The Crown - Camren

X-DIX

hoiiii camrenzinhas ne ?

sou eu de novo deus

gent eu to dando a vida por essa historia, estou superfixada em terminar ela e não vou descansar até concluir .

Esse cap ta uma misturada de coisa: drama, moments fofis rs, choro, dedo no cu e gritaria.

Espero que curtam esta bomba bjs

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""O número dez (X ou 10) é formado pelo número 1, que significa a unidade, o início, a iniciativa, com o 0 (zero) à direita, simbolizando o poder divino – o zero também é um círculo, símbolo de perfeição – portanto tornando-o número associado à Roda da Fortuna: se você estiver em harmonia com o final poder divino, tudo será possível sob esse número. " - Stela Vecchi

Lauren POV's

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Eu sempre tive medo do desconhecido.

Quando eu tinha doze anos, passei cerca de oito meses lendo O pequeno príncipe quase que semanalmente. Eu sempre chorava, mas a dor da segunda e da terceira vez em diante lendo, era consideravelmente menor que a da primeira, e havia chegado um momento em que eu não sentia meu peito queimar tanto assim de dor, quando eu lia a parte em que o pequeno príncipe morria. Minha mãe na época, percebendo minha fixação pelo livro, havia me presenteado com um livro novo, um mês antes do meu aniversário, e é claro que eu tinha me recusado lê-lo a principio. Recusei porque eu tinha medo de descobrir o que aconteceria conforme as páginas passassem. Eu tinha muito medo de descobrir que talvez eu choraria mais do que eu havia chorado lendo O pequeno príncipe, ou pior: que talvez eu risse mais lendo aquele livro do que quando eu lia O pequeno príncipe. Era absolutamente mais conveniente para mim reler as noventa e seis páginas pela milésima vez seguida, do que ter que passar por um possível novo sofrimento lendo um livro novo.

No final das contas minha relutância em embarcar em uma nova aventura literária aos doze anos de idade, havia durado apenas alguns dias. A capa com as letras brilhantes de A pedra filosofal, que ilustrava um garotinho de óculos em uma vassoura, havia me atraído de tal forma, que eu tinha devorado aquelas páginas em apenas dois dias.

Doze anos se passaram e meus problemas ao que parecia, continuavam os mesmos, porém com o pequeno agravante de eu ser uma adulta e ter que tomar uma decisão um pouco mais complicada do que ler ou não ler um livro.

Naquela manhã, exatamente às 6:36 quando eu tinha acordado no quarto de Jasmin, eu havia pensado o quanto meu medo de infância ainda assombrava minha mente mesmo agora com mais de vinte anos de idade. O desconhecido neste caso, envolvia cinco horas de gravações que eu tinha certeza que me envolviam e envolviam Camila. Envolviam nós duas. Provavelmente juntas. Havia sido fácil para mim juntar um mais um. Não fazia sentido Camila me privar de ouvir aquela conversa, a menos que eu estivesse envolvida nela. Ela havia me contado coisas como seu tio ter um filho e ela não ser a rainha... O que poderia ser pior que aquilo? Nada.

Enquanto eu olhava para o lustre exagerado pendurado no teto do quarto, ao passo em que os raios matinais adentravam o ambiente, meu coração havia se agitado por dar-me conta que hoje era um daqueles dias agitados que provavelmente transformam a vida de uma ou mais pessoas.