47 - Richard.

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— Levanta ele, nego! Anda porra  — Riquelme falou rápido, gesticulando e andando de um lado para o outro, rindo alto pra caralho, uma risada diferente, nunca tinha escutado, peraí

Riquelme? Meu pai?
Que porra é essa?
Levanta, filho da puta
Que que esse cara tá fazendo aqui depois de anos?

— Caralho, como que tu tá aqui? Porra, pai? — tento levantar mas não consegui, minhas pernas não obedeciam

— Fica aí moleque, porra, não sabia que tua ia desmaiar quando me visse não – Ele falou rindo se aproximando de mim — Tu tá grande pra caralho, bonitão, ram! Tá fazendo sucesso por aí né desgraçado — tentou tocar em mim, pisco várias vezes tentando entender, como esse cara tá aqui já minha frente, que porra é essa

Ele toca no meu braço mas eu não sinto nada, é como se ele não estivesse tocado, sei lá que porra é essa, tento falar mas minha boca tá seca, tem vários caras diferentes, em volta da gente.

— Qual foi? Tu tá enganando geral mesmo? Que isso, como que tu TÁ AQUI? — tento levantar de novo, ele riu como se soubesse o por que eu não conseguia levantar, debochando de mim

— Vai atrás da tua irmã, porra! Teu sangue ela, vai atrás dela, avisa ela que eu to chei de orgulho, tô meio com raiva também, mas ram, quero vocês nessa não, entendeu, tu tá fazendo merda pra caralho, qual foi? meu sangue corre na tua veia po, tu não pode ficar de paumolencia não, cuida do teu tio, tô daqui mas não quero visita de...— uma fumaça forte atingiu minha visão, tentei forçar minha mente mas foi tudo escurecendo aos poucos e eu me senti caindo

Abri os olhos levantando ofegante, com a mão no peito, minha respiração acelerada, que porra é essa? Que visita? Caralho, sonhei com meu pai, puta que pariu.

Olhei pro lado encontrando minha mãe me olhando sem entender nada, dei um pulo da cama, com a mão no peito.

— Qual foi? Tá doidona po, que susto — levantei, ela riu

— Eu não, você tava aí falando abessa dormindo, parece sonâmbulo — neguei com a cabeça

— Agora deu pra ficar me vigiando? Todo dia aparecendo aqui do nada — abri o guarda roupa

— Quem marcou de almoçar comigo foi você — falou me fazendo lembrar — Quem em deu uma cópia da chave foi você também, estressadinho — neguei com a cabeça

— Até tu chegar aqui e ter eu e mais 10 em cima da cama — impliquei indo para o banheiro

— Isso já não é problema meu — escutei ela falar do quarto

Tomei um banho, escovei os dentes e li a mensagem que a Melody tinha me mandado, agora é 24 por 72 se falando, caralho, garota  mandada, me deu um chá que puta que pariu, que porra é essa parceiro, mulher tem um perfume feitiço, tu sente e não para de pensar nenhum segundo, loucura com maluquice.

— Te dar um papo, mas sigiloso e sério — falei entrando na cozinha, minha mãe tava sentada mexendo no celular — Encontrei a Victoria — ela arregalou os olhos

— Andou uns tempos que ela tava atrás de você mesmo — falou pensativa e eu peguei um pouco de café

— Ela é do policia, mãe — falei rápido vendo minha mãe pular da cadeira

Richard: Escolhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora