🎭Capítulo•8🥀

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Diálogo é a chave de qualquer relacionamento.

O que torna uma pessoa humana é a convivência com outras pessoas.

O ser humano tem a necessidade de se cumunicar ou ele enlouquece. Porque o nosso pior inimigo, é a nossa própria mente.

Jungkook ou Dr.Rabbit me parecia uma pessoa que não é muito de falar, na verdade, sempre ouvi boatos de que em uma casa grande o silêncio reina, porém nunca pensei que realmente era verdade. Mas aqui, agora, se um alfinete caísse no chão, poderia ouvir de tão quieto que é este local.

Pessoas ricas são entediantes e ele é a prova disso. Me pergunto como alguém pode ficar em pleno silêncio por tanto tempo, apenas pensando. Qualquer um ficaria loucou!

Mas isso ele já é... A questão é o porquê.

Como Eun-Woo disse, teria que conversar com Jeon para descobrir e ele queria minha confiança então...

-Respostas? Que respostas?- Pergunto confusa.

Ele suspira, revirando os olhos, impaciente.

-Terei que ampliar seu conhecimento pelo visto...- Ele diz. -O que a sua tia acha de mim?

-O quê? Deixe minha tia fora disso!- Falo brava.

Ele sorri ladino.

-Eu sei que ela me acompanha à anos, tentando me prender. Achei que os fãs eram iludidos, agora ela...

-Como sabe que nunca vão te pegar?- Pergunto ainda brava e indignada.

Ainda sorrindo, o mesmo se levanta e para em minha frente, com as mãos nos bolsos da calça, sorrindo convencidamente.

-Sou esperto. Se não me pegaram em anos, não me pegam mais. Além disso, sua tia não é capaz de entender a magnitude da minha mente.- Ele diz sorrindo vitorioso.

-Ela te acha um desgraçado e um dia, vai te colocar atrás das grades! -Falo apontando para o peito do mesmo.

Ele ri.

-Claro. Adoro ela, muito inteligente. Acha a mesma coisa de mim?- Ele pergunta indo até a grande janela.

Gaguejo, confusa. Não... Eu não achava. Eu olhava para o Dr.Rabbit e via grandeza, um gênio.

-Disse que me daria respostas, aonde elas estão?- Pergunto, desviando do assunto.

Ele se vira novamente, apontando para as estantes nas paredes.

-Aqui. Todas aqui. Procure. -Ele diz e eu o encaro por alguns segundos, logo indo até uma estante.

Eram fichas, com vários nomes, porém... Um me chamou atenção...

-A polícia acha que eu escolho vítimas aleatoriamente. Mas... Tudo que eu faço tem um propósito, cada passo que eu dou além destes muros é calculado, cada frase, cada suspiro. Tudo. Eu não tolero...

-Erros. Eu já sei.- O interrompo. -Chan Naora. -Falo jogando a pasta sobre sua mesa.

Ele pega a mesma, sorrindo ladino.

-Era minha melhor amiga no ensino médio, nos separamos na faculdade, ela foi pra Londres. Final do ano retrasado ela voltou para visitar os pais, me mandou mensagem para encontrá-la... Na noite seguinte... Estava morta. -Falo.

Ele me encara.

-Realmente quer que eu diga "eu sinto muito"? Isso não vai acontecer, Min-Jee. -Ele fala.

-Por que ela?- Pergunto.

Ele suspira.

-Chan Naora... Menina bonita, inteligente, porém... Seus pais biológicos se mataram na frente da menina com apenas cinco anos, foi adotada, mas nunca tão amada quanto a filha legítima do casal. Sempre tentando se esconder pelos lugares, tentando não ser vista, cortes no braço... Um passado que destruiria qualquer pessoa... Eu sabia que ela não iria durar, mas eu tinha que tentar. Ela fracassou e eu a matei.

The Love KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora