Capítulo 9

1.5K 214 107
                                    

Num caminho sem saída

Kakashi on

-Você é o meu novo Senpai e eu sou Tobi! - ele disse levantando os braços animado como se aquilo fosse a coisa mais maravilhosa do mundo.Mas aos meus olhos chegava a ser estranho, na verdade assustador.Ele tem i físico de um homem adulto, tudo indica que ele seja mauro e tudo mais mas, essa voz.Essa voz é a única coisa que não faz sentido nesse cara tirando o fato de que ele age como uma criança.

Fiquei sem saber como responder o jovem rapaz então fiz uma pergunta retórica apenas para distrair e engajar as coisas.

-Er... obrigada por me trazer até aqui e não ter me matado antes.Afinal me diz porquê eu ainda estou vivo? Não era esse o meu plano inicialmente... - a última parte eu acabei falando mais para mim do que para ele, era como se eu estivesse me reprendendo ou como se eu mesmo estivesse esfregando fatos em minha cara.

-Não foi nada Senpai, que tal um abraço no Tobi?! Um abracinho apertadinho sempre melhora tudo!- suas atitudes era de uma criança de cinco anos mas me intrigava muito pois ele certamente se fingia e eu queria muito saber o porquê.
Sua atuação é péssima, como ele não vê isso?por que ele continua sendo essa criança?

Sobre o abraço, não neguei já que esse cara me carregou sabe se lá por quanto tempo sem eu ter feito nada em troca, se bem que ele me achou e  me levou porque quis.Entretanto decidi que um abraço  não faria mal até porque eu estava desprovido de calor humano, em todos os sentidos, já fazia um tempo.
Eu nem me dava o trabalho de falar com as pessoas nem mesmo quando estava na vila não só por ser uma perda de tempo mas também por estar enjoado daquele lugar e daquelas pessoas.Não exatamente por elas mas por tudo que elas me lembram.

Me aproximei um pouco mais dele e por fim me inclinei para que eu pudesse enroscar meus braços em seu pescoço desnudo, nunca fui uma destas pessoas que passa o braço pelos ombros e diz que está abraçando.Abraços foram feitos para que nós possamos nos prender ao outro de forma carinhosa, certo?
É sentir o corpo do outro e sentir seus sentimentos sem segundas intenções.Abraços com sentimentos sinceros são tudo que eu preciso, eu gosto disso, eu sinto a falta disso.

Esperei o toque, mesmo que fosse singelo, pelo menos ao que aparentava, do seu corpo no meu mas me surpreendi ao agarrar o nada,  dessa vez a teoria de que o vazio ocupa um lugar imenso falhou.
Fiz papel de palhaço, eu deveria parecer um imbecil abraçando o vento e trombando para frente.
Mas eu não senti seu corpo nem nada, o que senti na verdade foi uma cabeçada na parede que estava atrás dele.

-Olé! - e começou a gargalhar como se alguém tivesse contado uma piada muito engraçada para ele mas eu era o único que não estava achando graça daquilo.

Eu me afastei e comecei a massagear a minha testa que agora tinha um círculo vermelho como se alguém tivesse acertado uma bolinha com força ou então me dado um soco perfeito bem no meio da minha testa.Se eu tivesse o costume de me envolver com pessoa eu poderia simplesmente dizer que era um dos meus chifres nascendo.

-Idiota!Pra que isso? Porra!- disse irritado pela sua brincadeira, provavelmente ele usou um jutsu para isso o que foi muito infantil da sua parte.Não se usa algo tão importante para esse tipo de merda.

-Idiota ou não você é o meu Senpai!O Tobi vai cuidar muito de você!E eu estou muito feliz! - ele continua esbanjando felicidade, chegando perto e gesticulando com seus braços e dedos, como se fosse ficar me cutucando no rosto.

-Vai ser feliz em outro lugar ou então não faça isso novamente, não me interessa quem você é ou o que é capaz de fazer mas eu lhe quero inteiro - eu estava um pouco brabo sim, eu não gosto destas coisas bestas.

-Poxa Senpai eu fiquei triste.Não é assim que tratamos os amigos! - ele disse fingindo estar desapontado comigo e se "encolhendo" enquanto abraçava seu próprio corpo.

-E que disse que nós somos amigos? - eu já voltava para a escada em busca de alguém que fosse mais centrado ou que apenas não fosse como ele mas senti uma pressão no meu pulso, a qual não esperava senti.

-Nós somos amigos sim! - uma voz grossa e de causar arrepios veio dele e me atingiu de forma que eu ficasse sem reação.Eu não esperava isso de um idiota.

Um silêncio ensurdecedor se instaurou entre nós e tudo que eu pude fazer era puxar lentamente o meu braço por conta do choque de realidade e massagear o local dolorido e assistir ele sumindo dali.Além de idiota ele é estranho ou talvez ele apenas tenha alguma trastorno de dupla personalidade, ou é louco mesmo mas eu acho pouco provavelmente, é tudo fingimento.Ele quer brincar com a minha cara.

Doce Inferno Onde histórias criam vida. Descubra agora