Retorno a Gusu

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Já era de manhã, o sol batia diretamente em meu rosto e mesmo com os olhos  fechados isso era incomodo. Meu corpo todo doía, mesmo tendo acabado de acordar não tinha energia nem mesmo para abrir os olhos, quem dirá para fechar a janela. Franzi o cenho, logo que fiz isso meu rosto não mais era banhado pelos raio de sol.

Abri os olhos e... uau.

Minha primeira imagem do dia foi Er-gege sorrindo, me observando com seus lindos olhos dourados que pareciam ainda mais brilhantes. Ele não parecia cansado da noite anterior, muito contrario parecia tão feliz que poderia ser descrito como revigorado. O detalhe que me fez ficar um pouco bobo e muito feliz foi que o que estava me protegendo do sol era a sua mão, parecia um pouco desconfortável ficar com a mão erguida por um tempo indeterminado, mas ainda sim ele não parecia nem um pouco incomodado. "Er-gege desse jeito você vai me deixar mimado" pensei.

- Bom dia Er-gege - disse de forma preguiçosa, mas sem conseguir evitar sorrir.

- Bom dia Wei Ying - ele respondeu deixando um selar no topo da minha cabeça - Como você esta? Algum desconforto?

- Estou muito feliz, mas estou com dores por todo o corpo - digo com um beicinho.

- Vou preparar um banho com ervas para relaxar e recuperar seu corpo - ele respondeu enquanto levantava e se vestia.

- Er-gege - chamei.

- Hmn.

- Eu te amo.

Com um sorriso brilhante ele me responde - Eu também te amo - após isso ele saiu e eu o assisti da cama.

"Quem vê o Lan Zhan tão fofo hoje não imagina o quanto que ele me maltratou ontem" esse pensamento me fez rir, meio bobo.

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Sai do meu quarto e fui diretamente para cozinha, buscar a água e as ervas para o banho de Wei Ying, no caminho caminho me deparo com o meu pai, que parecia estar admirando a vista. Quase imediatamente minha presença foi notada.

- Filho, bom dia - ele disse com um sorriso - Acordou tarde, esta se sentindo bem?

- Hmn. Estava esperando Wei Ying acordar - respondi sinceramente.

Após analisar um pouco minhas feições - Tem certeza que não quer que eu proponha o noivado aos Jiangs? - ele disse apontando para meu pescoço.

Corando respondo - Aceitarei a devida punição, quando voltarmos, só não puna Wei Ying.

- Calma, calma - meu pai disse rindo - Não vou punir ninguém, mesmo com o corpo de um jovem seu que seus espíritos já são adultos e vivenciarem mais coisas do que muito de nós. Vocês tem consciência de suas ações e liberdade para agir como quiser.

Soltando um suspiro aliviado agradeço sua compreensão e antes de partir digo - Por nós se não houvesse toda essa preocupação, já estaríamos casados - recebendo um aceno em resposta.

Ao retornar ao quarto me deparo com Wei Ying na mesma posição em que eu o havia deixado, nu, embrenhado em meio as cobertas, mas só agora consegui reparar nas muitas marcas de amor que acabei deixando nele, elas pareciam tão doloridas que fizeram com que eu me perguntasse se era muito errado estar satisfeito ao vê-las.

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Foi um pouco vergonhoso encontrar com XiChen depois de ontem, não por ele ou algo assim... lembrar que estamos juntos e do que fizemos ontem, isso me deixa encabulado de um jeito muito... bom?

Todos nos sentamos no mesmo lugar que ontem, meu irmão e o Lan WangJi chegaram um pouco atrasados e pareciam radiantes, "Eles deviam estar com muitas saudades um do outro", pensei. Eu ainda não possuía tanta intimidade nem vivi tantos momentos com XiChen e ainda sim quando parti de Gusu passei vários dias me sentindo triste, pelo que agora sei que era a falta dele, não consigo nem pensa em como eles se sentiram todo esse tempo.

Replay - CompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora