Ficou um silêncio na sala, um clima tão tenso que era capaz de ser tocado com a mão. Eu olhava pro Gustavo num pedido de socorro, eu não queria envolver ele nisso, aliás, eu já não aguentava mais envolver as pessoas nessa história ridícula.
- Quem é esse cara e o que ele ta fazendo na tua casa? - Eduardo foi o primeiro a falar. -
- Eduardo, eu não te devo satisfações da minha vida, você só pode tá louco! Você perdeu a noção COMPLETAMENTE.
- Quem perdeu a noção foi você. - ele disse se aproximando e me pegando pelo braço. - Tá dando pra esse cara? - me calei, já querendo chorar. -
- Por isso pra você foi tão fácil terminar comigo, já tava dando pra ele enquanto tava comigo? Piranha do caralho. - ele disse e com minha mão que tava solta eu meti um tapa na cara dele. Eu senti, eu tinha certeza que ele ia vir pra cima de mim, se não fosse o Gustavo se meter. -
- SAI DA MINHA CASA! - Eu disse já chorando. - VOCÊ É UM IMUNDO, SUJO, DOENTE, NOJENTO! Que direito você tem de vir na minha casa me falar essas coisas.
- Foi fácil pra mim terminar com você seu merda? VOCÊ não tinha nada comigo! VOCÊ me fez ter que procurar tratamento psicologico porque transformou minha vida num inferno. VOCÊ É UM LIXO! - ele quis se aproximar de mim de novo, mas o Gustavo tava na minha frente. -
- Cara, antes que eu perca a lógica contigo. Mete o pé! - O Gustavo falou, Eduardo apenas riu. - Tu tá todo errado ai, vacilão do caralho. Some da casa da garota, se situa, porra.
- Não se mete, moleque! Tu não sabe nem com quem tu tá falando, porra! Vai se meter no meu papo com minha mulher, tu ta de comédia nessa história.
- Meu Deus, você ta doente! Não é possível que eu me deixei enganar tanto tempo por você. Você tem sua vida, sua mulher QUE NÃO SOU EU, você tem um filho. Você tá tão louco e cego que você ta invadindo minha casa, pior ainda, você está invadindo minha casa de serviço. SOME DAQUI! SOME! - Eu tentava me controlar mas não parava de chorar, eu tava desesperada, com medo. -
- Tu não ta ouvindo o que a mina tá falando não, otário! Rala, porra. Tu é comédia, vacilão. - O Gustavo falou e empurrou ele em direção a porta. -
- Não toca em mim não, mula. Vai tomar no cu. - o Gustavo ia partir pra cima dele. -
- Gustavo, por favor. - Falei puxando o braço do Gustavo pra trás. - Por favor, olha pra mim. - segurei no rosto dele. - Não faz nada, ele anda armado. - falei mais baixo. - Por favor! Eu já entrei em contato com os seguranças da empresa. - eu disse a última parte mais alto, pro Eduardo escutar. -
- Tô caindo fora po, mas essa merda não vai ficar assim. Eu vou te encontrar na rua, Catarina. E vou te encontrar só! VAI SE FODER PRA LÁ. - Ele disse e chutou um móvel perto da porta. - Vai achando que vai terminar comigo desse jeito, não fode. Já dando pra outro, otária, lixo! - Ele mais berrou do que falou as últimas palavras, saindo e batendo a porta com muita força. -
Eu cai sentada no sofá, as minhas pernas não me sustentavam, meu corpo inteiro tremia, doía, eu nunca senti tanto medo assim.
Eu chorava desesperadamente, muitas e muitas vezes. Uma dor que me quebrava inteira, um medo que não me deixava enxergar. Senti os braços do Gustavo me envolvendo, enquanto o grito saia pela minha garganta.
- Calma, Catarina. Pelo amor de Deus, não faz isso comigo! Você vai perder os sentidos, calma... - ele dizia enquanto me abraçava forte, querendo me sustentar. Os braços dele me prendendo a ele. -
Não sei quantos minutos eu passei com os braços do Gustavo em volta de mim, enquanto o choro de desespero me tomava, quando meu corpo finalmente parou de tremer, senti ele se afastar um pouco, mas ainda assim, eu busquei pelas suas mãos.
- Eu tô aqui. Não vou sair do seu lado. - ele segurou meu rosto me fazendo o encarar. - Calma, só vou pegar uma água pra você. - eu prestei atenção dele e o vi levantar, ir em direção a porta e passar a tranca com a chave. - Toma. - falou quando voltou, me entregando o copo de água. -
Segurei o copo, bebendo o mais rápido possível, ele pegou novamente e colocou na mesinha de centro dali.
- Vou limpar aquela bagunça, deita um pouco no sofá. Tenta respirar, tá bom? - ele disse e foi limpar o que aquele monstro tinha feito.
- Vem, vamos pro quarto. - ele me pegou no colo, pois eu não tinha a menor condição de andar, me deixou deitada na cama, sentando do meu lado, eu segurei na sua mão. - Oi... - ele disse me olhando. -
- Por favor, Gustavo. - falei sentindo algumas lágrimas cairem. - Você pode ficar aqui comigo? - ele me encarou. -
porra, vocês tão batendo mais rápido que o flash 🤣
Gustavo fica ou não fica? 👀
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FEITOS PRA DURAR 💍
Storie d'amore"Me deixa te fazer feliz, do jeito que eu sempre quis! Me diz, o que sou eu sem teu prazer? Não sei da vida sem você. (...) Tira esse medo pode acreditar, o nosso amor foi feito pra durar, pra sempre!" 💍🤍