66.

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- Não chora assim, Cat. - eu disse limpando o rosto dela, ela estava deitada por cima de mim, nós tínhamos acabado de transar, a adrenalina correndo por todo nosso corpo, mas eu não tava suportando ver ela chorar. - você ta me deixando mal chorando desse jeito, não faz isso comigo.

- Desculpa ter estragado tudo. - ela suspirou, me olhando. -

- Você não estragou nada, Cat. Só não era pra ser, a gente não era pra ser...

- Eu não penso assim. - ela disse me olhando. - Eu sei que eu errei com você, mas... - ela não conseguiu completar. -

Tava ficando malzão de ver ela daquele jeito, gostava dela pra caralho, jamais que iria querer ver ela mal por minha causa.

Mas a gente meteu os pés pelas mãos com essa confusão toda que a gente mesmo armou.

- Cat, a culpa não é minha ou sua, a gente se conheceu na hora errada, foi isso. Eu gostei muito do que a gente teve, mas eu tenho que pensar em mim, do mesmo jeito que você tem que pensar em você.

- Eu sei que eu errei com você, sei que deixei você pensar que não importava tanto pra mim, como realmente importa, falhei com a pessoa que sempre esteve ali pra me ajudar.

- Não pensa isso, Cat. Se você ficar falando essas paradas, vou me chatear com você. Eu não fiquei do seu lado pra ter nada em troca, eu sempre estive ali porque eu sempre me importei, você tem seu jeito, você tava confusa, eu era fácil, eu te instigava e nosso sexo... porra, nosso sexo é do caralho, claro que essa porra toda ia acabar acontecendo, mas agora a gente tem que lidar com isso que a gente armou.

- Eu só queria um pouco da gente, da nossa loucura, do nosso sexo em todos os lugares dessa casa. - ela se ajeitou, sentando no meu colo. -

- A gente não pode continuar fazendo isso, se já deu merda agora, imagina se a gente insiste no erro... - falei alisando a sua cintura. -

- Não é um erro. - ela fez bico. - Que saco, você prometeu que só gostava de sexo casual, olha só o que você fez. - ela disse e eu ri. -

- Se liga, ô, malucona. Você que se apegou na pegada diferente. - ela me olhou e sorriu. -

- Infelizmente.

- Entende que vai ser melhor pra nós dois? - falei e me sentei na cama, ajeitando ela no meu colo. - Se eu pudesse, eu trancaria você aqui.

- E eu queria que fosse fácil assim. - falou e colou a testa na minha. -

- Eu também, mas você merece ser muito feliz, eu sempre te disse isso Cat. Tu é uma mina muito foda, merece toda a felicidade do mundo e eu torço por isso demais. - ela só assentiu com a cabeça e me olhou, eu suspirei e a encarei. -

- É... acho que vou embora. - ela falou se levantando do meu colo. - Vou tomar banho, você vem?

- Não, pode ir lá, Cat.

Enquanto observava ela andando até o banheiro, fiquei pensando em toda essa loucura, parece que essa porra ainda ia comer meus miolos de tanto que eu tava pensando nisso, passei o caralho de todos os dias em Angra, só pensando nessa conversa, tomar no cu.

E mesmo tendo pensado tanto, eu ainda não tinha a certeza de que eu tinha tomado a decisão correta, eu sabia que não era o melhor pra mim, eu também queria ficar com ela o tempo que ela quisesse, mas eu não tinha dúvidas de que era o melhor pra ela.

Procurei minha cueca pelo chão do quarto e vesti, desci pra pegar uma água na cozinha e pouco tempo depois avistei ela descendo, como se fosse a primeira vez que ela estava me vendo na vida, dava pra perceber que ela estava tímida pra caralho com a minha presença, que nem depois que a gente transou a primeira vez e ela "caiu na real".

- Tô indo. - ela sorriu e eu me aproximei. -

- Por favor, me desculpa qualquer coisa. - alisei sua mão, ela negou com a cabeça, mordendo o lábio. -

- Eu que tenho que te pedir desculpas por tudo isso.

- A confusão foi nossa, Cat. Eu só quero que você fique bem, eu vou tá aqui, pra ser seu amigo quando você precisar de um. - a encarei. -

- Eu sei. - ela mordeu o lábio mais forte. - Eu acho melhor eu ir embora... - ela alisou minha mão que segurava a dela e a soltou, se virando em direção a porta. -

- Cat... - a chamei, ela me olhou e eu fui na sua direção, lhe puxando pra um abraço apertado. - Me perdoa, tá? - ela assentiu com a cabeça presa no meu ombro. -

Nós desfizemos o abraço e ela foi caminhando em direção a porta, abrindo e fechando. Sumindo em seguida, me deixando com todas as certeza que eu achava que tinha, TODAS jogadas no ralo.

Procurei na minha caixinha se ainda tinha maconha pra esvaziar a mente e ver se eu dormia sem pensar muito nisso. Mas não tinha mais porra nenhuma, tomar no cu!

- Porra! - subi pro quarto e aquele caralho só fazia me lembrar dela, até do jeito que ela sempre queria que dormíssemos juntos. -

Tentei dormir mas na minha cabeça tinha lembranças até demais, eu precisava me apegar na ideia de que eu tinha feito a coisa certa pra não pirar, eu ia sentir falta pra caralho dessa marrenta, mas eu não podia ser egoísta de querer ela pra mim, sendo que ela não ta bem pra isso.

Eu ia sentir falta de tudo que a gente tinha feito até agora, foi uma parada diferente e que me envolveu de uma forma que eu achei que não era possível, mas já foi, já era e era melhor que realmente fosse melhor assim.

Fui tomar um banho gelado pra ver se tirava esse estresse de cima de mim, na tentativa de deixar a água levar a porra toda.

Me sequei e nem dormir sem roupa eu tava conseguindo, uma parada que era só minha e eu acabei dividindo com ela, namoral, tomar no cu.

agora podem ir dormir, amanhã voltamos com mais 🤧

O que acharam do ponto final dos dois bonitinhos? Eles mereciam um fim? Me contem.
+200

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