34 - Richard.

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*ALERTA GATILHO: Esse capítulo contém cenas fortes que podem gerar desconforto ao ler e te gerar reações emocionais. 

Dei mais um, segurando o armamento com força, apoiado no meu peito, meu corpo indo pra trás com o impacto que a bala sai.

Favela tá de ponta a ponta cheia de inimigo, tão tentando cercar e tomar de qualquer jeito, mas aqui ninguém vai arregar, a bala vai voar até o lado deles cansar.

— Aí porra, caralho! — Charles falou deitando no chão, a calça cheia de sangue, se arrastando pra trás da caixa d'água

Arrumo meu colete e ando mais um pouco pra frente, atrás de mim Orochi e mais 3 menor, bagulho estourou do nada, quando nós viu já tinha 2 na nossa cara, do nada.

Na chuva parece que tudo fica mais pesado, equipamento pesa, pra andar é maior pica, pra correr mais ainda.

Piriquito, lá na casa da tua prima tá cercado, tão atrás do nego, tamo com um menor aqui, deu o papo todinho – menor falou no meu rádio, puta que pariu, tô do outro lado da favela, pegaram a Melody de refém, covardia.

Cabeça tá a mil mas tentando manter a calma pra agir na esperteza, Miller seguiu levando o Charles baleado, na minha escolta foi Luisinho, Orochi e mais 4, a meta é chegar na casa da Melody pra fazer esse resgate.

— VAI MORRER, CUZÃO — gritei de trás da pilastra, sentindo um de raspão passar pertinho de mim mas não deu pra ver de onde veio — Se liga, nós vai avançar mais pra frente, mais um pouco nós tá no ponto certo — falei ofegante para os menor

Andamos mais um pouco, entrando em beco, pulando em lage pra caralho, favela é nossa, não adianta tentar tomar o bagulho sem conhecer o local.

— CORRE! BORA PORRA — Orochi gritou correndo na minha frente

Batemos de frente com 6, tudo apontado na nossa direção, teve nem como desvincular, foi pura sorte, sorte que o meu tava carregado, segurei até o ultimo correr com o Orochi e mais um menor que sustentou junto.

A ardência na minha barriga já tava me incomodando, tô ferrado, tenho certeza que foi de raspão, nem sei em qual momento, tô começando a sentir falta de ar por causa dessa porra.

— Qual foi piriquito, tá sangrando pra caralho, irmão — Orochi falou me olhando preocupado

— To tranquilo, bora que o tempo é curto — ele concordou

De longe eu vi, um cordão de ouro brilhando, três carros parados de frente pro prédio da Melody, a janela dela aberta mas nenhuma movimentação dava pra ver.

— Aciona geral, não vamos fazer movimentação nenhuma sem antes ter um reforço, é suicídio — falei apertando a barriga, Luisinho concordou

Deitamos pelo chão da rua, só palmeando a movimentação deles, chuva gelada no couro, Nego passou a visão, já estavam posicionados, nós vai bater de frente.

Chegamos já, sem dar chances de eles reagirem, estavam a vontade, conversando distraídos, enquanto os menor sustentavam, eu subi as escadas, na porta da Melody, chutei a porta jogando no chão, batendo de frente com um.

— PERDEU PORRA! PERDEU! – gritei nervoso, tô me sentindo cego — DESARMA, LARGA! PERDEU! — ele levantou as mãos

Mas aqui nós não confia em ninguém, a bala comeu, escutando um gritinho alto pra caralho, olhei para Melody que tava deitada no chão, pálida, chorando pra caralho.

— Levanta! Vem – falei ajudando ela levantar, me agarrou com tudo me abraçando, molhando meu pescoço todo

— Meu Deus, meu Deus — falou desesperada, tremendo pra caralho, segurei o rosto dela

— Fizeram alguma coisa contigo? — ela negou com a cabeça soluçando — Fala a verdade porra! — mandei sério

— Eu tô bem, c-calma — segurou meu pulso a mão trêmula — Você tá todo sujo de sangue, Richard — falou nervosa

— Acabou po, caiu geral — falei abraçando ela pelos ombros

Ela continuo chorando e logo o Nego subiu com mais uns manos, maior tensão, geral nervoso.

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Richard: Escolhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora