29 - Richard.

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— Hummmm, eu te amo tanto — Ana Clara falou abraçando meu pescoço enquanto eu dirigia, já dentro da comunidade — Meu gostoso — beijou minha bochecha

— Pera aí, amor — falei pisando no acelerador, entrando na rua de casa

Passamos a noite no motel, lá na pista, tudo de alto padrão, do jeito que ela pediu, comemorando nosso aniversário de namoro, casamento, sei nem o que nós tem no sério, tentei fazer o possível pra nós não brigar e ela compreendeu legal isso, pra mim isso me basta.

Fui com uma segurança máxima, pra não correr o risco de dar qualquer ko, ela ficou toda boba, rindo atoa, tá assim até agora.

Mas sabe quando um bagulho não te deixa mais como antes? Tá assim ultimamente, zero emoção, Ana Clara sempre me deixou bemzão, em relação à tudo, no sexo é braba, mas parece que o bagulho esfriou, parece que o tesão morreu.

— Vou dormir um pouco, fazer um almoço pra gente mais tarde  — ela falou indo pra cozinha, deixando a bolsa em cima do sofá, sentei — O que você quer comer, amor? — ela perguntou da cozinha

— Vou almoçar com a minha mãe — falei pegando o celular e olhando a hora, 7h ainda — Ela me mandou mensagem ontem, esqueci de falar — tirei o boné e a camisa

— Ata! Só vocês dois? — questionou voltando pra sala, concordei — Por que? Tua mãe é estranha, parece que não gosta de mim, eu hein! — neguei com a cabeça

— Ela quer passar um tempo comigo po, nada a ver isso aí — encarei ela que tava séria — Quer conversar as paradas dela lá, sabe como minha mãe é — ela concordou

— Uhum! Espero que seja tua mãe mesmo — falou indo pro quarto deixando a piadinha no ar

Ignorei, continuei resolvendo umas paradas com os menor e fui pro quarto, tomei um banho e deitei do lado dela, clima montanha, só dormir.

Acordei e Ana Clara ainda tava dormindo, tomei um banho, peguei minhas peças e parti pro movimento, minha mãe já tá me acionando pra caraca.

— Aparece lá em casa hoje, vou tá fazendo um churrasco, aquele do mês, de lei — meu tio Nego falou pra mim

— Já é, vou chegar lá — concordei pegando meu fuzil brilhando, menor deixou no óleo

— Tá bonitão esse aí hein, reluzindo — Miller falou rindo

— Tá po, brilhando o garoto — falei admirando minha peça

Acendi um cigarro e sentei na cadeira, tomei meu café, mais pra café da tarde, minha mãe já tá aí, tá lá na minha tia, vou dar um papo nela hoje, pensando em meter o pé de casa, deixa a casa pra Ana Clara, pegar uma pra mim, cortar um pouco esse relacionamento, acordei com isso na cabeça.

— Cabeça quentona, passaram a visão que a Suelen tava soltinha ontem, filha da puta ela — Orochi falou de cara fechada

— Melody tava com ela, maior saudade da minha filha, tá ligado — tio Nego falou negando com a cabeça — Tá voando pra caralho ela, dá nem mais confiança pra mim, tô velho mesmo — eu ri

— Melody é cabeça dura po, mas não demora muito vai tá voltando a falar com o senhor — ele concordou

Maior parada essa dele e da Melody, geral comentando até hoje, essa Thais aí, filha dele, é meio mandada, lança uns olhares, geral já tá ligado na dela, adora um envolvido.

Richard: Escolhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora