Com você - TodoDeku

Capítulo 29 / Todoroki

Midoriya's pov

Voltei pra recepção como havia dito. E enquanto conversava com a balconista e lia uma enorme lista de pacientes, encontrei um nome familiar. Todoroki... Rei, Rei Todoroki.

Shouto havia dito que a mãe dele foi internada, e que nunca a visitou, sendo assim nem mesmo ele sabe que ela está aqui. Talvez... talvez eu diga à ele.

E depois sai do hospital pra tomar ar fresco, sem saber sobre o que eles estavam conversando agora, e sem saber se algo a mais iria acontecer com ele. Até meu celular tocar, era a Uraraka.

- Izuku! - ela quase grita do outro lado da ligação, - Pode começar a me contar o porquê de você ter saído cedo.

- Eu estava com pressa, então não deu tempo de contar pra alguém - eu respondo baixinho, me virando pra entrada do hospital. - Mas, ele acordou - eu sorri, me virando novamente.

- Sério? isso é ótimo - ela fala e consigo sentir que estava sendo verdadeira. - E como ele está?

- Aparentemente bem, muito bem - me pego sorrindo igual bobo pro celular. - Avise os outros por mim.

- Isso é muito bom, fico feliz. Sempre tivemos pouquíssimo tempo de intervalo, então depois nos falamos mais.

- Sim, sim, também já vou voltar pra dentro e vê-lo. Enfim, até depois nos dormitórios.

E desliguei a ligação, respirando o ar frio. E me encolhi por isso.

Pensamentos do tipo, Uraraka surtando na página dela, explodiram na minha mente e eu ri, antes de me virar novamente e voltar pra dentro do hospital.

Parei na metade do caminho, pois Endeavor estava na recepção quase em frente a porta de entrada, conversando com a atendente. Pelo rosto dele, não saiu algo... bom de lá, daquela conversa.

Tentei desviar o olhar, mas agora ele me olhava, e ficou assim por bons segundos até parar.

Dei tempo, até tomar coragem e finalmente voltar lá pra dentro.

Esbarrei com a Fuyumi, e mal e mal trocamos 5 palavras. Ela me disse que o Todoroki estava esperando por mim e se despediu com um sorriso. E com isso voltei pro quarto dele.

Todoroki estava com uma cara terrível de entediado, e fica pior quando ele me olha e também olha pra sacola de remédios nas minhas mãos.

- Não faça essa cara, sabe, já falamos sobre isso e você vai tomar os remédios certinhos - eu solto a sacola em um sofazinho no canto do quarto e me sento novamente no banco ao lado da cama. - Como... como foi?

- Como você acha? - ele me olha com desdém.

- Olha, não conheço seu pai direito, mas provavelmente há chances dele ter ficado bravo por você perder o controle? que vacilou ou algo do tipo - eu respondo de uma forma como se fosse óbvia.

- Foi - ele ri me olhando surpreso, - foi exatamente isso.

- Não sei se tenho que voltar pra aula - eu o olho com cuidado e ele entende o que eu quero dizer.

- Vem cá - ele sorri, e se ajeita mais pro lado da maca.

- Você é impossível - falo baixinho em meio a um sorriso, mas me levanto e me deito ao lado dele.