FEITOS PRA DURAR 💍

74.

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Catarina não tinha sido liberada pra entrar, apesar de ter acordado e não está mais na UTI, Gustavo estava em um quarto com visitas restritas e tinha que ser manter sem muitas informações no momento, pra não perturbar a cabeça dele, que tinha sido bastante golpeada.

A prioridade, obviamente, foi da família. Como um flash, dona Marília já estava na porta do quarto, a mão tremendo pra poder abrir. Mas a vontade de ver o filho, toca-lo, sendo maior que qualquer coisa no mundo.

- Meu bebê! - ela disse assim que se aproximou dele, alisando seu rosto, mesmo ele estando com a cabeça enfaixada. - Ele não tinha acordado? - ela olhou pro médico. -

Apesar de ter acordado, o Gustavo ainda estava sob os efeitos de alguns sedativos, então, o fato dele está grogue era normal.

- Calma, amor. Ele tomou sedativos, saiu de uma anestesia agora, não é assim que funciona. Olha como ele tá, respirando, meu guerreiro! - sr. Félix falou tentando acalmar. -

- Vou deixar um tempo vocês a sós, assim que ele se mostrar consciente, apertem nesse botão que logo estaremos aqui.

- Ele vai ficar bem não vai? Me promete! - ela disse abraçada ao marido, enquanto encarava o filho. -

- Claro que ele vai! Você ouviu o que o médico disse, nem se cirurgia o garoto vai precisar. Só dos nossos cuidados, mais nada. Vou descobrir quem fez isso com ele, tô na reserva mas ainda tenho meus contatos.

- Nem começa! Por favor! Não me deixa nervosa, olha a situação! Você não vai descobrir nada, não tem que se meter nisso, deixa esse trabalho pra quem ainda é policial, não é o seu caso tem anos. Olha lá ein...

- Tá bom! Calma!

- Ô meu amor, - alisou sua testa. - mamãe não saiu um minuto do seu lado. Como sempre! Você é a razão da minha vida, Gustavo! Não consigo fechar os olhos e imaginar o mundo sem você meu filho, jamais conseguiria... como meu peito tava doendo sem notícias tuas, angustiada, só querendo ver o seu sorriso de novo meu filho. Meu bebê, meu príncipe, o amor da vida da mamãe! Você é meu mundo Gustavo, acorda pra mamãe, por favor, filho. Meu coração só vai se aquietar quando eu consegui olhar nos teus olhos novamente, apenas assim.

Dona Marília falava o tempo todo com ele, na cadeira próximo a cama que ele estava deitado, acariciando sua mão, esperando pelo mínimo de contato.

A aflição voltando a tomar conta dela, com a falta do acordar verdadeiramente dele. Já estavam a horas ali e nada, nenhum toque...

- Porque ele não acorda? Já era pra ter acordado tem muito tempo! Tem alguma coisa de errado.

- Não podemos pensar no errado agora, vamos ter paciência, ele vai acordar.

18:30, ainda não tinham nem se mexido dentro daquele quarto, além de chorar. Gustavo parecia dormir tranquilo, enquanto só o que eles precisavam era ter a certeza vinda dos olhos do próprio filho, mas não.

Na outra sala, Catarina já tinha quase deixado suas pegadas registradas no hall, de tanto que andava pra lá e pra cá. Depois que foi informada que ele ainda não tinha acordado novamente, o chão faltou.

Parecia que cada segundo demorava por horas, que um instante duraria uma eternidade. Ela precisa ao menos vê-lo de novo, nem que fosse por trás de um vidro novamente. O seu coração não iria deixar de ficar inquieto.

21:45, quando dona Marília sentiu o aperto na sua mão, gritou no susto. Mas o susto imediatamente deu lugar a lágrimas de felicidade. Quando olhou pro seu filho e o viu com os olhos ali, a encarando.

- Aí! - foi a primeira coisa que o Gustavo conseguiu falar, mesmo que com dificuldade. -

- Meu Deus! Meu filho! Gustavo!!!! Meu Amor! Meu Deus! Obrigada por tudo Jesus! - ela disse enchendo ele de beijos, chorando e extremamente agradecida. -

- Mãe....?! - ele disse a olhando. -

- Sou eu meu amor, a mamãe tá aqui! - ele a encarou. -

- Aí, tá tudo doendo na minha cabeça.

- Calma, é muita informação. Você quase mata nós dois, cara. Como é que você faz isso comigo? Te amo pra caralho, garoto. Sempre disse que eu e sua mãe só tínhamos você, porque só temos você meu filho. Sem você nossa vida não é nada, sem você não somos os mesmos, não temos porque existir. Você é a coisa mais importante que temos! - ele apertou a mão dele. -

- Desculpa, pai.. - ele disse com dificuldade-

- Eu que tenho que te pedir desculpas de não conseguir de proteger do mundo. Se alguma coisa a mais tivesse acontecido com você, teria colocado essa cidade abaixo. Te amo, moleque.

Não demorou até o médico entrar na sala, verificou o Gustavo enquanto o enfermeiro ajustava algumas coisas em relação a medicação na veia, soro e exames.

Sr. Félix solicitou a entrada da Catarina ao médico, falou que de familiar só tinha os três e que ela estava aguardando por notícias tinha muito tempo já.

Quando já estava entrando no ápice do desespero com a falta de notícias, Catarina viu o médico indo na sua direção, a chamando.

Prontamente, ela foi até ele, o coração que podia até mesmo errar as batidas. Quando ele falou que o Gustavo estava consciente, pra ela, foi como se o mundo se abrisse outra vez, se abrisse em amor.

Foi até o quarto com o coração carregado, queria vê-lo, conseguir finalmente o tocar. Não precisaria nem falar tudo que ela sente, deixaria-o descansar, mas se de toca-lo, já bastava pra ela.

- Olha meu filho, ela não saiu daqui pra quase nada! Quase bate o meu record.

Quando Catarina viu o Gustavo, era como se os lábios dela tivessem tocando nos dele pela primeira vez, as mãos até chegaram a suar. Como explicar o tamanho desse sentimento? Talvez não fosse possível, nem tentando muito.

Ele a encarou e ela tremeu com o olhar dele sob ela. Que saudade, ela pensou. Como pode uma pessoa fazer tanta falta assim? A incerteza machucar tanto?

- Mãe, - ele olhou pra mãe dele. - eu não consigo lembrar, quem é ela?

Tum, tum, tum, tu, tu, t...
Um zumbido no seu ouvido, o não consigo lembrar repetindo, repetindo, repetindo. Como assim ele não lembrava? Qual a sensação de ser esquecida pelo cara que você gosta? "Meu Deus, o que preciso fazer pra ele lembrar"? Como assim....ele simplesmente não lembrava.

cara, vocês estavam mesmo só esperando eu postar né... kakakakskkkk, vão dormir, agora só segunda 😴🥵🤫