30 - Melody.

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Churrasco na brasa, cerveja gelada, nada pra fazer.

Sambei com a minha madrinha Giulya, segurando meu copo no alto enquanto a minha bunda pra lá e pra cá.

— Joga filhaaaa! Do jeito que mamãe ensinou — Minha mãe falou batendo palmas

Desde da hora em que eu cheguei não dei nem um oi pro meu pai, tô ignorando ele igual, a filhinha querida dele tá aqui, toda hora olhando pra minha cara e eu nem aí, ninguém tá dando nem um pingo de confiança pra ela.

— Enche meu copo aqui, mona — falei estendendo o copo pra Suelen — Bora beber por quê amar tá difícil — ela riu me dando o copo cheio

— Não sei como tu tá aguentando beber, tu é maluca – negou com a cabeça, tá só a ressaca, tadinha

Tô virada, quase não dormi, a cachaça do rolê ainda tá fazendo efeito, tô bêbada até agora, quero nem saber, trabalho a semana toda pra no final de semana beber minha cervejinha.

— Vai comer, vai Melody! — minha mãe falou dando um tapa na minha bunda — Tua irmã falou com você? — perguntou

— Graças a Deus não — ela concordou — Sonsa do caralho, tava lá na Kasinha ontem com o Kalled — ela arregalou os olhos

— Como é que é? Aquele bofe que você pegava? — concordei cruzando os braços — Que isso! Que absurdo — negou com a cabeça

— Deixa ela, é a filha que o Rafael sempre quis ter! — ela riu me encarando

— Deixa de ser ciumenta, tu é o bebê da mamãe e daí? — beijei a bochecha dela e me afastei

Jogo só a semente, sei que minha mãe é foda, vai tontear meu pai por causa disso, e certa tá ela, vi só ela toda toda indo na direção do meu pai que tava conversando com uns amigos e do lado a filhinha querida dele.

Tô só de biquíni, já entrei na piscina e nem preciso falar que o Miller tá louco nervoso pra falar comigo, e eu só rindo, bofe chato.

— Boa tarde, tem pai não você? — meu pai falou sério, parando do meu lado

— NÃO! – debochei me afastando, rindo abessa, muito chato

Entrei na cozinha e peguei um prato, quando me virei pra porta o Richard tava entrando, sem blusa, só de bermudinha e um cordão de ouro. o boné quase tampando os olhos.

— Me dá um prato desse aí, Melody — falou me olhando de cima a baixo, minha cara esquentou de vergonha

— Eu não! Vem aqui e pega. — falei ignorante, segurando dois pratos, um meu e um da Suelen

— Caralho! Custa me dar um? Ignorante pra caralho hein — veio na minha direção

Sabe quando você fica sem graça, sem reação, parece que minhas pernas congelaram, eu fiquei empatada no mesmo lugar, ele parou na minha frente, pertinho de mim.

— Dá licença! — tentei passar indo pro lado, ele foi juntinho, o corpo batendo no meu

— Ah porra — riu negando com a cabeça e eu me virei e botei os pratos em cima da mesa, do meu lado

Me virei rápido para ele, agora eu já tava entre ele e a mesa, encurralada, nossos olhares se cruzaram, um no outro, minha boca encheu d'água, e ele desceu o olhar, pela minha boca, meu pescoço, meus peitos, me arrepiei toda.

— Pera aí....— falei sem saber muito bem aonde apoiar a mão

Meu coração acelerou, não sei se pela proximidade dele ou se eu realmente estava nervosa, a mão dele foi parar na minha cintura, seus dedos quentes, me puxando mais pra perto, minhas mãos, inevitavelmente parando em seus ombros, subindo para o pescoço.

Suspirei nervosa, em segundos a boca do Richard já estava na minha, me envolvendo, sua língua brincando com a minha, um arrepio da cabeça aos pés me cortou, foi como se estivessem ligado uma corrente elétrica entre nós. 

Chupei seu lábio inferior devagar, sentindo ele apertar minha bunda, me subindo um pouco pra cima me fazendo ficar na ponta dos pés por ele ser bem mais alto, nossos corpos se roçando um no outro.

Minhas unhas arranharam sua nuca e a boca dele desceu para o meu pescoço, onde ele chupou devargazinho, chorei não disse por onde, minhas mãos descendo por sua barriga, na intenção já de dar aquela apertadinha no pau dele que eu já sentia duro, me pressionando.

— Melody, que demora é...— a voz da minha mãe ecoou na cozinha, o Richard voou para longe, e  minha cara foi no chão — Cadê o prato? Tô meia hora esperando. — ela ignorou a cena, vindo na minha direção, como se não estivesse visto nada.

— Eu.. eu vim pegar meu prato aqui também, tia — Richard falou meio nervoso tirando o boné, a boca vermelhinha, lindo!

— Tá aqui! — peguei apressada, saindo da cozinha com ela atrás, deixando o Richard lá com cara de pão.

Caralho, o que aconteceu?

Richard: Escolhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora