passa a mão nas minhas costas até chegar na minha bunda.
Eu: Hoje eu não estou afim RG... Só quero ir pra casa com os meus filhos.
RG; Eles estão dormindo, que custa tu dormir aqui também? ㅡ olha no fundo dos meus olhos.
Eu: Não quero ser tapa buraco de ninguém RG! Tu acabou de terminar um relacionamento. ㅡ falei e ele riu todo bobo.
RG: Tu não tá sendo tapa buraco de ninguém não vacilona, nunca deixei de te amar! ㅡ me deu um selinho. ㅡ Ela que era tapa buraco, bobona.
Apenas fiquei olhando pra ele com um sorriso nos lábios, tava toda boba!
Ele entendeu oque eu realmente queria, tomamos banho trocando algumas carícias. Sai enrolada na toalha, fui até o closet, peguei uma cueca e uma blusa dele.
Me deitei na cama esperando o mesmo, logo ele apareceu com a toalha na cintura, todo sexy.Se trocou e deitou a meu lado.
Me virei e deitei no peito dele.
Eu: Renato? ㅡ falo e ele remunga "humm". ㅡ Quero saber que dia aconteceu isso com nossa filha.ㅡ falei olhando pra ele com o queixo em seu peitoral.
RG: Acho que foi no último dia pô, a gente tava arrumando as coisas pra vim embora ai ela disse que ia tomar banho e já ia dar banho na Ari. ㅡ me olhou sem graça. ㅡ Desculpa por ter deixado isso acontecer Dhara... Não imaginei que ela seria capaz de bater na nossa filha.
Eu: Você não tem culpa dela ser uma desgraçada. ㅡ falei e dei um selinho nele.
RG: E o pior é que a Ari veio com os olhos vermelho, perguntei oque tinha acontecido e ela disse que era manha, porque ela queria a mãe e eu acreditei cara, sou muito burro! ㅡ passou a mão no rosto bolado e se sentou na cama.
Eu: Olha pra mim. ㅡ peguei no queixo dele e virei o rosto do mesmo. ㅡ Já disse que você não tem culpa, não fica se martirizando por isso cara... Ela já teve o dela, tudo bem que eu acho que ela deveria ter apanhado até a morte mais né... ㅡ revirei os olhos. ㅡ Chega de ficar colocando a culpa em você. ㅡ falei e ele assentiu. ㅡ Tô com fome. ㅡ olhei pro mesmo e ele riu.
RG: Vamo lá em baixo. ㅡ fala se levantando. ㅡ Morta de fome. ㅡ falou e me empurrou pra cama.
Eu; Nossa como você é bobão né? ㅡ ri da cara que ele fez.
Descemos abraçados, procuramos algo na cozinha e não tinha nada feito.
RG: Vou pedir uma pizza. ㅡ fala e eu assinto.
Ele faz o pedido e fomos pra sala, ele ligou a tv e ficamos assistindo até a pizza chegar.
Comemos assistindo um filme, depois disso deitamos no sofá agarradinhos, quando terminou o filme fomos pro quarto.RG: Vai dormir não, mandada. ㅡ atacou o travesseiro no meu rosto.
Eu: Para de ser perturbado, garoto! ㅡ falei bolada. ㅡ Quero dormir, tenho que acordar cedo amanhã. ㅡ falei e ele ficou sério.
RG: Acordar cedo pra quê? ㅡ se deitou ao meu lado.
Eu: Ir trabalhar né RG! ㅡ falei como se fosse óbvio.
RG: Já pode largar... ㅡ interrompi ele.
Eu: Aaaah não, pelo amor de Deus, vem com esses papos não! ㅡ falei e me virei pra parede e ele me agarrou.
RG: Te amo, mandada...ㅡ me deu um beijo no rosto. ㅡ Quero ter vocês sempre por perto. ㅡ dá um cheiro no meu pescoço.
Eu: Eu também... ㅡ me virei e deitei no peito dele.
Tava sem sono e tô vendo que amanhã ia me lascar.
Ele acabou dormindo e eu fiquei lá toda bobando olhando a peste dormir.
Ele é muito o meu amor, cara...
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Neurose (Morro) • Renato Garcia
Hayran Kurgu"Tem vários que paga de pá, mas nunca roubou um banco. Vou te falar, se tu vim pá, vou invadir tua mente. Se for falar quantos vacilão, todo dia desbanco. Quem acredita em si próprio não tem concorrente. A bala acerta independente da situação." ••• ...