26° Capítulo

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Sophia

Acordo sentindo uma angústia no peito, mas não dou muita importância, levanto calmamente e vou abrindo a cortina da minha sacada. Depois de abrir a cortina vou para o meu closet escolher a roupa para ir ao trabalho, depois de escolher a minha roupa fui para o banheiro tomar o meu banho. Kyliam de tanto não sair daqui de casa, convidamos ele para morar com a gente, tínhamos dois escritórios, um meu e outro da Júlia, mas ajustamos ele para ele. E desde de então aquele cômodo é o quarto do Kyliam.

Durante esses dias estou sentindo como se eu estivesse sendo observada, mas nunca consigo captar da onde a pessoa pode estar me observando. Então não dou muita importância, pode ser alguma paranoia da minha cabeça. Ou minha mente querendo pregar uma peça.

Enquanto a empresa os lucros voltaram ao normal, mas até agora não descobrimos nada relacionado ao caso, sempre quando estamos prestes a descobrir alguma coisa parece que a pessoa que praticou o ato dá algum jeito de apagar seu rastro.

Isso está deixando os meninos muito nervosos. E principalmente o Christopher.

— Ei, bom dia — Cumprimentei as meninas e o Kyliam.

— Bom dia — Disseram em uníssono.

— Está tudo bem, coisinha? — A purpurina perguntou-me olhando com preocupação.

— Não sei se a palavra certa seria bem, estou com uma angústia no peito desde aquele dia.

— Entendo, que conversar sobre isso?

—Está tudo bem, nem eu mesma sei o que está acontecendo comigo — Soltei um suspiro sofrido.

— Deve ser aquele perfume enjoativo daquele cafajeste — Júlia disse com implicância.

— Não é isso — Digo rindo — Isso só é implicância da sua parte!

— Nem pensar — Ela se nega.

— Se você diz, Quem sou eu para discordar — Digo com cara de deboche.

— Pode parar com esse deboche, tá dona Sophia — Ela disse me repreendendo.

Levantei a mão para cima em sinal de redenção e enfiei uma colher de salada de fruta na boca.

(...)

Entro pelo hall da empresa, totalmente apavorada, que acabo trombando num corpo forte que faz eu perder o meu equilíbrio se não fosse pela sua grande mão agarrando pela minha cintura e sustentando o meu corpo, se não eu estaria esborrachada no chão.

— Obrigada — Agradeço recuperando a minha postura.

— Está tudo bem? — Um Sr. Muito elegante pergunta com os olhos vidrados em mim analisando de cima a baixo.

— Sim — Respondi.

Ele continuou me analisando, talvez procurando algum vestígio de machucado.

— Desculpe-me, entrei com tudo sem olhar para o caminho e acabei trombando em você. Você se machucou?

— Estou bem!

— Você é péssima mesmo, né? Me deixou pra trás, nunca mais vou dirigir para você — Kyliam chegou dando um tapa em meu braço e falando sem parar.

— Ah, Desculpa, estava sentindo aquela sensação de novo — Falei massageando meu braço.

— Só desculpo se você me apresentar essa belezinha aí — Ele diz olhando para o homem com desejo, arrancando uma risada do mesmo.

— Me chamo Jaime Heston. Trabalho no setor 06 — Ele se apresentou com um grande sorriso.

— Bem Jaime, é um prazer conhecê-lo, eu sou o Kyliam e essa ao meu lado é a advogada Sophia.

Continuei calada vendo a tensão sexual dos dois, até que olhei para o meu relógio de pulso e estava quase dando o nosso horário.

— Desculpa atrapalhar os pombinhos mas já deu o nosso horário purpurina — Digo entrelaçando seu braço no meu.

— Tchau Jaime — Kyliam disse com ar de tristeza e eu só acenei com um pequeno sorriso.

— Você é uma estraga prazer, se fosse você e o Sr. babaca eu não ousaria empatar — Diz cochichando no meu ouvido.

— Pelo menos ele trabalha aqui, depois você pode chamar ele para o almoço purpurina — Digo na ofensiva.

— Mas não seria a mesma coisa, talvez agora eu estaria cavalgando em cima dele que nem as amazonas — Ele coloca a mão no coração soltando um suspiro.

— Você pode fazer isso na hora do almoço, pra que serve as escapadinhas para se pegar no banheiro — Digo dando um sorriso malicioso.

— Calma aí, a doida do trepar trepar no banheiro é você!

— Pelo menos eu fiquei com alguém — Sem perceber digo a verdade para ele.

— Já sabia.

Nem tentei desmentir mesmo sabendo que não teria como provar ao contrário.

(...)

 de eu retornar do meu almoço com o Christopher, Kyliam como sempre ousado chamou o Sr. Jaime para almoçar com ele, e nem foder que eu iria segurar vela para os dois, a única opção era sozinha ou Christopher, como ele me convidou não haveria motivo para não aceitar. E de novo sentir a mesma sensação de ser observada, até que consegui ver quem era, pelo o porte físico era um homem, sem dúvidas, fiquei tão apavorada que perdi o apetite. No começo o Christopher ficou muito preocupado com o meu nervosismo mas eu disse que estava tudo bem, mesmo relutante ele concordou.

— Você está muito estranha, mesmo sendo estranha sempre, mas hoje você está muito mesmo — Kyliam disse fofo como sempre.

— Desde que fomos embora da casa do Chris, estou sentindo uma sensação estranha de como se estivesse sendo observada, mas hoje no meu almoço acabei vendo o cara me observando e estou me achando paranoica pode pensar assim.

— Isso é muito estranho — Ele disse apoiando a mão no queixo.

— Sim, tenho certeza que coisa boa não é.

Ele pegou em minha mão e apertou dando um sorrisinho de lado tentando me consolar.

— Não se preocupem, estou aqui com você.

— Eu sei minha purpurina.

— Já me esquecendo, chegaram várias flores para você.

Ele saiu da minha sala e voltou com os dois braços segurando dois tipos diferentes de flores. Uma era um buquê de rosas vermelhas, mas estava um pouco machucada, a outra flor era um vaso de girassol. Peguei as flores da sua mão e cheirei o buquê de rosas, coloquei o vaso em cima da minha mesa e procurei algum cartãozinho mas não tinha.

Estranho!

— O que foi? — Kyliam perguntou percebendo minha cara de confusão.

— As flores estão sem cartão — Falei estranhando — O entregador disse quem mandou? — Perguntei não entendo muito do assunto.

Nunca recebi flores na vida, acho fofo, mas não é uma coisa que eu adoraria receber.

— Não, eu assinei e pronto — Ele me olha confuso.

Pouco receosa depositei o buquê em cima da mesa e peguei o vaso de girassol na mão, passei minha mão com cuidado nela mas retirei rapidamente, olhei detalhadamente para o vaso vendo algumas coisas estranhas se mexendo, mas não dei muita importância. vim um pedaço de papel enterrado entre o Girassol e a terra do vaso. Aproximei meu rosto para mais perto do vaso vendo vários daqueles bichinhos de comida dentro do vaso, na mesma hora meu estômago embrulhou mas consigo evitar vomitar.

Coloquei de volta o vaso na minha mesa e peguei uma caneta, mexi um pouco a terra e consegui tirar o papelzinho. Limpei a terra do papel e comecei a ler, meu coração errou uma batida e perdi um pouco do meu equilíbrio e me apoiei em minha mesa.

Estou de volta!

Li e reli várias vezes, mas minha cabeça estava fervilhando de com tudo que aconteceu. Esse pequeno comunicado me deixou extremamente nervosa e com a angústia cada vez pior. Suspirei pesadamente e fechei os olhos, para acalmar um pouco meu coração.

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Conquistando um Babaca - Livro 1 Da Série : Cafajeste Irresistível (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora