À noite, escondendo-se sob as tampas encontrando minha fuga. Feche os olhos e deixe o zumbido baixo em meu cérebro. Veja, eu sabia que eu era destinado para maiores - Alessia Cara
Madson William
Atlanta, EUA— Não! Mike, eu estou ocupado agora. — Meu pai falou pela milésima vez e o mais novo cruzou os braços bufando com aquilo. Levantei-me do sofá observando os dois.
— É apenas por algumas semanas, pai! — Ele insistiu e eu vejo novamente meu pai suspirar buscando paciência. Mike sendo mais velho que eu, muitas vezes parecia o mais novo com essas birras ridículas. Papai não tinha muita paciência para aquilo, então já viu a confusão que deve ser.
— Não vou repetir, Mike. Estou quase entrando numa reunião e eu não vou ter que te lembrar quem é o adulto responsável por aqui, não é? — Ele diz tirando seu celular do bolso e o mais novo negou novamente continuando com sua birra.
— Apenas diga sim!
— Não conheço esse seu amigo, Mike. Então por favor, não enche meu saco. — Deu seu melhor argumento e Mike riu fraco já perdendo sua paciência também.
Ele era muito sem juízo viu? com vinte e dois anos Mike conseguia ser a pessoa mais irresponsável do mundo.
— Olha… Eu tenho uma reunião nesse exato momento com o pessoal do exterior, então eu lhe peço que não me atrapalhe com suas birras e infantilidades, conversamos sobre seu amigo depois, quando eu estiver livre. — Seu decreto final foi esse, pegou seu celular o colocando no ouvido e saindo logo em seguida, o mais novo xingou baixo e eu ri.
— Estava aí espiando?
— Claro, uma briga sempre precisa de um telespectador. — Eu digo rindo e ele vem até o sofá se jogando no mesmo de qualquer jeito, como sempre fazia.
— Papai nunca me dá ouvidos, que porra!
— Você pede umas coisas bem…
— Apenas um favor para meu amigo e o papai não pode me ajudar? — Falou sério e de fato tenho que concordar com isso, nem sempre nosso pai era um doce ou até mesmo atencioso, mas Mike às vezes forçava a barra.
Mike sempre se aproveitou das situações, desde quando sua mãe morreu e eu cheguei aqui em casa. Ele sempre abusou nos pedidos, sempre com a desculpa de sentir falta da sua mãe e o nosso pai com o coração mole, acabava cedendo e dando o que ele queria.
— Você abusa também. — Eu digo novamente de uma forma mais calma tentando não gerar uma nova confusão, mas ele negou.
Quando eu fui adotada Mike tinha 7 anos e eu 5. Mesmo com pouca diferença de idade eu era mais responsável e menos birrenta ou talvez fazia aquilo para não ser devolvida para o orfanato, não sei, não me lembro muito bem.
— Espere ele sair dessa tal reunião e converse com ele com calma. — Levantei-me do sofá e eu vou na escada começando a subir os primeiros degraus.
— Você tem razão, Madson. — Ele gritou do andar de baixo e eu sorri, é claro que eu tinha. Entrei no meu quarto e tranco a porta me jogando na cama, olhei para o teto e me lembrei do show, céus!
Onze e meia às quartas e sextas-feiras, meus shows se iniciavam. Sei que era um pouco errado, principalmente por ser em um site adulto, mas era uma das únicas formas que eu tinha arrumado para dançar sem me sentir constrangida.
Aos poucos fui perdendo a vergonha e hoje amo ser o centro das atenções, amo a idéia de roubar horas dos meus telespectadores dançando, saber que eles estão esperando por mim para que suas fantasias sejam realizadas.
— Maddie? — A porta do meu quarto bate duas vezes e a voz abafada de Mike do outro lado foi bem audível. Me arrasto até a porta e abro a mesma.
— Consegui ingressos para entrar numa baladinha lá no centro, vamos comigo? Vai ser na sexta-feira. — Sorriu e eu nego já entrando no quarto novamente e ele vem atrás. — Vamos, Maddie! — Fez bico e eu neguei novamente. Eu tinha meu show para fazer e não podia deixar as pessoas esperando, era meu compromisso, coisa que eu nunca deixava de cumprir.
— Não Mike, chama alguma namoradinha sua. — Prendi meu cabelo e me sento na cama com ele. Ninguém sabia dos meus shows, era um segredo meu, nem mesmo meus amigos tinham conhecimento sobre isso.
— Hum. — Fez bico. Mike era lindo, tinha um sorriso encantador, um corpo musculoso, porém não exagerado, algumas tatuagens e seu cabelo era bagunçado – o famoso loiro dos olhos escuros – usava sempre uns brincos discretos e era cheio de namoradas na faculdade. — Não posso, furei com elas semana passada, devido aquele castigo do papai.
— Então começa a fazer as coisas direito. — Bato no ombro dele em forma de consolo. — Agora pode sair do meu quarto, você está me atrapalhando. — Empurrei ele de leve da minha cama.
— Será que a maldita reunião acabou? — Dei de ombros não fazendo a mínima idéia.
O mais velho revirou os olhos e saiu do meu quarto batendo a porta, corri até a mesma trancando-a.
23:15! Droga, preciso arrumar o cenário, ajustar as câmeras, luzes e a música principalmente. Eu estou atrasada, como sempre.
(...)
A música estava quase no fim, meu corpo suado rebolando descaradamente em cima daquela cadeira, as mensagens safadas chegavam e eu sinceramente não tinha coragem nem de olhar de canto.
Sento-me na cadeira de frente para a câmera e rebolo no ritmo da música, até ela finalizar e eu respirar fundo buscando fôlego.
Me aproximei da tela do computador e vejo os comentários indecentes subindo, alguns me fazendo propostas de sexo pela webcam ou coisas do tipo.
Na live eu tinha arrecadado uns 200 reais, mas, eu não fazia aquilo por dinheiro e sim por pura diversão.
Acenei para a câmera e desligo a mesma fechando a live. Retirei a máscara e me levanto acendendo a luz do quarto que até então estava roxa para combinar com o cenário.O show havia acabado uma da manhã, após guardar tudo tomei um banho e me deitei. Eu estava exausta, como sempre ficava.
[...]
Estava no jardim aguando as plantas quando um carro chegou, a princípio achei que fosse meu pai, mas não, era Mike e outra pessoa. Eles entraram em casa e eu fui atrás para ver o que eles iriam fazer.
— Seu quarto vai ser lá em cima mesmo, aqui embaixo fica mais a família. — Mike dizia e o garoto de cabelos castanhos um pouco compridos que estava de costas, apenas concordou.
— Grr. — Cocei a garganta chamando atenção dos dois.
— Maddie! — Mike sorriu vindo até mim e assim que o outro presente na sala se virou, eu suspirei admirando sua beleza. Tatuagens, roupas estilosas, cabelo médio, asiático, sorrisinho canalha. Perfeição perfeita eu diria. — Maddie… Esse é o Jeongguk, nosso novo hóspede.
Jeongguk molhou os lábios ainda com aquele sorrisinho sarcástico e eu apenas fico o analisando, aquele garoto tinha cara e cheiro de problema. Mas era um problema muito bonito, isso eu confesso.
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Sinful Angels - jeongguk
FanfictionMadson, desfrutando do prazer que seu segredo proibido lhe propunha, num cômodo de sua casa, deslizava seu belo corpo sensualmente, ao ritmo da melódia provocante, enquanto a Canon captava cada detalhe seminu de seu corpo, decorado pela vermelha lin...