106.

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Último do dia. 🤍

GUSTAVO.

Coé, tava puto mané. Odeio ficar acanhado em um lugar, coroa mandadão, dando só papo de maluco com aquele jeito dele de falar engraçado pra caralho.

Sabia que ele não ia ser bonzinho, mas também tava querendo fazer um terror sem propósito, a filha dele eu não vou deixar, então é melhor ele ter que aturar.

- Gostou de tudo que viu? - ele falou, tinha ido dar um passeio comigo pela vinícola, mostrando todas as coisas, detalhe por detalhe, como se eu entendesse. -

- Muito! História muito bonita, merecedora. - falei a respeito dos papos que ele tava falando sobre a família ai deles. -

- Agora é hora de aprender a fazer do jeito certo, né? - ele me encarou, parando perto dos campos, eu o encarei de volta mas sem entender. - Como posso confiar minha principessa a alguém se não sei se ele sabe mexer com vinho? - continuei o encarando sem entender. -

Até passou pela minha cabeça que a gente ia degustar uns vinhos, mas só pela risada de filho da puta do Caio, eu já sabia que iria vir merda.

- É melhor tirar a camisa e dobrar as calças. - ele disse me encarando. - Vamos ver se você é um ragazzo de pulso firme. - falou apontando pro bagulho que pisavam os vinhos. -

Namoral, só podia ser sacanagem, sério. Já tava calor aqui, devia ter mó cota que a gente tava andando por tudo que é lugar e eu ainda ter que ficar de baixo do Sol pisando uva é putaria. Sorte desse cara é que ele é o foda da engenharia e meu chefe.

- Vai lá, brabo. - Giovani falou rindo. - Tu não é o brabo?

- Começa só quando eu começar a gravar porra. - subi naquele caralho e mandei o Caio ir se foder, mané do caralho, mas deixa estar, mundão gira. -

- Estou confiando em você. - meu sogro falou apertando minha mão, esperando que eu começasse. -

- Chegamos a tempo? - levantei o rosto e vi a Catarina chegar em um dos carros que era pra rodar nos campos, junto da Dani e da Mayara. Olhei pra ela em desespero, que riu e veio até mim, se esticou alisando meu rosto e me deu um beijo. - Você vai arrasar amor, tô aqui na sua torcida, vou mandar vídeo pra sua mãe.

Revirei os olhos e comecei a fazer aquela porra, namoral, trabalho pra corno e isso graças a Deus que eu não sou, Catarina era só sorrisos abraçada com o pai dela, outra mandada na moral.

Quando eu sair dessa porra, vou 5 minutinhos sem perder a amizade de murro com o Caio e o Giovani, namoral.

- BRAVO, AMORE! - Cat gritou vindo na minha direção e entrando naquele negócio comigo. -

Se fosse em outro lugar, se fosse qualquer outra pessoa, eu acho que nunca estaria passando por isso. Eu nunca nem ao menos conheci a família de mulher nenhuma, nunca namorei nessa vida, olha só o que essa mandada me fez.

Como era ela, eu tava aqui, mesmo puto eu tava amarradão, eu sabia que era importante pra ela a aprovação dos pais dela.

Eu sempre fui muito foda-se tudo, foda-se a opinião alheia, mas se era algo importante pra ela, automaticamente se tornou algo importante pra mim.

E eu entendo, quando você tem planos de planejar uma vida com a pessoa, é importante a aprovação das pessoas que ela ama, principalmente a Cat que é super ligada a família dela.

Ela me olhava sorrindo, o sorriso mais lindo do mundo, papo reto. Essa menina é toda linda!

Ela se pendurou em mim, beijando meu rosto todo. Dando gargalhadas, escutava os barulhos que não era de nós dois, mas aquilo pouco me importava.

FEITOS PRA DURAR 💍Onde histórias criam vida. Descubra agora