Vicky: 12 anos.
Desde que a minha tia Lara morreu, meu mundo tinha mudado completamente, eu não tinha exatamente um rumo pra seguir, então tive que ir parar em um orfanato! Eu cheguei no orfanato com apenas 9 anos, e até agora não fui adotada. Nada mudou muito, pois eu continuei frequentando os mesmos lugares e incluindo a escola. Só que dessa vez, eu tinha mudado de turno, então passei a estudar de tarde.
Era quinta-feira, o meu dia preferido da semana, não sei por que mas me simpatizo com esse dia. Acordei de ótimo humor, tomei um belo banho, almocei e fui direto pra escola com a minha bicicleta.
Ao chegar lá, dou de cara com as patricinhas da escola no portão, como só tinha aquele portão, tive que passar por ali. Para meu azar, as mesmas garotas não mudaram, só que eu não encontrava a Laisa, e diferentemente, a Laís e a Lyana estavam acompanhadas por uma menina de cabelo liso até o ombro.
Laís: Olha lá, a mesma coisinha feia de sempre! Olha só Luíza e Lyana, que coisa mais feia!
Eu estava com um ótimo humor, e acho que não deveria estragar por meninas super mimadas que só sabem criticar os outros, elas criticam, mas na hora não sabe fazer melhor!
Eu: Escuta aqui lindinhas, eu não estou nem um pouco afim de discutir com pessoas de baixo nível como o de vocês.
Lyana: Baixo nível? Nós? Só se for você né ridícula? Você tem inveja de nós, isso sim! Por que você não tem esse cabelo lindo como o nosso, tem cabelo ridículo, igual a sua cara!
Perfeito! Elas conseguiram acabar 100% com o meu bom humor, e agora eu queria matar essas garotas, dar uma boa lição nelas, para que elas calassem essas bocas imundas! Como tinha chovido esses dias, tinha formado uma pequena poça de lama, então resolvi encher as minhas mãos de lama e comecei a esfregar nos cabelos delas. Elas fizeram uma cara de indignadas, e logo a tal da Luiza, "ordenou" que elas fizessem uma "crueldade" comigo.
Luiza: O que você fez menina estúpida? Meninas, vamos levar ela até aquele parquinho deserto! AGORA!! - Disse pegando a sua mochila, enquanto as outras meninas me seguravam pelos braços.
O "parquinho deserto" ganhou esse apelido, por não ter nenhuma criança que brincasse ali, que eu saiba, ele está abandonado à 10 anos, e vivem dizendo que ali é assombrado. Eu nunca liguei pra esse negócio de assombração, então quando tinha tempo livre eu ia brincar lá.
A Laís era a mais forte do grupo, então ela me empurrou para que eu caísse no balanço, a Lyana ficou me segurando para que eu não saísse dali, enquanto que a Luiza tirava uma tesoura da mochila.
Luiza: Agora vamos acabar com esse seu cabelo grande, você vai ficar horrorosa, todo mundo vai te chamar de feia! Bom, você já é feia, mas agora vai ficar mais feia ainda! - Disse cortando o meu cabelo até a altura da orelha.
Eu: NÃO! MEU CABELO NÃO! ELE É TUDO QUE EU TENHO DE MAIS PRECIOSO! O CABELO NÃO!!!
Luiza: Então você gosta mais do seu cabelo? Hahaha, bom saber! Espera um pouquinho que eu vou trazer uma surpresinha pra você!
Quando ela disse isso, eu achei que era uma bobeira, que tipo de surpresinha uma menina poderia "me dar"?
Ela retirou dois potes da mochila, um era tinta vermelha, e a outra era manteiga!
Laís: Você leva essas coisas na mochila? Pra que?
Luiza: Eu sempre lidei com esses tipinhos de meninas nojentas como essa coisa aí! Então, é mais do que normal eu levar comigo essas coisas!
Eu: Mas posso saber o que você vai fazer com isso?
Luiza: Claro, claro! Você vai saber já, já! Meninas me ajudem aqui, rápido! - Disse passando muita manteiga em todo meu cabelo.
Meu cabelo não poderia ficar mais horrível, além de estar super curto, ele estava cheio de manteiga, e certamente ficaria cheio de tinta vermelha, e foi isso que aconteceu. Quando elas terminaram com a "diversão", eu tentei avançar nelas, de tanta raiva que estava sentido pela a Laís, Lyana e principalmente pela Luiza! Eu não sei quem era pior, se era a Laisa, ou a Luiza, certamente seria a Luiza.
