Um Homem Da Lei - Com Dimitri Belikov E Rose Hathaway.

Capítulo 26

Dimitri não podia controlar-se. A visão da figura bela e graciosa de Rose no jeans apertado e camiseta, o prazer dos longos cabelos castanhos caindo pelas costas, arrancou-lhe a razão.

Dimitri sentiu um desejo repentino e urgente que não conseguiu controlar. Senti-la em seus braços, contra o corpo alto e forte, era como um potente narcótico.

- Abra a boca, Rose – ele murmurou contra os lábios dela. Ele puxou-a para mais perto ainda – Venha, neném – ele murmurou sedutoramente, mordiscando os lábios dela em um toque apaixonado – Faça isso. Faça isso, Rose...

Ela tentou falar, e acabou fazendo exatamente o que ele pedira. Rose soluçou com a adrenalina que sentiu. Ele sabia muito. Ele deixava-a faminta. Ela nunca quisera pertencer a um homem, até agora. Ela podia sentir o calor e o poder do peito musculoso colado nos seios suaves. Ela podia sentir as batidas do coração dele, a respiração entrecortada. Ou eram as batidas do coração dela?

Memórias antigas e assustadoras atingiram-na quando o ardor dele tornou-se mais descontrolado. Rose empurrou o peito dele. Ele afastou-se dela. Dimitri parecia tão chocado quanto ela. Ele lutou para respirar normalmente.

- Eu sei – Rose disse, levantando uma mão e forçando um sorriso – Foi uma atitude inevitável que você não pode explicar, mas eu posso. Eu mandei a senhora Lettie fazer um boneco seu e colei uma foto sobre ele, então agora você não pode resistir a mim – ela deu um risinho.

Ele deu uma gargalhada.

- Droga!

- Não que eu tenha que recorrer a esses recursos – ela acrescentou recatadamente – Minha boa aparência geralmente consegue qualquer homem que eu quiser.

Dimitri respirou fundo.

Rose possuía esse modo delicioso de melhorar situações perigosas. Ele havia perdido a cabeça, e sabia. Mas ela não parecia estar com raiva dele, apesar do passado. E ele precisava lembrar-se disso, para não assustá-la. Ela era muito inocente, apesar da idade. Apesar da má experiência, ela parecia gostar de estar nos braços dele. O pensamento excitou-o.

- Lá se vai minha ilusão de ser o único homem de sua vida.

- Sua ilusão deixa marcas – ela concordou – Por que você está aqui, se você não se importa em dizer?

Ele piscou.

- Eu não sei.

Ela lançou-lhe um olhar zombeteiro.

- Perda da memória curta não deve ser boa para seu emprego...

- Inferno, eu sei o que fazer quando estou no trabalho! – ele murmurou.

- Bem, isso é um alívio!

- Eu tenho que dirigir a Palo Verde para entrevistar um homem – ele disse. Jacob havia localizado um ex-policial que lembrava do caso da criança morta há dois anos atrás. Ele disse que um vizinho da criança morta alegou ter visto-a com um homem no dia que foi seqüestrada. A testemunha, Jacob disse, havia sido interrogada pela polícia, mas não estava na cidade quando os detetives voltaram. Aparentemente ela desaparecera quando a publicidade trouxe centenas de pistas que precisavam ser checadas.