Capítulo 31 / aparentemente trancada

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(sábado) Todoroki's pov:

Era fim de semana, e agora eu estou simplesmente ansioso. Não contava e nem planejava que ele iria me levar tão cedo pra conhecer a mãe dele, hoje.

— Você sabe que rir não me ajuda em nada – eu olho pra ele, que havia acabado de tomar banho e ainda tinha a toalha em torno do pescoço.

— Sim, é fim de semana. Nada melhor, né? cadê toda aquela confiança de alguns dias atrás? – ele sorri, se encostando na parede próxima à porta do banheiro.

Eu estava sentado na cama, tentando não demonstrar que estava inquieto. Não sei se estou psicologicamente bem preparado pra isso. Sei que é simples, mas não tanto, e sei que vou amar a mãe dele se ela for adorável do jeito que ele é.

— Me diz que está brincando... não pode ser em outro fim de semana? – faço uma careta e ele nega, se aproximando.

O cabelo dele pingava pelas pontas, mas isso não o impediu de se aproximar cada vez mais e molhar o carpete.

— Não estou brincando – ele passa a mão no meu rosto.

— Sabe, eu estava brincando quando disse que seria tranquilo – eu falo, sendo empurrado levemente sobre a cama. Agora ele estava em cima de mim. — Inacreditável que eu vou fazer isso...

Ele tinha um olhar brincalhão no rosto.

— O que... – eu nos observo melhor, e não deixar um arrepio percorrer o corpo ao vê-lo sentado em cima de mim era...

— Não vai passar disso – ele diz, relaxando em cima de mim. Se antes eu estava frustrado, agora então...

Ele percebeu, e por isso olhou pra baixo e depois pra mim, totalmente surpreso.

— Haa... nossa, não foi a intenção – ele se abaixa e fácil assim nossas respirações estavam sincronizadas.

Minha mente se dissipou, e se tornou só ele. E ele me beijou, abrindo a boca o suficiente pra que eu entrasse.

— O que exatamente você quer? – eu nos separo instantes depois, olhando bem pra ele. — Aqui... não.

Ele devolveu um olhar insatisfeito e retornou a posição anterior.

— Você está tenso, relaxa – Midoriya remove a toalha que estava em torno do pescoço e joga no chão. — O que você acha?

— Eu acho – indago, me apoiando pelos braços, — que estão todos acordados, e é de manhã.

— Mas e isso? – ele se mexe.

— Isso você ignora e finge que não viu.

— Haa... – Midoriya suspira. — Você tem se segurado pra isso. Por que?

— Porque não é só eu que tem que querer.

Ele me olha, com cuidado.

— Eu quero – ele fala. — E ninguém vai saber a não ser que: chegue de surpresa aqui, ou façamos barulho.

Estremeci. Seria péssimo se fossemos pegos. Eu desviei meu olhar pra porta que aparentemente estava trancada, e isso foi resposta o bastante pra ele, que se mexeu novamente em cima de mim.

— Saquei a sua – eu falo baixinho e me sento, de forma que ficasse próximo do rosto dele.

E não levou nuito tempo pra que começássemos a nos beijar, totalmente cientes das consequências. Desci minhas mãos até o início da blusa dele e a puxei pra cima, ele fez o mesmo, até sermos interrompidos por um barulho alto do lado de fora do quarto.

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