Eu: Vocês vão me pagar por tudo isso!!!
Foi super inútil, acho que acabaram afetando ou a minha visão ou o meu cérebro, pois não consegui ver que era apenas eu, contra 3 garotas.
Lyana: Acalma o coração criança, aonde você pensa que vai? O menininho quer botar essas "patas" sujas na gente? Sai pra lá! Hahaha.
Parecia que elas já tinham programado para fazer isso comigo, pois assim que a mais patricinha do grupo disse isso, a Laís foi até a mochila dela e retirou uma corda! Pra que corda? Elas iriam me prender no parquinho assombrado? Mereço! E foi isso que aconteceu.
Depois de eu estar "presa", as patricinhas riquinhas, deram uma pequena "comemoração"! Gente, qual a necessidade disso? Pra que? Ninguém estava filmando elas, pra elas darem aquele "showzinho"!
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Depois de 17 minutos, eu saí do parque. Eu não levei tanto tempo assim pra sair daquele balanço, pra falar a verdade, eu levei apenas 2 minutos! Pois acho que era verdade aquela lenda, que dizia que uma menina brincando ali, desobedeceu os pais, pois ela queria brincar mais um pouco, aí como o pai já estava muito nervoso, bateu na filha até morrer, e depois deixou o corpo dela lá! Eu não tinha visto ninguém ali, muito menos uma menina, apenas senti ventos muito fortes e alguns choros.
Quando cheguei no orfanato, a tia Kamila, estava me esperando preoucupada, ela sempre foi muito boa, e era a única ali que gostava de mim.
Kamila: Vicky! Você me deixou muito preoucupada menina! Você sempre soube que eu te amo demais, como uma filha que eu nunca poderei ter, então nunca mais faça isso! - Disse olhando pra um lado e pro outro.
Tia Kamila estava tão preoucupada e nervosa, que nem tinha reparado no estado horrível do meu cabelo. Mas logo percebeu e levou um susto imenso.
Kamila: O que aconteceu com seu cabelo Vicky? Ele está curto, vermelho, e cheio de manteiga! Você passou esse tempo todo fazendo travessuras do que estudando? Eu é que pago a sua escola, pois se não fosse eu, você estaria estudando em uma escola pública, junto com o resto dessas crianças!
Eu: Tia Kamila, me perdoa por favor, não foi eu que fiz isso, pois a senhora sabe muito bem que eu amo demais o meu cabelo, e nunca seria capaz de fazer uma loucura dessas. Quem fez isso, foi 3 meninas, as patricinhas do Colégio, elas ficam todos os dias me provocando, desde que eu entrei nesse Colégio, elas não param 1 segundo de me perturbar!
Kamila: Você está dizendo a verdade?
Eu: Claro Tia! Eu não minto pra ti! Por favor, me desculpe!
Kamila: Tá bom Vicky! Já está perdoada, mas agora vai tomar um banho urgente, pois esse cabelo está precisando de água e shampoo.
Eu: Okay tia, muito obrigada!
Tomei banho, e posso confessar, tirar aquela manteiga e tinta do meu cabelo não foi nada fácil, e as vezes me batia uma tristeza super enorme, quando a Lyana me chamou de menininho. Pois era isso que eu estava parecendo naquele momento.
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Realmente, a tia Kamila era como uma mãe pra mim, ela me tratava como uma filha, pois ela tinha a triste doença de não poder ter filhos. Ela cuidou muito bem dos meus cabelos, e comprou um produto que fazia o cabelo crescer 3 vezes mais rápido, pois meu cabelo sempre foi muito lento pra crescer.
Meninas, aí está mais um capítulo super gigante! É que já estou um pouco cansada! Ah, e desculpa ter inventado a história da lenda, foi só pra deixar um pouco mais emocionante, e só pra relembrar: lendas são histórias que normalmente é mentira Okay? (Qualquer tipo de lenda).
Beijos, e até o próximo capítulo, e espero que estejam gostando!
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Apenas diferente.
De TodoVicky é uma jovem que desde que era bem pequena, sofria agressão física e verbal. Mas depois dela ser traída pelo seu namorado, aos 16 anos, ela fez uma transformação, onde a vida dela deu uma volta de 360º graus. Porém, sua vida era um completo aza...