🎭Capítulo •27🥀

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O toque é algo necessário, precisamos de afeto, de carinho, quer você goste ou não. As vezes é estranho e desconfortável, mas também há vezes que apenas um abraço já resolve tudo, muitas pessoas não pensam assim ou tem traumas, não as julgo, sei exatamente como é e para reverter isso, é um longo caminho. 

Mas necessitamos dele, muitas vezes, até um mais profundo, por quem amamos. É do ser humano, assim como necessitamos conviver em sociedade, como necessitamos de oxigênio, luz ou água. Infelizmente, temos muitas qualidades, porém viver sozinhos não é uma delas. Pessoas solitárias tem mais tendência a ficarem tristes e problemas de saúde, além de, em casos extremos, ficarem loucas. 

O problema, é que hoje em dia as pessoas se reservam demais ou até sexualizam tudo. Um simples abraço de amigo pode virar namoro, um simples beijo pode significar algo mais, por isso evitamos, quando na verdade... O toque só nos torna mais humano, mais acolhido, um toque é uma maneira de expressar o que as palavras não deixam. 

Seja por sexo, beijo, abraço, o doce entrelaçar de mãos ou a inocente deitada de cabeça em um ombro confiável. Gestos, algumas das vezes, valem mais do que palavras. Palavras são efêmeras, qualquer um pode dizer, dizem o que você precisa ouvir mas não o que sentem, já os gestos... Dão trabalho, requer tempo e esforço, isso que mostra o quanto a pessoa se importa. 

Então não precisamos ter medo do toque, do toque de alguns, de nos tocar. Devemos aprender que o amor não é uma fraqueza, mas sim um dos poucos presentes da vida, sentir o amor é maravilhoso, as vezes você pode não ser correspondido e isso te machuca, mas não coloque a culpa no amor, porque a única coisa que ele fez, foi fazer você se sentir bem... Se sentir amado, por um toque... Inexistente...

-HA!- Escuto alguém dizer e sinto uma pancada macia em minha cara. 

Era Ryujin, ela bate o travesseiro na minha cara, rindo. 

-Levanta! Temos que ir!- Ela diz e me bate de novo. 

-Para!- Falo pegando o travesseiro da mesma, me sentando na cama. 

-Vai logo! Está na hora de viajar! Ou você vai querer ficar presa nessa casa aqui mais um pouco?- Ela pergunta rindo. 

Reviro os olhos, me levantando. 

-Ok, banho, banho e depois a gente se vira na montagem!- Ela diz me empurrando para o banheiro. 

-Montagem?

-É, te arrumar. -Ela diz, fechando a porta do banheiro. 

Tomo um banho demorado, quente, lavando meus cabelos. Assim que termino, passo creme em meu corpo e saio, dando de cara com Eun-Woo com um monte de malas. 

-Malas!- Ele diz e as solta, rindo. -Fui encarregado de te ajudar a fazê-las. -Ele diz se curvando brevemente, me fazendo rir. 

-Posso me trocar antes? -Pergunto me abraçando com o roupão. 

-Não, assim fica mais fácil de eu puxar o laço dessa peça e te ver. -Ele diz se aproximando, segurando minha cintura. 

-Você só tem a cara de anjo, não é?

Ele sorri docemente. 

-É que você liberta o pior em mim... E eu gosto disso... -Ele sussurra e morde o lóbulo da minha orelha. 

Engulo em seco, me arrepiando. O empurro de leve e passo por ele, pegando as roupas íntimas e voltando ao banheiro, as colocando e saindo com o roupão em meu corpo de novo. 

-Beleza, vamos lá, vestidos nessa, casacos nessa, blusas e saias nessa, calças nessa e peças íntimas nessa. -Ele aponta para as malas. -Ah! Sapatos nessa e produtos nessa. 

The Love KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora