7.

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GUSTAVO.

- Vai amor, me fode. - ela dizia com o olhar no meu, mordendo o lábio, gemendo afinado demais. Tentei expulsar o barulho do gemido dela na minha cabeça e focar apenas no pau entrando na sua buceta. - Isso! Assim! Que gostoso. - Tapei a boca dela com a minha mão e abaixei e mordi seu peito, chupando em seguida e sugando o bico do peito.

- Ah, caralho! - gemi depois de dar minhas unhas bombadas, sentindo as jatadas saindo do meu pau. - Caralho! - tirei o pau de dentro dela, tirando a camisinha e dando um nó, joguei no chão e me joguei na cama, respirando ofegante.

Desde que eu cheguei no Brasil, tô aproveitando um pouco do tempo perdido que eu levei estudando pra caralho em Portugal. Pra falar a verdade, eu não tenho muito o que reclamar de quando eu morava fora não, bagulho era maneiro, foda era só que eu estudei que nem um filho da puta, mas não me arrependo de nada não, meu estudo que me tornou o que eu sou hoje e por causa dele tenho nome no mercado, sou respeitado e uma mercadoria do caralho, não atoa recebi proposta a beça no BR. Mas tava feliz onde eu tô, todo mundo sonha em ter essa empresa no portfólio e o carimbozinho dela na carteira de trabalho. Meu presente é meu auge, esquece.

- Tô indo nessa! - falei me levantando e colocando a cueca, procurei minha bermuda no chão do quarto e já fui vestindo. -

- Já, Gustavo? Cara, porque quando você me procura você não avisa logo que é só pra me foder? - ela disse fazendo bico e puxando o lençol pra cobrir ela. -

- Porque você já sabe que é só pra isso. - falei e me inclinei lhe dando um selinho. - Não confunde, Bia. É melhor pra nós dois.

Não que eu goste de usar melhor nenhuma, iludir, enganar. Tô fora dessas coisas! Meu papo sempre foi reto e sem curva, eu gosto de sexo, gosto de sexo casual, gosto de gozar e fazer gozar, mas relacionamento pra mim não rola, não nasci pra isso, meu negócio é ser solto. Coé, já dizia o poeta, sou de todo mundo e todo mundo é meu também. Então, não tô enganando ninguém, eu sempre dou o papo antes, entra quem quer.

E foi o caso da Bia, conheci na primeira semana que eu tinha chegado no Brasil, não foi nem eu que armei a rede pra ela cair, ela mesma se meteu na frente, foi abrindo e se jogou, peguei porque né, ela é gata, beija bem e mama que é uma beleza. Mas não rola, até se eu gostasse de relacionamento não rolaria, mentalidade diferente, não é pra mim esse bagulho. Mas não iludo não, ela sabe que comigo é assim.

Voltei pro Brasil, porque minha vó morreu e minha mãe ficou numa bad fodida, sempre foi eu, minha vó, ela e meu coroa. Sou filho único, fui muito mimado pela minha mãe e pela minha velhinha e se eles não tem ninguém, além de mim, o papo é eu ser sempre por eles. Família em primeiro lugar e isso basta. Jamais que ia ta no bem bom fora sabendo que minha coroa tava na bad aqui, que isso, nunca! Agora eu e eles mais que tudo, meu pai também não tava aguentando segurar mais sozinho e eu não pensei duas vezes. Primeiro eles, depois eu. E te falar, foi lucro, como disse antes, meu presente é meu auge pô!

Cheguei em casa e o casal tava jogado no sofá cama da sala, assistindo filme, minha mãe já tava dormindo né, mas meu coroa tava ligadão.

- Bença pai! - Disse quando entrei. -

- Deus te abençoe meu filho, que cheiro é esse? - ele perguntou rindo e eu já ri também, coé, coroa é sagaz. -

- O de sempre. - Pisquei e já ia subindo as escadas quando ouvi ele falar. -

- Cuidado ein, Gustavo. Sou novo pra ser avô. - eu ri e fui pro meu quarto. -

Tinha que acordar super cedo amanhã, não fosse isso, eu teria até feito uma rapidinha antes de vir. Mas amanhã é dia de visitar obra, tenho que chegar cedo, ser pontual. Tomei um banho já sentindo minhas costas ardem, ah caralho. Amanhã é o dia todo sentindo as costas arder, porque vou visitar obra no Sol do caralho. Me sequei e deitei na cama, peladão mesmo, sou calorento demais, gosto de dormir como Deus me mandou pro mundo, um lençol e já era.

