Um Homem Da Lei - Com Dimitri Belikov E Rose Hathaway.

Capítulo 40 - Indo até Rose.

Victoria, duas e meia da tarde.
Hospital Corleone.

- Vim o mais rápido que pude. – Mia , sócia de Adrian, disse ainda ofegante - O que aconteceu? 

- Eu não sei. Nós estavamos no restaurante terminando de arrumar a cozinha, quando ele caiu no chão de repente com os lábios cheios de sangue. - provavelmente essa cena demoraria para sair dos pensamentos de Rose.

- Familiares de Adrian Ivaskov. - chamou a enfermeira.

-Sou uma amiga - Rose respondeu apressada.

Mia encarou Rose. As duas não se davam muito bem.

- Rosemeire, você pode ir para casa. Eu ficarei para resolver...

- Nada disso!

Ambas se encaravam.

- Por favor, venham comigo.

Rose e Mia seguiram a enfermeira entrando em uma porta a direita logo em seguida.

- Boa tarde, sou Louise, a médica do caso, e vocês são? - questionou ao se sentar.

- Eu sou Mia. Tudo sobre Adrian, a senhora deve passar para mim.

Rose revirou os olhos impaciente. Isso não é hora para se amostração!

- Pelo que me foi passado, foi encontrado desacordado, com sangue saindo pela boca e nariz - a dra disse olhando para fichas - Fizemos os exames e contatamos que está com Leucemia mielóide crônica, fase crônica - a partir desse momento Rose não conseguira escutar mais nada - Temos que eliminar todas as células que possuam o cromossoma Filadélfia, tentando impedir a evolução da doença com o tratamento à base de remédio.

Rose foi solidária e ajudara Adrian nos a afazeres domésticos quando o mesmo saira do hospital dias depois.
Ele nunca mais fora o mesmo. A notícia sobre a doença o deixara amargo. Adrian ainda tinha tantos planos para o futuro. Mais ele sentia que a vida havia lhe pregado uma peça.

Mia tentara convece-lo de todas as formas a fazer o tratamento, sendo que ele se recusara.

Certo dia, Adrian estava parado no grande salão. Observando o espaço que seria preenchido por clientes mas tarde. Era evidente a tristeza em seu olhar.

Rose se aproximou dele. Vestia o uniforme, e o seu cabelo estava preso em um coque no alto da cabeça.

- Você deveria... - ela começou.

- Não, Rose. - Adrian fez uma pausa - Me recuso a passar o resto da minha vida em um hospital.

Adrian estava pálido, olheiras profundas e lábios esbranquiçados.

- Não pode se render!

- A doutora me deu três meses mais ou menos.

Rose olhou para o chão triste.

- Ei, não fique assim. - cada frase que ele dizia doía mais que vários cortes de lâmina. - Quero gastar o pouco tempo que resta fazendo coisas boas. Por isso janta, comigo amanhã?

*********

Dia seguinte, oito e meia da noite.

- Você está bêbado. – Rose insistira, tentando desviar o rosto.  Ela tentara ir embora, mas Adrian pedira para que ela ficasse mais um pouco.

Adrian havia convidado Rose para jantar em seu apartamento e a mesma aceitara.

Por mais que odiasse admitir, a jovem não conseguia parar de pensar, não conseguia parar de sentir. Ela não se lembrava, mas seu coração sim, ele parecia bater por aquele momento, e ainda estar parado lá. Por isso, dar um jeito de manter sua cabeça ocupada foi o melhor remédio, por mais que seu peito ainda estivesse apertado.