A sensação que eu estava sentindo em cima daquela moto, era uma sensação que eu já estava precisando sentir há muito tempo. De liberdade, me sentir sem amarras, se eu não tivesse com tanto medo, teria até aberto meus braços pra sentir aquele vento em mim, aquela brisa gelada. Mas, o medo só me deixava agarrar o Gustavo mesmo, ainda mais que ele andava que nem maluco. Não demorou nada e ele estava na frente do meu condomínio
Quando ele estacionou na frente da minha casa, eu vi o carro que eu conhecia bem de quem era, parado ali. Desci da moto, tirando o capacete e ajeitei um pouco o cabelo, sorri e entreguei o capacete pra ele.
- Obrigada, viu? Salvou. - ele pegou o capacete da minha mão e colocou, subindo a viseira. -
- De nada, marrentinha. Precisando, sou seu soldado. - eu ri e dei uma batida no ombro dele. -
- Vá lá, besta. Cuidado ai! - eu disse e ele piscou, ligando a moto e saindo que nem doido. -
Quando eu me virei pra ir em direção a minha porta, eu vi o Eduardo saindo do carro e vindo na minha direção, respirei fundo e virei de costas tentando ser rápida o suficiente, mesmo sabendo que era impossível.
- Quem é aquele cara? O que ele quer te trazendo na sua casa? Ta maluca, você? - eu conseguia ouvir a voz dele pesando atrás de mim, me virei o encarando. -
- O que você ta fazendo no meu condomínio, Eduardo?
- Eu vim aqui pra gente conversa, a gente tem que conversar.
- Eu acho que eu deixei bem claro que eu não quero conversar com você. - ele já foi passando a mão no rosto. - A única coisa que eu tinha pra tratar com você, te comuniquei e espero que você resolva. Por favor, me deixa em paz. Você já fez estrago o suficiente na minha vida, me deixa seguir. - implorei -
- A gente vai seguir juntos, Catarina. Para, só para de tentar contra sua própria vontade. Eu sei que você quer ficar comigo e mais do que ninguém no mundo, eu quero ficar com você. Tu não me deixa explicar as coisas, bora se resolver cara, a gente ta nessa há quase 10 meses já. Eu preciso de você e você precisa de mim. - veio e tentou me agarrar, me abraçando, me trazendo pra ele. - Qual foi, minha problemática.
- Eduardo, me solta, por favor. Não encosta em mim, você não sabe o quanto isso me incomoda...
- Que isso, amor. Oh o que você tá me falando, pelo amor de Deus cara... - falou me interrompendo e me segurando pela nuca, fazendo com que eu encarasse ele. - Olha pra mim, é impossível que você não consegue vez o que eu sinto por você, que é de verdade. Não faz isso comigo, cara.
Antes que eu ao menos pensasse em responder, ele foi trazendo o meu rosto pra mais perto do dele e me beijou, invadindo minha boca com a sua língua, me sugando, me fazendo relembrar todas as sensações que ele me fazia sentir, tudo.
Por um segundo, por um segundo eu me permitir esquecer ele e tentar retribuir aquele beijo que um dia me deixou tão feliz, mas tudo voltou a minha cabeça, a sensação de me sentir suja, tudo o que aquela mulher tinha me dito, o que ela tava me fazendo passar e tirei forças dali, pra me desprender dele e fazer o que eu não imaginava que pudesse fazer, que era dar um tapa na sua cara.
- Por que você insiste em fazer isso comigo, Luis Eduardo? - falei e as lágrimas já caindo. - Todos esses dias desde que sua mulher começou a infernizar minhas redes sociais, eu tive crise de ansiedade. Todos! No dia que eu consigo sair da minha casa pra trabalhar, você aparece e faz isso comigo. Por que você ta fazendo tudo isso? Me deixa te esquecer, eu tô te implorando, para com isso.
- A gente não tem que se esquecer, Catarina. QUE PORRA! Entende que eu te amo e quero você, por isso que ela ta fazendo isso, cara. Você não percebe? Eu terminei com ela, acabou, acabou amor, sou teu. - ele disse querendo vir pra perto de mim de novo e eu fui pra trás. -
- Não chega perto de mim. Eu não quero sobras nenhuma dessa mulher, Eduardo. E pra mim, você é isso, sobra, o resto. Depois de tudo, depois de todo esse tempo, você vem me dizer que acabou com tudo pra ficar comigo. Isso é patético! Do mesmo jeito que você traiu ela comigo, comigo e com certeza com várias outras, você iria me trair por ai. - ele balançou a cabeça negativamente. - Eu não tenho cara pra ter nada com você, não depois de tudo que você ta me fazendo passar. Você, essa situação, isso ta acabando com minha vida, eu não vou passar por isso. Vocês vão ter um filho cara, eu não vou acabar com a vida de ninguém.
