23.

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Segurei seu queixo, sentindo ela morder meu lábio inferior, enquanto passava as mãos pelas minhas costas, me puxando mais pra perto dela. Chupei seu lábio, enfiando a língua na boca dela novamente.

- A gente não pode fazer isso aqui. - ela disse em um suspiro, com a boca próximo ao meu ouvido. -

- Isso o quê? - me fiz, a encarando, a mão ainda segurando a sua nuca, nossos corpos colados pra caralho. -

- Isso. - falou indicando nós dois. - Se alguém ver a gente aqui, - ela disse e beijou meu pescoço. - isso não vai dar certo. - concordei com a cabeça. -

- Me encontra lá fora, minha moto ta no estacionamento, tu já sabe qual que é. - foi a vez dela de me encarar. -

- Eu não vou sair daqui de moto com você, Gustavo.

- Te dou 15 minutos.

- Eu não posso sair daqui do nada, meu irmão, a May... - apertei a bunda dela, desci meus beijos do pescoço pro colo que deixava um pouco do peito amostra. -

- 15 minutos, se vira.

Deixei ela sozinha ali e sai em direção aos lounges, Giovani tava só de corpo presente já, agarrado com uma menina, ia nem notar se a irmã dele tava aqui ou não. Patrick tava conversando com outra lá, chamei ele com a cabeça.

- Ai, vou ganhar. - tirei a maconha do bolso e entreguei pra ele. - Pra ti, de brinde. - ele riu. -

- Vai foder né, seu puto. Te vi saindo daqui com a loira.

- Coé - eu ri - Sabe como é, né? Pai hoje ta chato! - falei e ele concordou, pegando a maconha, fiz um toque de mão com ele e sai. -

No caminho pros estacionamentos me trombei com a loira, Juliana, é gata e gostosa pô. Veio na minha direção ela.

- Já vai? Nem chamou, né. - ela disse passando a mão pelo meu pescoço. -

- Coé, lombrou! Tenho que resolver uma parada, mas me da teu número, vou te ligar mais tarde. Vou ficar te devendo essa não, loira. - ela sorriu e eu entreguei meu celular pra ela. Quando ela me entregou, tinha "juliana braga amor", eu ri a encarando, balancei a cabeça e guardei o celular no bolso. -

Ela ainda ia falar mais alguma coisa, mas a amiga dela chegou doida puxando ela, ainda bem ou eu ia me atrasar pro meu plano da noite. Cheguei no estacionamento e me escorei na moto, pegando o último cigarro de maconha que eu tinha bolado, traguei. Fiquei viajando ali enquanto eu esperava a doida, queria ser uma mosca pra ver a cara dela tentando inventar alguma coisa pra vir embora, gosto de perturbar mesmo.

CATARINA.

Que ódio dessa sensação, de querer e minha cabeça saber que não é isso que eu tenho que fazer. Como eu queria sair dali, pior, como eu queria sair dali com ele. Mas que cara que vou ter pra mentir pra Mayara, pro Giovani. Voltei rezando pra todos os santos pra que a Mayara não tivesse no lounge ou eu não ia conseguir mentir pra ela.

- Ou. - falei chegando no Giovani que tava com uma menina dançando na frente dele. - Vem aqui! - ele afastou um pouco a menina e veio na minha direção. -

- O que foi, fia?

- Tô indo embora! - ele me olhou sem entender -

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, só tô indo embora. - ele ficou me encarando. - Depois a gente conversa, não quero me estressar com você. - ele me olhou assustado e eu me segurei pra não rir, vou jogar a culpa nesse puto mesmo, depois digo que eu vim embora porque não tava suportando mais ele usando droga, vai acreditar. Ele ainda ia falar alguma coisa, mas eu o interrompi. - Fica e curte, depois a gente se fala.

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