Por incrível que pareça, o pai de Jungkook não demorou em sua visita ao filho, já que este ao me cumprimentar educadamente disse que estava de passagem e apenas tinha vindo visitar Jungkook para lhe entregar o cheque com a mensalidade da faculdade, onde o mesmo estudava artes, sendo este o desejo do moreno desde que éramos crianças. E desde sempre ele nunca fizera questão de esconder seu amor pela pintura, surpreendendo a todos quando, apenas com onze anos de idade, tinha feito detalhadamente o desenho de toda a sua família com uma perfeição tão extrema que a obra poderia ser facilmente confundida com uma fotografia em preto e branco. Jungkook realmente tinha um dom quando estava com suas mãos repletas de lápis, pincéis e tintas coloridas. Ele era um perfeito artista, capaz de retratar diversas emoções no simples olhar de uma pessoa em um rascunho, porém, o que mais me preocupava era o olhar do mais velho neste momento. Eles estavam completamente sem brilho, enquanto suas mãos estavam apertadas em punhos e o maxilar trincado, partes que só se suavizaram quando seu pai se despediu de nós dois com um aceno.
Jungkook não parecia estar bem, e isso só foi confirmado quando ele pediu para que eu fosse embora, dizendo que voltaríamos a nos falar em outra hora, e eu, percebendo que ele precisava mesmo ficar um tempo sozinho, deixei a torta que trouxe sobre a bancada da cozinha, vendo seus olhos finalmente demonstrarem um certo brilho quando lhe falei o que tinha dentro da sacola decorada com flores e mini sorvetes do estabelecimento vinte e quatro horas ao qual lhe comprei a comida. Kookie realmente amava comidas feitas de massa, eram as suas preferidas com toda a certeza.
Eu sorri ao vê-lo sorrir minimamente ao pegar um generoso pedaço de torta e se oferecer para cortar um para mim, coisa que eu recusei decidindo que o melhor a se fazer naquele momento era voltar para casa. Tive a impressão que Jungkook ficou triste por alguns segundos, mas ele logo tratou de me lançar um sorriso mínimo, dizendo que me acompanharia até a entrada pois estava muito tarde para que uma garota andasse sozinha por aí, coisa que eu recusei, já que afinal não era alguém indefeso e muito menos uma garota. Sem levar em conta o fato de que sou um homem forte o bastante para meter um murro no saco de quem fosse o espertinho que ao menos tentasse me assediar, ou em outros casos até mesmo roubar. De sonso Park Jimin, vulgo Lee Jinae, só tinha a cara. Isso era um fato.
[...]
Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi me jogar na melhor e mais maravilhosa invenção do ser humano: minha cama. Objeto tão precioso quanto ouro e tão amado por mim quanto meus pais. Digno de adoração e agradecimentos sinceros por sua existência. Logo, eu já estava tomando um delicioso banho, encarando de maneira chateada minhas unhas que já estavam com mais da metade delas sem o esmalte vermelho sangue, me deixando extremamente irritado. Não fazia nem dois dias que eu tinha me matado para pintar perfeitamente minhas amadas unhas, e neste pouco tempo sem eu ao menos lavar uma louça elas já estavam destruídas. Mano, que ódio! E movido pela força do ranço, eu fui até meu quarto pegando uma pequena maleta com algumas poucas cores de esmaltes e um removedor, este que foi o primeiro item que utilizei me matando para não deixar minhas unhas com o mínimo detalhe de vermelho, porém, aquele produto parecia ter sido feito pelo satanás, já que quanto mais eu esfregava, menos esmalte saia dos malditos cantinhos dos meus preciosos dedinhos. Sem muita paciência para fazer aquilo, decidi passar um esmalte preto para encobrir o que restou da cor vermelha, coisa que deu muito certo, tirando o fato que eu demorei um puta tempo pra tirar os borrados da mão direita, já que eu era destro. Por Deus! Como tantas mulheres conseguiam pintar as unhas perfeitamente em pouquíssimo tempo? Aquela tarefa era obra do diabo, porém eu queria me tornar o mais feminino possível, mesmo que eu odiasse cada parte do que eu precisava usar, fazer e vestir para adentrar em meu personagem.
Depois que meu esmalte secou, e eu vi que meus amados dedinhos estavam perfeitamente pintados - porque, querendo ou não, eu sou um puta perfeccionista - eu já estava doidinho pra finalmente me afundar na minha amada cama e entrar no meu precioso estado de coma, vulgo sono, mas por um motivo desconhecido, curiosamente eu me lembrei que fazia muito tempo que eu não entrava em nenhuma rede social; e como quem não quer nada com nada, eu decidi dar uma olhada no meu Instagram, vendo que meu direct estava lotado de mensagens daquela peste, sendo o seu nome de batizado de Jeon Jungkook.
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A vingança de Park Jimin •° Pjm °• Jjk
FanficJimin alisava a saia rodada com desgosto, enquanto retocava de maneira desajeitada a maquiagem forte em seus olhos. Olhando-se no espelho, ele sorriu satisfeito ao ver que se parecia mesmo com uma garota. E enquanto admirava a si mesmo e tentava a t...