Fiquei olhando um pouco o insta antes de dormir e uma foto da Catarina apareceu, filha da puta é bonita, pô. Sabe como chamar atenção. Até hoje dou risada da mancada que eu dei quando conheci ela, aou. Fui chamar a filha do chefe de filhinha do papai, coé, que mancada - ri comigo mesmo - Garota ficou cheia de ironia pro meu lado, abusadona, mas também né, fui um otário, confesso. Mas já foi, já era. Ela lá e eu cá, importante é meu emprego dar certo.

CATARINA.

- Porra ein, Patrick. Você vai me pagar cara. - disse entrando na sala dele, tinha acabado de ler o e-mail que ele tinha me mandado. Achei que ia passar o dia de escritório hoje e esse bandido me jogando pra ver obra que nem é projeto meu. -

- Coé, me salva nessa pô. Tinha esquecido desse compromisso, posso furar não, é pro nosso bem.

- Ta na hora de contratar uma secretária pra ver essa sua agenda, você é muito atrapalhado. - ele riu -

- Só hoje! Prometo que eu vou te compensar por isso, mas agora tenho que ir real. - Ele pegou o blazer de cima da sua cadeira e saiu, bufei! Não tinha jeito, né. O jeito era ir fiscalizar. -

Fui pra minha sala e abri os arquivos da obra que ele tinha me mandado por e-mail, analisei elas com cuidado e depois mandei mensagem pro Eduardo falando que não ia dar pra almoçar com ele, porque eu tinha que visitar obras e iria demorar. Por falar em Eduardo, já tem um mês que a gente ta oficialmente namorando e 9 meses e pouco que estamos juntos. Tô feliz, ele ta me fazendo bem, brigas bobas todos casais tem e realmente acredito que estamos cada vez mais construindo nosso amor.

Ele respondeu minutos depois falando que também ficaria ocupado com o trabalho e me desejou boa sorte com as obras, terminei de ver algumas coisas e sai de lá, enquanto entrava no carro, já fui ligando pro engenheiro responsável pela obra, pra saber se ele estava sabendo que iria ter visita hoje.
L I G A Ç Ã O, on:
Boa tarde! Aqui é Catarina Capelletti, estou passando só pra lembrar da visita a obra que ficou combinada pra hoje. - eu disse. -

- Boa tarde, Catarina! Gustavo Félix. - ai Deus, é hoje viu, haja paciência. - Tudo certo quanto a visita da obra.

Ok, até breve! - não esperei respostas, apenas desliguei, coloquei o gps no celular e me dirigi até o local. -

Depois de muito me apresentar o local, mostrar algumas coisas, fazer algumas anotações do que eu tinha trago e eu anotei algumas coisas que ele me repassou também, entramos na parte coberta da obra e ele me ofereceu água, me sentei em uma das cadeiras que tinha ali.

- Difícil de te imaginar assim, sabia? - o olhei sem entender. -

- Assim como?

- Assim, pô. Com a cabeça rachando nesse solzão, calor desses e no lugar de tu ta na praia, ta visitando obra. Tendo a família que tem ainda mais. - entendi do que ele tava falando, assunto chato do caralho, eu ein. segurei o copo de água que ele me entregou e senti nossas mãos se esbarrarem. -

- O que minha família tem é da minha família, não posso usufruir sem contribuir, né. Todo mundo fez sua parte em algo, to fazendo a minha. - disse com um sorriso nos lábios só pra não parecer grossa. - Mas realmente, quem ver só minhas redes sociais sem me acompanhar, não imagina que aqui é trabalho de verdade.

- Ta certo, po. É isso! - ele disse sorrindo - Verdade, parece que é só uma filhinha de papai. - ele disse e eu o encarei. - Nem tive tempo de te pedir desculpas por aquele dia, desculpas de verdade.

- Relaxa, você não foi o primeiro e nem o último.

- É... - ele disse e na mesma hora nós nos levantamos, acabou que como levantamos igualmente ficamos muito próximos e eu me desequilibrei rapidamente, mas ele foi mais rápido e me sustentou pela cintura e eu me segurei em seus ombros. - Cuidado! - disse me encarando, fiquei se graça e afastei os braços dele de mim. -

- Obrigada! A obra está ótima. - peguei minha bolsa. - Agora vou ter que ir, desculpa não me estender muito, mas tenho compromisso com meu namorado agora. - falei e menti essa última parte, não sabia o que ele tinha pensado a respeito do meu pré tombo, mas já iria deixar claro que eu tinha um namorado pra não dar tempo ele maldar nada. -

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