34° Capítulo

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Escuta essa música lendo o capítulo. Boa leitura!

Sophia

A noite estava nublada e com bastante vento fazendo algumas folhas voarem, Christopher parou o carro em qualquer vaga do estacionamento do hospital, peguei a minha bolsa e caminhei de pressa indo na frente sem esperar eles estacionar direito, desviando de alguns carros. Entro no hospital com coração acelerado, olhei ao redor totalmente apavorada na procura dele, mas nada.

Andei na direção da recepção e vi a moça lixando a unha.

— Boa noite — Me aproximei do balcão chamando a atenção da recepcionista.

— Boa noite — Ela respondeu erguendo o olhar e sorriu forçadamente pra mim enquanto não parava de lixar sua unha.

— Moça... — Tentei dizer mas escutei a gritaria e virei minha cabeça em direção ao corredor.

Parei por um instante tentando ver a entrada e vi uma pequena roda de pessoas parada em torno da entrada. Mas ignorei e voltei minha atenção para recepcionista.

Me virei de volta para o balcão, mas a moça não estava lá mais.

Merda!!

Respirei fundo, e olhei ao redor na procura de alguém do hospital que pudesse me dar qualquer informação.

Ainda de costa escutei barulho do salto batendo contra o piso como se estivesse correndo.

— Cadê ele...? — Júlia entrou desesperada com Anne logo atrás dela junto com os meninos, gritando. Virei-me vendo ela perguntar agitada para os seguranças.

— Ei, Ei — Chamei me aproximando.

— Cadê ele Sophia, cadê minha purpurina, me fala que nada aconteceu com ele, me diz. - Júlia perguntou segurando em meus braços.

— Eu não sei, ainda não consegui nenhuma informação — Falo apreensiva.

Soltei gemido de angústia, coloquei minhas mãos na cabeça sem saber o que fazer. Olhei ao redor para ver se encontrava alguém, mas nada. Até que a equipe de ambulância chegou com pressa empurrando uma marca, mesmo estando muito machucado. Eu sabia que era ele, minhas mãos começaram a tremer, meus olhos começaram a lacrimejar. Ofeguei vendo o seu rosto inchado e machucado desacordado na marca.

— Precisamos estabilizar ele rápido — Alguém gritou dando ordem.

— Ok, doutora — O enfermeiro concorda.

— Para sala 02 agora! — A doutora falou alto novamente olhando para a ficha do Kyliam.

— Vai, vai, ele perdeu muito sangue — A enfermeira gritou.

Olhei para o corpo do meu amigo sendo estabilizado, e todos os momentos que passamos juntos passou pela minha cabeça. Estava todos no hospital, a Júlia estava completamente nervosa e não parava de chorar. Me aproximei da médica que gritava dando ordem, e o Kyliam já tinha desaparecido pelo o grande corredor do hospital.

— Por favor, vocês têm que se retirar, o paciente será cuidado — Ela diz nos afastando com a mão quando começamos a seguir ela para sala 02.

— Nãoooooo! — Júlia gritou entre o choro, me aproximei dela e abracei seu corpo trêmulo.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo — Digo olhando no seu olhos.

A Doutora olhou com de ternura para a gente e fez uma pequena reverência antes de se retirar. Olhava atordoada para todos em minha volta, e com o coração a mil, minhas pernas estavam bambas e com a boca seca. E sentia um nó ser forma em minha garganta, soltei um gemido de angústia, e dei liberdade a lágrimas que insistem em cair. Minha pernas ficaram mole, fazendo-me perder completamente o equilíbrio das minhas pernas caindo de joelhos. Estava completamente desolada, tudo o que passamos não foi o suficiente para realmente eu conhecer o meu melhor amigo. Júlia estava completamente abalada, e Anne estava sendo abraçada pelo Robert que falava palavras de conforto. E Christopher estava ao meu lado me amparando, já o Edward estava encostado na parede olhando para Júlia. Na minha cabeça voltava tudo o que eu viver durante esse tempo com ele, não aguento perder mais alguém, ele entrou no pior momento da minha vida e trouxe alegria no momentos mais difíceis, ele era a alma do grupo, o meu melhor amigo, meu irmão, tudo o que sei sobre ele não é nem a metade que eu deveria descobrir, ele merecia mais! Mas a vida às vezes era egoísta demais. Levantei e fui na direção do corredor e me aproximei da sala 02 que ele está sendo cuidado, vendo o minha purpurina luta pela sua própria vida, meu coração não aguentava vê aquilo, mas eu não queria ficar longe dele, pelo os meus soluços e orações, via ele sendo cuidado pela equipe. Via cada vez mais a batida do seu coração diminuir e o rosto dos profissionais com tristeza em suas faces, mas nenhum perdeu a esperança.

Senti como se todos em sua volta estivesse desistindo, meu coração deu uma cambalhota, e entrei com tudo. Que se dane-se a regras! Não vou desistir dele, igual ele não desistiu de mim. Empurrei algumas pessoas, não estava vendo nada com meus olhos embaçados pelas lágrimas. Aproximei mais para perto da marca vendo seu rosto tão lindo sem nenhuma reação.

— Estamos perdendo a pulsação dele! — Alguém gritou informando.

Voltei meus olhos para o monitor vendo sem pulsação.

— Becca inicia a massagem cardíaca! — A doutora ordenou — E prepara o desfibrilador.

Ele fez todos os processos, e iniciou a massagem cardíaca.

— Carregue em duzentos, Becca — Ela mandou observando a Becca lhe entregar o desfibrilador.

— Pronto, doutora...— Diz estendendo o desfibrilador.

— Afasta! — Ela pressionou no peito do Kyliam e o choque fez seu corpo dar um pulo pra cima.

E do nada teve um grande clarão e logo depois um barulho de trovão, de repente as luzes piscou várias vezes, deixando todos da sala num completo silêncio. Alguém passou esbarrando em mim, me fazendo perder um pouco de equilíbrio, mas consegui me apoiar na minha perna retomando o equilíbrio. A luz voltou a piscar novamente, fazendo todos soltar suspiros. A doutora Plummer com urgência voltou a preparar o desfibrilador.

— Sem pulso doutora — O anestesia diz.

— Aumenta para duzentos e trinta, Becca, agora! — Diz correndo contra o tempo.

— Ainda sem pulso! — Gritou novamente.

Meu Deus!

— Nada doutora.

— Duzentos e cinquenta! Becca — Ordenou pegando as pás.

Deu outro choque, mais nada.

— Bora, mais uma vez — A doutora Plummer diz dando incentivo.

A tal Becca carrega assistente, mas no rosto deles está com ar de tristeza, o meu não poderia estar pior.

— Vamos Kyliam por favor eu preciso que você viva, vamos lá minha purpurina — Digo aos pratos com o rosto colocado na porta que nos impedia.

A doutora impulsionou mais uma vez o desfibrilador no Kyliam.

— Temos o pulso! — O anestesista grita eufórico.

Olhei para os rostos do médico sorrindo feliz, olhando um para outro depois de conseguir estabilizar ele. Mas ainda sua pulsação está fraca, mas isso já era um grande avanço.

— Vamos, vocês precisam se retirar para recepção — Uns dos funcionários me tira dos meus devaneios fazendo assim perceber que não era só eu que tinha invadido a sala.

Relutei por uns segundos, mas vi que a melhor opção era essa. Depois que saímos da sala, a doutora olhou mais uma vez em nossas direções e sumiu entre o corredor.

××××


A doutora Plummer. É outra personagem de um futuro próximo



Até o próximo capítulo

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Até o próximo capítulo.

Beijo.

Conquistando um Babaca - Livro 1 Da Série : Cafajeste Irresistível (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora