Um Homem Da Lei - Com Dimitri Belikov E Rose Hathaway.

Capítulo 59 - Correndo contra o tempo.

Dimitri poderia ter tentado um blefe, como aproximar-se com cuidadosa recepção. Mas Arus era muito afiado para oferecer subterfúgios. Por isso Dimitri fez a única coisa possível nas atuais circunstâncias. Ele puxou a arma, revelou-se ao visitante e gritou:

- FBI. Coloque suas mãos onde eu possa vê-las!

Rose prendeu a respiração quando percebeu que Dimitri havia reconhecido o homem e o considerava um risco. Ele havia vindo até a casa para adotar um dos gatinhos do celeiro e Rosemeire havia ido até lá com ele. Ela lembrava dele em sua infância. Ele havia sido um professor substituto na escola. Todas as crianças gostavam dele.

Arus estava voltando para Jacobsville, ele havia dito, e precisava de um gato para livrar-se dos ratos. Alguém havia mencionado que eles tinham uma nova ninhada. E eles tinham. Rose sempre tinha gatinhos da gata do celeiro.

O homem era inteligente e agradável, do mesmo modo que ela se lembrava. Mas havia algo nele que a deixava receosa. Algo... Ela estava tentando ligar os fatos quando Dimitri apareceu na porta do celeiro.

Aconteceu tão rápido que ela nem percebeu o que estava rolando até que o visitante a grudar pelo pescoço e levar uma faca afiada ao seu pescoço. Ela soube então porque estivera apreensiva. O cheiro desse homem era individual e frio.

Ela podia ver os pulsos dele por baixo das luvas finas que ele usava. Sua pele era branca. Ela sabia quem ele era agora, e que voltara para ter certeza de que ela não podia identificá-lo. Sua mente voltou ao passado, às coisas que esse animal havia feito com ela. Agora ela estava grávida, e ele parecia ávido para roubar a vida de seus fi, e a sua.

- Eu não esperava que você me reconhecesse, Belikov– Arus disse rindo – Eu sempre consegui me safar, um passo adiante da lei. Mas em todo lugar que eu vou, as pessoas estão me procurando. Sabe por quê? – ele perguntou – Por causa das minhas malditas mãos. Eu pensei que vestir luvas enganaria as pessoas, mas a descrição que você fez de mim era muito boa. Eu estou fugindo desde a primavera.

Os olhos de Dimitrinão desviaram do assassino. Essa não era uma situação nova para ele, não depois de seis anos no Time de Resgate de Reféns:

– O que você quer? Transporte? Dinheiro?

- Eu já estou fugindo – o homem respondeu. Os braços dele apertaram mais o pescoço de Rose e a faca afundou mais, cortando a pele – Mas antes de você me pegar, eu vou limpar a mesa. Essa – ele indicou Rose – é a única que sobreviveu. Eles disseram que ela estava com amnésia. Mas quando você começou a me identificar pelas mãos, eu soube que ela havia mentido sobre ter esquecido. Ela não escondeu nada.

- Ela está grávida – Dimitri disse entre os dentes.

- Isso não é nada para mim – o homem disse em um tom monótono – Eu odeio crianças. Especialmente garotinhas. Minha madrasta me odiava, especialmente quando ela descobriu que não podia ter filhos. Eu molhava a cama e ela me punia fazendo eu usar vestidos com babados. Ela mantinha os meus cabelos compridos e o amarrava com fitas. Ela me mandava para a escola assim – seu rosto ficou vermelho de raiva – Meu pai tinha medo dela, então ele nunca dizia nada. Todo mundo zombava de mim. Mas eu cresci. Eu fiquei maior do que os dois. Muito maior – ele riu friamente – Eu disse aos policiais que um homem estranho fizera aquilo, que eu correra atrás de ajuda quando vi o que ele estava fazendo. Eu chorei e chorei. Policiais estúpidos. Eles acreditaram em mim.