A vingança de Park Jimin •° Pjm °• Jjk

Pego no flagra

Eu já disse o quanto eu ODEIO roupas femininas? Porque eu as odeio! Cara, por favor né, como elas conseguem andar com a bunda de fora num shorts mid? Quer dizer; o corpo é delas e as mesmas fazem o que ELAS quiserem com eles, mas vamos combinar; não é nem um pouco confortável para novatos em um mundo cor de rosa se acostumaram com coisas tão reveladoras.

A única pessoa que já viu minha bunda foi minha mãe e olhe lá, e sinceramente, estar recebendo tantos olhares devido a minha vestimenta é algo completamente desconfortável. Seria ótimo que quem olhasse tivesse um pouco de consciência própria para ao menos não fazer gestos ilícitos. Principalmente se a maioria desses olhares forem masculinos e estes, denominados homens héteros - não todos, claro. Ainda existem homens sensatos - não mediam esforços para me irritarem com suas cantadas maliciosas e gestos que me faziam ter vontade de matá-los. Acreditam que eu derrubei minha bolsa no chão, e quando fui pegar e olhei pra trás, tinha um homem tocando no próprio pinto por dentro da calça no meio da rua olhando pra minha bunda? Não dá cara. E ele ainda fez questão de me mandar um sorriso cafajeste e uma piscadinha. 

Ainda chegaria o dia, em que Lee Jinae seria presa por assassinato.

Fazia exatamente três dias depois do incidente com a polícia, e em todo esse tempo, eu venho seguido Jungkook sozinho.

Sim, sozinho. Kim Taehyung era uma pessoa explosiva, - e por isso tinha medo de envolvê-lo naquilo e o mesmo se mete-se em outra confusão, devido ao preconceito das pessoas por Bong TaeNy não ser completamente feminina. Eu não queria que o agredissem e o insultassem mais ainda, já que o mesmo já era julgado por ser gay - e Hoseok ultimamente estava afastado de nós sabe-se lá porque - e isso era algo que me deixava queimando de ódio, já que eu sentia que ele estava trocando nossa amizade de anos devido ao namoro com o maldito do Min.

Mas uma vez sim, ele é um maldito. Eu tinha quase certeza de que aquele homem queria trair Hoseok comigo, e sinceramente eu não via a hora de que ele tocasse no assunto, para que o mesmo aprenda o seu lugar. Se ele magoar meu amigo, ele ia se ver comigo. Ai se ia, e se por acaso ele perguntar o porquê d'eu não ter lhe ligado como me pediu, iria explodir toda a minha raiva por aquele bilhetinho e por estar roubando meu amigo de mim - eu o conheço a muito mais tempo, é óbvio que boa parte da atenção dele deve ser destinada a minha pessoa.

Enfim, de qualquer forma, a única coisa que estava me preocupando era Jungkook; ele não respondia minhas mensagens, ligações e muito menos atendia a porta quando eu ia até seu apartamento.

Ele fingia que eu não estava lá, como se por inúmeras vezes não tenha olhado por debaixo da porta e visto seus pés, enquanto o mesmo me olhava pela aquela espécie de olho que tinha na madeira escura, que eu tinha esquecido o nome naquele momento. Ah, lembrei; ele ficava me olhando pelo olho mágico.

Aquela situação já estava me irritando, principalmente porque quase duas semanas se passaram depois que descobri seu segredo, e até agora não tinha tido sucesso em meu plano como stalker. E uma coisa que me deixava completamente intrigado, era que Jungkook repetia a mesma rotina todos os dias; 

De casa para faculdade;

Da faculdade para casa...

Ele apenas mudava isso quando ia comprar algo no mercado próximo ao seu apartamento, e eu estava completamente preocupado com aquela situação. Principalmente porque isolamento pode ser um sintoma depressivo, e uma das coisas que observei em relação ao seu comportamento na faculdade, era que ele não falava com ninguém. ABSOLUTAMENTE NINGUÉM! 

Isso era muito preocupante, já que Jungkook sempre teve muitos amigos, e vê-lo assim tão sozinho, deixava o meu coração destruído. 

Ele estava se isolando de tudo e todos...

Até que a aula de Jungkook acaba-se, eu permaneci no portão da faculdade escondido entre uns arbustos, e quando eu o vi sair, voltei a segui-lo, mas eu não esperava que na esquina da faculdade, Jungkook fosse em direção a um carro, e eu tinha a impressão de que aquele carro e aquela placa me era familiar. O Jeon entrou no automóvel, mas como era a minha expectativa, o carro não se moveu e muito menos o motor foi ligado.

Quando uma multidão de universitários passou perto de mim indo na direção em que Jungkook se encontrava, eu me misturei entre eles e dessa forma, me escondi atrás de um poste podendo ter uma visão privilegiada de dentro do automóvel. O fato de Jungkook entrar naquele carro e este ter permanecido no mesmo lugar era muito estranho, mas o que foi ainda mais foi ver que o motorista daquele carro, era nada mais nada menos que o namorado de Hoseok. 

Min Yoongi...

Aparentemente, os dois estavam discutindo lá dentro, e Jungkook aparentava estar se controlando ao máximo para não chorar. O Min parecia gritar com ele, e fazia gestos um tanto agressivos.

Jungkook saiu do carro um tempo depois, e este finalmente ligou seu motor e foi embora. Eu o segui como deve ser imaginado, mas naquele dia em específico, ele tomou um caminho diferente do habitual, e quando o vi virar uma esquina, me apressei para alcançá-lo e me amaldiçoei quando vi que não tinha ninguém naquela rua deserta. Eu tinha o perdido de vista.

- Droga! - resmunguei baixo, mas quando ia voltar para casa me sentindo fracassado por ter falhado em minha missão, fui puxado bruscamente em um beco. 

E eu nunca senti tanto medo na minha vida - vulgo a sensação de estar com o cú na mão - como sentia naquele momento por olhar nos olhos de Jungkook que me encarava sério, e ver nitidamente em suas pupilas um sentimento que eu conhecia como raiva. 

E ele estava me mantendo preso entre a parede e seu corpo, segurando minhas mãos no alto da cabeça.

- Eu vou dizer só uma fez, Lee; para de se meter onde não é chamada. 

- Eu... Bem, eu... - eu tentei me explicar a ele, mas não encontrei uma forma onde eu não botasse tudo a perder e isso me fez me sentir um inútil.

- Pare de me seguir, pare de me mandar mensagens, me ligar e aparecer no meu apartamento todos os dias implorando para que eu abra a porta. Você não é minha amiga, não faz parte da minha vida, então simplesmente aceite este fato.

- Jun...Jungkook - minha voz saiu falha naquele momento, mas eu não me esqueci de mantê-la o mais feminina possível. Eu não podia em qualquer circunstância, botar tudo a perder.

- Eu sei que você quer descobrir quem fez essas marcas no meu corpo, e de certa forma me ajudar, mas isso é algo que vai ser enterrado comigo. Eu não preciso de sua ajuda, e muito menos da sua pena. 

- Mas eu não...

- Eu não vou permitir que você se meta nos meus assuntos, e se por acaso eu perceber que você continua fazendo isso, não vou pensar duas vezes antes de te denunciar para o polícia.

Após essas palavras, Jungkook foi embora e me deixou sozinho naquele beco frio.

Porque custava tanto a ele permitir que eu o ajudasse? Porquê...?