13°

4.6K 405 76
                                    

SEM cartões de crédito.

Sem mesada.

Sem liberdade.

Esse é o resumo do castigo que meu pai resolveu me dar, além de me proibir de sequer dirigir a palavra a Damon. Foi nessa hora que a discussão ficou mais séria e ele ameaçou me mandar para um colégio interno.

Deixei ele falando sozinho e subi para o meu quarto. Beverly estava dormindo e acordou quando bati a porta com força o suficiente para acordar até às moscas.

Não pedi desculpas e não falei com ela. Me tranquei dentro do banheiro e estou aqui até agora. Aproveitei para tirar a maquiagem e as lentes de contato.

Encaro meu pescoço e fico surpresa por não estar furiosa por ter deixado uma joia tão cara na casa de Damon. Que ele fique para ele se quiser.

Depois de encher a banheira e jogar óleos, sais e fazer espuma, finalmente me permito relaxar um pouco.

Por que fiquei tão chateada se estou proibida de ver Damon ou não? Eu vou vê-lo de qualquer modo na escola, mas... Eu quero vê-lo fora da escola? Para onde ele me levaria? Daríamos voltas por Las Vegas no meio da noite e ficaríamos alfinetando um ao outro, como nossos pais? Damon se importa com isso? Ele recebeu a mesma bronca e ordens de seu pai?

Argh! Tantas perguntas... Tantas perguntas sem respostas!

Mergulho na banheira.

Damon.

Tudo por causa dele. Aquele desgraçado arrogante e irritantemente lindo. Porque ele tinha que ser lindo para confundir os meus sentidos e me impedir de raciocinar direito. Talvez ficar longe dele seja bom, afinal.

Mas então lembro do nosso jogo e consequentemente do acordo que fizemos antes. O qual não cumpri minha parte, apesar de ele ter me impressionado com a cobra, meu pai e nossa fuga.

Minha mente vagueia até a praia, de irmos embora e ele lembrar do tal acordo...

Depois que Damon finalmente cansou de brincar com areia, ele deitou ao meu lado. Ignorei nossos braços roçando um no outro.

— Gosta de olhar as estrelas? — perguntou. Sabia que ele estava olhando para mim, mas não virei.

— Quando quero clarear a mente. — concentrei na minha respiração sabendo que ele estava ciente de cada fôlego que eu tomava.

— Falando em estrelas...

Meu coração parou. O acordo... Beijá-lo sob as estrelas...

Então ele me trouxe aqui para isso?

Ele impressionou hoje a noite com a cobra. Eu gostei de ficar com Víbora. E a briga com meu pai e a nossa fuga, foi emocionante... De fato, ele cumpriu sua parte.

Olhei para ele que já me encarava. Não me importei se notaria minhas bochechas rosadas, eu realmente estava envergonhada e nervosa.

Mordi o lábio e ele acompanhou o movimento, descaradamente.

Não notei que pus a mão em sua bochecha – a qual não estapeei – até vê-lo se inclinar para o toque. Encarei seus lábios. Tão perto... Tão rosados.

Gᴀʀᴏᴛᴀ Mɪᴍᴀᴅᴀ-Lᴀs Vᴇɢᴀs||Vᴏʟ1 Dᴀ Tʀɪʟᴏɢɪᴀ Gᴀʀᴏᴛᴀ MɪᴍᴀᴅᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora