Ai meu cú! Isso só pode ser brincadeira. Caralho mano, como assim ele descobriu que era eu por minhas mãos? Eu estava com a buceta que eu não tenho na palma da mão, mas como sou um idiota esperto, decidi fazer o que qualquer pessoa sensata faria; incorporar a egípcia.
- Jimin? Quem é Jimin? - Me fiz de sonso mesmo, já que eu ainda tinha um pouquinho de dignidade e não ia me entregar e ser motivo de chacota por parte do maior.
- Jimin? O que tem o Jimin? Você conhece ele? - O Jeon estava estranho, já que o mesmo aparentava ser mais sonso do que eu fingindo não saber de nada.
- Não, não conheço. Mas é que você ao me ajudar a me levantar, ficou olhando pras minhas mãos e disse Jimin - Expliquei de forma bem amorosa, assim quem sabe se ele tivesse desconfiado de algo, podia achar que isso era apenas pensamentos ridículos de sua mentalidade fértil.
- Desculpa, eu... Disse isso? Eu... Eu só achei que suas mãos eram parecidas com as dele, Jinae-ssi - Jungkook sorriu mínimo, mas ele parecia bastante abalado com a situação.
- E quem é Jimin? - Aproveitei a situação para perguntar, afinal, se eu não fizesse isso não seria eu. De sonso eu só tinha a cara. Eu precisava saber se Jeon não tinha suspeitado de absolutamente nada, coisa que eu tinha quase certeza, porém, não arriscaria botar minhas preciosas mãozinhas no fogo por isso.
- Ele é... Bem... Ele é... - De um momento a outro, a expressão de Jungkook se tornou melancólica. Era certo que ele remoía de alguma forma o que fez comigo, e isso de fato me deixava feliz. Aquela dorzinha incômoda intitulada culpa era o mínimo que ele merecia sentir pelo o que fez comigo. Vingativo eu? Imagina. Isso se chama justiça divina, babe.
- Ele é?... - insisti - Então, que tal você me apresentar a ele? Estou curiosa, já que nunca que eu iria imaginar que existisse um homem com mãos tão delicadas quanto as minhas. - Sorri de maneira fofa. No mínimo eu merecia um Oscar por minha atuação barata, mas mesmo que eu tivesse um ódio extremo guardado bem no fundo de mim pelo maior, eu não queria o seu mal, porém, isso não quer dizer que eu não acha que ele deve sofrer um pouquinho. Sabe, só um pouquinho... Fazer o que? Eu sou humano, sentir raiva e querer que o outro sinta o que você sentiu faz parte do coração de pessoas desiludidas e com o coração quebrado. O mundo que lute quanto a isso. Ninguém mandou existirem pessoas filhas da puta como o Jeon, porém, eu era muito orgulhoso para admitir que eu o amava quanto ou mais que antes, e que se ele me pedisse perdão de joelhos - porque eu adoro um drama - voltaria me arrastando para ele por consequência deste amor. O que eu posso fazer? Ninguém manda nessa porra que é o próprio coração. Eu que lute.
- Ele é um amigo... Bem, eu não posso apresentá-los... Ele... Ele foi embora... Meu amigo foi embora.
Amigo...
Eu não era mais do que um amigo... Disso eu já sabia, mas ouvir novamente aquela frase saindo dos lábios pequenos destruía novamente o meu coração todinho. Maldito sentimento, maldito amor, maldito Jungkook. Enquanto o mesmo sorria fofo depois de suas palavras, o meu interior desmoronava por dentro. Mesmo que meu coração ferido e desesperado implorasse para que eu saísse correndo dali, eu me mantive firme. O meu amor por Jungkook seria eterno, e eu não tentava mais lutar contra isso, e como consequência um turbilhão de sentimentos me sufocava. Kookie ficou tímido de repente, e Lee Jinae como boa atriz logo tratou de colocar suas mãos sobre o ombro do maior, iniciando um carinho simples, mas que misteriosamente fez o mesmo se arrepiar.
- Seus olhos também me lembram os deles, sabe? Hum... sempre que você sorri, eles viram dois risquinhos. Mas isso deve ser coisa da minha cabeça. Acho que eu apenas sinto falta do meu amigo e por isso acabo achando todo mundo parecido com ele.
Eu quase chorei por sua declaração, mas por um momento eu notei algo que me deixou queimando de ódio. Na gola da camisa em V, tinha uma marca roxa aparente, e como o curioso que sou, logo tratei de puxar Jungkook para mais perto e levantei sua camisa, vendo o mesmo tentar se cobrir a todo custo, porém, mesmo sendo menor e mais fraco que ele, consegui levantar sua peça de roupa e vi que do início de seu pescoço até o seu peitoral e cós de sua calça moletom, existia uma porção de roxos e machucados que pareciam ter sido causados por uma cinta ou algo do tipo.
Eu olhei desesperado para Jungkook que engolia em seco me olhando desesperado, e, ao virá-lo de costas, notei que elas tinham as mesmas marcas, porém estas já tinham se transformado em cicatrizes, o que significava que já estavam ali a algum tempo. Eu quase chorei ao vê-las, e só aí me lembrei que por várias vezes quanto fui a clubes com o moreno em nossa adolescência, o mesmo se recusava a tirar suas roupas e vestir uma sunga.
Naquele momento eu me senti o pior dos amigos. Eu não entendia o motivo de desconhecer aquelas cicatrizes, principalmente porque estas não pareciam ter sido causadas em uma briga ou algo do tipo. Alguém fez isso com Jungkook, e eu iria descobrir quem foi mesmo que tivesse que ressuscitar Park Jimin.
Quem quer que seja que tenha feito aquilo com o homem que eu amo iria pagar. Eu sempre fui considerado um anjo por muitos por ser uma pessoa calma e de caráter, sempre estando disposto a ajudar o próximo ou quem estivesse ao meu redor, porém, já estava na hora de libertar o demônio que habitava dentro de mim, e este devoraria quem tivesse causado mal ao meu amado.
Jungkook, por que você não confiou em mim para me contar sobre estas agressões? Por que não me pediu ajuda? Não importava o quanto eu estivesse te odiando pelo o que fez comigo ou pela maneira que me humilhou, eu estaria lá por você como sempre estive.
E sempre vou estar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A vingança de Park Jimin •° Pjm °• Jjk
Fiksi PenggemarJimin alisava a saia rodada com desgosto, enquanto retocava de maneira desajeitada a maquiagem forte em seus olhos. Olhando-se no espelho, ele sorriu satisfeito ao ver que se parecia mesmo com uma garota. E enquanto admirava a si mesmo e tentava a t...