Esparta

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Um planeta muito longe de onde estamos, escondido na constelação de Órion, o caçador gigante. O planeta habitado por seres parecidos com os humanos, mas cruéis como se não tivessem coração ou alma, estes são os Seltene Macht.
Eles são diferentes de qualquer coisa do universo e tem atributos incríveis, o mais destacado deles é seu controle sobre o fogo que, segundo as lendas dos habitantes foi uma habilidade concedida por um homem que amou demais o seu projeto, ele percebeu que eram diferentes de tudo que ele e seu irmão já haviam criado. Seres muito emocionais, capazes de sentirem o amor, de sorrir, chorar, demonstrarem empatia e compaixão. Porém quando o inventor concedeu o fogo à sua criação, uma divindade ficou enfurecida, essa divindade proibia o uso do fogo para meras criaturas consideradas inferiores e puniu o inventor e sua criação. 
O fogo era dito em suas lendas como "Sabedoria", permitindo um apelo à divindade para que pudessem conseguir outro lugar para morar e assim aconteceu. Por terem aceitado o presente do inventor, a divindade os puniu com uma caixa contendo todos os males... Assim nasceram os primeiros assassinos do universo, chamados de Ewalkers. Logo em seguida, em tentativa de apagar as suas chamas para sempre, a divindade tentou afogá-los... Os que continuaram naquele lugar, eram considerados tolos, enquanto isso o resto que sobreviveu utilizando de sua inteligência saíram do planeta à tempo.

Assim, começa a lenda de um povo que sobreviveu à um massacre.

Seu planeta, nomeado de Esparta pelo antecessor do Rei, orbita a estrela azul Rígel. O clima do planeta é equilibrado, o calor da estrela superaquece o planeta, enquanto seus habitantes à todo momento absorvem a Energia Térmica, tendo até mesmo regiões congeladas. Sua flora é modificada para aguentar a radiação de sua estrela, sua atmosfera tem um céu azul claro, a gravidade é pesada, o ar é tóxico e isso permite a adaptação de seus habitantes à serem extremamente resistentes, já para aqueles que não conseguem se adaptar ao planeta ou nascem com problemas físicos serem mortos após o parto quando são examinados.

O Rei acaba de ter uma filha chamada de Saiph, cada um de sua espécie é de alguma forma ligado à uma estrela e desse jeito são nomeados. A menina puxou os cabelos loiros com mechas azuis e a pele parda de sua mãe e nada de seu pai. Este bebê também recebeu seu nome por um outro fator, um fenômeno que só acontece em um cemitério do planeta, aonde há um bosque tão belo que a Primeira Guerra quase destruiu tudo. Ali são enterrados os mortos, sendo chamado de Cemitério de Estrelas. Ao morrer, uma flor semelhante à tulipa, com espectros vermelho, amarelo, branco e azul é encravada em seu coração como uma espada para simbolizar que os seus sentimentos serão eternizados, que mesmo após a morte há vida. Após o eclipse das duas luas do planeta, nomeadas de Athenas e Olímpia, as flores se comportam de forma estranha e liberam polens luminosos que flutuam até a atmosfera, este evento é nomeado de Saiph.

Ao nascer ela é examinada, se ela será poderosa como uma espartana ou nasceu defeituosa. A menina é forte e saudável, ela viverá por enquanto. Quando eles fazem três translações, pois eles não usam "Dia" e "Ano", e sim "Rotação" e "Translação", ao completar essa idade ela será testada novamente e deverá sair com vida do teste que faria o homem mais corajoso pedir misericórdia. A menina teve uma nova irmã, chamada de Hatysa, os bebês de sua espécie crescem bem rápido. Enquanto os nossos duram até seis meses para começarem a enxergar, os bebês deles demoram apenas umas semanas e começam a andar bem rápido, mesmo com a gravidade de seu planeta quase destruir seus esqueletos que ainda são frágeis. O Rei Rígel, casado com a Rainha Meyssa estão discutindo sobre a mais velha.

-Não pode deixar ela fazer o Teste tão cedo, ela só tem II translações. Os outros pais estão deixando os filhos completarem XI e treinam eles desde cedo, que chances a menina vai ter? - Eles utilizam os números romanos por seres a coisa mais próxima e simples de entender das outras espécies alienígenas.
-Minha Rainha, quero que lembre-se que ela é minha filha, sangue guerreiro corre nas veias dela. Se ela morrer, é por tido sorte de não ser jogada no Abismo de Thanasia. 
-Por favor, Rígel, poderia me escutar? Escutar a mim você não quer, mas o Conselho que tanto lhe odeia vai te ajudar?
-Não me importa se me odeiam, estou fazendo o que acho que é certo. Agora pode falar, mulher. Eu quero ir pro bar.
-Se você for mesmo fazer ela ir, pelo menos deixe que Hatysa também cresça, Assim elas vão se ajudar, vão ter chance de sobreviver e você vai poder testar as duas juntas. Pense, Rígel!
-Hm... É por isso que é minha esposa, é bonita e sábia. Pois bem, deixarei que Hatysa também cresça, assim elas poderão entender o trabalho em equipe para sobreviverem, assim somos nós, espartanos. 

SaiphOnde histórias criam vida. Descubra agora