- Filho não prende ninguém, Catarina. Eu tô esperando, ela vai fazer primeiro o exame pra saber se ta grávida mesmo, porque nem que ela ta grávida eu confio. Depois vamos fazer o exame de DNA, na barriga mesmo, quero saber se o filho é meu. Se for, eu vou assumir, vou ser pai pra ele, o pai que eu não tive. Mas eu não amo ela, eu amo você. Você não acabou com nada, já tava acabado há muito tempo, não foi por sua culpa, cara. Não faz isso comigo.
- Você quem fez isso comigo! Você! Você acha que se esse filho for seu, essa mulher não vai infernizar a sua vida e a vida da pessoa que você estiver se relacionando? Eu tenho um nome, Luís Eduardo, você sempre soube a importância disso pra mim. Eu não vou passar por humilhação nenhuma por causa de você e do que você acha que sente por mim. Eu não confio em você e nem acho que você vale a pena o risco. Por favor, me deixa... para de trazer problema pra minha vida, eu tô tentando resolver as coisas com você sem ter que tomar outras medidas. Faz o que eu pedi, pede pra ela parar, eu não quero ter que expor ninguém. Me ajuda, se ajuda!
- Me da pelo menos um último abraço então. - Balancei a cabeça negativamente. - Eu tô te implorando, Catarina. Pelo menos isso. Por favor! - pensei, relutei, mas fui. Dei um abraço nele que me apertou nele. - Desculpa por tudo isso, eu juro... se eu pudesse voltar no tempo.
- Mas não pode. - falei separando o nosso abraço. - Eu não te desejo nada de ruim, Eduardo. Só quero que você siga sua vida, longe de mim. Por favor. - ele concordou com a cabeça e eu virei, destravando a porta e entrando em casa. -
Na mesma hora eu liguei pra portaria, avisando que a entrada sem ser anunciado do carro, da moto e do próprio Eduardo estavam proibidas. Que ele precisava ser comunicado, que era pra sempre barrar. Subi pro meu quarto e desabei na cama, ainda sem acreditar que ia ter que matar tantos leões assim por dia.
Acordei com meu celular vibrando pra caralho, um monte de ligação perdida e mensagens da Mayara no whatsapp.
W H A T S, on:
- Ta a onde?
Responde amigaaaaa!
CATARINA CARALHO, ATENDE!
PiranhaaaaaTava dormindo cr, que foi?
- Você não vai acreditar! Tô aqui no barzinho com o Caio, Patrick ta aqui! Fala com ela, Patrick - ela falava no áudio. - Caaaat! - Patrick gritou no áudio. - Vem pra cá, amiga. - já era a Mayara - se arruma e vem!
Tá doida, Mayara? Eu tava dormindo! Eduardo veio aqui e a gente teve uma conversa horrível, só quero dormir.
- Me poupe e se poupe. Bestagem do caralho! Por isso mesmo que você tem que vir, anda porra! Sexta-feira e você presa em casa. Ta morta agora? - ela disse no áudio. - Se você não vier, vou mandar Patrick ir ai lhe pegar, escolha.
Você me paga!
Porra!
Tô indo me arrumar, me manda a localização.S T O R I E S, on:
@capelletti: quando sua amiga te tira de casa depois de um dia cansativo de trabalho 🤯 // quando il tuo amico ti porta fuori di casa dopo una faticosa giornata di lavoro 🤯@ respondeu ao seu story: Cat, tá vendo o que estão falando que você sai com homem casado? Não vai comentar sobre isso?! Beijos linda! ☺️
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FEITOS PRA DURAR 💍
Romance"Me deixa te fazer feliz, do jeito que eu sempre quis! Me diz, o que sou eu sem teu prazer? Não sei da vida sem você. (...) Tira esse medo pode acreditar, o nosso amor foi feito pra durar, pra sempre!" 💍🤍