Se você já tem mais de dezoito anos, já deve imaginar o inferno que é ser tratado como uma criança de cinco, e levar uma bronca pior do que sua mãe te dava quando fazia algo grave, quando na vida adulta aflige alguma lei.
- Você por acaso pensou que poderia ter matado aquele garoto? - O chefe da polícia perguntou a Taehyung, e o mesmo revirou os olhos de modo sarcástico.
- Tá reclamando do que? Eu fiz um favor pra humanidade quebrando a cara dele. Você deveria me agradecer.
Tá, agora eu tenho uma teoria; Kim Taehyung não conhece a palavra limite. Certeza que ele tem descendência brasileira.
- Quer saber? Eu cansei de tentar ajudar vocês! Dessa cela vocês só saem quando pagarem a fiança.
Na certa vocês não devem estar entendendo nada, né não? Deixa eu explicar então; depois que TaeTae quebrou a cara e o corpo do marmanjo, o cara ficou tão debilitado que tiveram que chamar uma ambulância para ele e uma viatura para o Kim, então aqui estamos nós em um distrito policial recebendo broncas e sermões que nunca acabam.
E, vocês também devem estar se perguntando o porquê d'eu ter dito que nós estamos aqui, já que somente Taehyung se envolveu na briga, pois bem; sendo eu um dos bff dele, tive que assumir a culpa junto a ele para que o mesmo não se sentisse excluído naquele lugar. Amigo que é amigo quando vê o companheiro se fuder, se fode junto porque esse é o contexto de amizade verdadeira. Se um se fode, os outros tem que se fuder também caralho. Onde já se viu deixar os irmãos na mão? Eu ein.
Enfim, depois que o policial terminou de dar seus conselhos inúteis a nós dois, ele nos trouxe um telefone para ligarmos a alguém que nos tirassem daqui. Qualquer pessoa sensata ligaria para os seus pais ou um dos parentes fofoqueiros que felizmente você só vê nas festas de Natal, mas como a vida me odeia, decidi me prevenir e ligar para a pessoa que eu podia contar em todos os momentos possíveis além do Kim; Jung Hoseok. Logo, eu não tardei em pegar o telefone das mãos do policial, e rapidamente já me encontrava apertando os números com pressa e brutalidade.
- Se você quebrar esse aparelho, pode ter certeza que eu vou aumentar a sua fiança - o velho barrigudo falou, e eu me controlei para não revirar os olhos, me apressando e ligando para o telefone do Jung, ouvindo a ligação chamar.
- Que foi bunda planetária? - ouvi a voz calma do outro lado da linha, e tentei me acalmar antes de despejar tudo o que aconteceu em cima dele.
- Hoseok, venha agora pra delegacia perto da faculdade do Jungkook. A gente tá preso.
- A gente?
- Sim, eu e TaeTae estamos em cana - Pro meu gosto, nós estávamos conversando demais. O que custava o Jung vir logo nós salvar em vez de ficar fazendo perguntas? Ranço!
- Mas presos porque caralho? O que vocês aprontaram dessa vez? - Sim, dessa vez. Essa não é a primeira vez que fomos presos por defender com unhas e dentes algum LGBT ou a nós mesmo por algum caso de homofobia, mas isso não vem ao caso agora.
- Por que a porra de um carinha preconceituoso me ameaçou e eu fui pra cima dele. Agora chega de mimimi Hoseok! Vem logo buscar a gente se não você pode esquecer a sessão de doramas melosos que eu ia assistir com você no domingo. E trás uma roupa pra mim porque Bong TaeNy já entrou em ação e eu não aguento mais sentir minhas pernas roçando uma na outra nessa saia que é putamente desconfortável - Taehyung tomou o telefone de minhas mãos, e após proferir essas palavras desligou a chamada na cara do Jung. Certeza que Hoseok vai estar xingando as nossas próximas gerações que nunca vão existir.
- Se ninguém vier buscar vocês e pagar a fiança em vinte quatro horas, podem dar olá ao presídio municipal. Quem sabe assim vocês aprendem a não se comportarem como animais - o detetive falou, e quando este se virou para sair da cela, o ouvi cochichar para o guarda a frase "gayzinhos de merda", e por um momento, tive que juntar todas as minhas forças para segurar Taehyung que já queria partir pra cima do velhote. Agora é oficial; Kim Taehyung realmente não conhece a palavra limite, e isso só foi comprovado pela segunda vez, quando ele passou a cantar uma música de um comercial contra a homofobia e o preconceito contra a orientação sexual de alguém em alto e bom som. Se o Jung não aparecesse para nos buscar em vinte e quatro horas, era provável que o policial nos soltasse só para que o Kim calasse a boca, já que o mesmo cantava de uma forma tão desafinada que até mesmo eu tive que tampar meus ouvidos. Meu hyung estava provocando aquele velho propositalmente, e eu não tinha palavras para descrever o quanto eu amava a personalidade do meu amigo.
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A vingança de Park Jimin •° Pjm °• Jjk
FanfictionJimin alisava a saia rodada com desgosto, enquanto retocava de maneira desajeitada a maquiagem forte em seus olhos. Olhando-se no espelho, ele sorriu satisfeito ao ver que se parecia mesmo com uma garota. E enquanto admirava a si mesmo e tentava a t...