33 - Melody.

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*ALERTA GATILHO: Esse capítulo contém cenas fortes que podem gerar desconforto ao ler e te gerar reações emocionais. 

"A nuvem nublada vem em dias felizes!"

Olhei o celular mais uma vez e bloqueei a tela, já fazem 3h que eu mandei a mensagem pro Richard e ele visualizou e não respondeu, nem veio.

Que loucura eu fui fazer, aonde eu tava com a cabeça quando eu resolvi beijar esse garoto, o álcool faz nós ter umas coragens que depois até tu dúvida.

Se depender de mim ninguém vai ficar sabendo disso, tirando a minha mãe né, que pegou a gente no pulo, a última coisa que eu quero é que isso vaze, mas depois da cara que ele fez quando viu eu com o Miller, vai ficar difícil, até o Miller percebeu alguma coisa no ar, maldita hora.

— Que inferno! Porra! — reclamei sozinha saindo da cozinha, cabeça latejando, dor de cabeça dos infernos, que humor insuportável!!!!

— Falando sozinha? — escutei alguém perguntar para mim, tudo gelou e eu virei com tudo deixando o copo cair no chão, um homem alto, de capuz preto, todo de equipado estava parado em pé no canto da minha sala, perto da janela

— Quem é você? — perguntei andando para trás, meu corpo todo gelado por dentro, dormente, um bolo já se formando na minha garganta, o clima pesou.

— Bota o celular em cima da mesa — falou apontando para mim — Não faz muito barulho, tua casa tá toda cercada — apontou para mesa — Anda porra! — concordei tentando controlar os nervos, apertando rápido o botão de liga/desliga enviando um alerta direto para o celular do meu pai.

(UTILIDADE PÚBLICA: Gente, vcs que possuem um celular da Samsung ou IPhone (creio que outros tenham também) existe uma função SOS: onde você seleciona alguns contatos e apertando 3 vezes o botão de liga/desliga em uma emergência, uma mensagem com foto, localização, audio e vídeo é mandada para eles.)

O homem veio na minha direção, puxando meu celular com força e jogando em cima da mesa, nada se escutava, nem tiros, meus corpo tava gelado, eu não conseguia sair do lugar.

— O que tá acontecendo? O que vocês querem? — perguntei um pouco alto, levantando as mãos em rendimento

— Teu pai! Um já foi, agora falta ELE — ele riu, meu estômago embrulhou — Quem sabe não levar tu de presente, né não? Presentão desse — me olhou de cima a baixo, nojento — Senta aí! Noite vai ser longa, quem sabe nós não... — as lágrimas rolavam pela minha bochecha e eu botei a mão no cabelo, desesperada, sem conseguir escutar o que ele falava

— Por favor, eu não tenho envolvimento nenhum com...— ele me interrompeu rindo  alto, olhando alguma coisa da janela

— Não tem? Tu adora sentar pra bandido, piranha — negou com a cabeça, nervoso — Senta nessa porra aí, não vou ficar falando dez vezes contigo não — veio na minha direção e me levou até o sofá, me obrigando a sentar — Começa a colaborar que eu sou sem paciência nessa porra, gosto de mimimi não — falou cara a cara comigo — Engole o choro! — olhou dentro dos meus olhos, o verde dele estava claro, só os olhos eu consegui ver

— Por favor....— murmurei soluçando, meu corpo todo tremendo — Não faz nada comigo, vocês não sabem a merda em que vocês estão se metendo.. — ele riu

— É? Fala aí brabona! Bandiva – debochou se afastando de mim

— Família é sagrada, você deve saber disso. — respirei fundo tentando me acalmar

— Avisa teu pai então, na vez dele ela não pensou nisso, na covardia ele soube! Cuzão do caralho, achou que nós não ia achar ele — negou com a cabeça com a testa franzida 

Do nada muitos tiros foram escutados, a chuva forte caia e mais tiros, ele começou a ficar nervoso, andando apressado pelo meu apartamento, encolhida no sofá estava, lá eu fiquei.

Falavam no rádio dele, alguém tinha morrido, um desespero me bateu, pensando na minha mãe, no meu pai, no Richard, que desespero.

*Não esqueça seu fav e seu comentário.

Richard: Escolhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora