Uma nova amiga.
Na casa da família Dragomir a correria começava muito cedo todos os dias de manhã. Com um beijo delicado de bom dia e um carinho suave no rosto da esposa, o detetive Jacob começava assim sua jornada de trabalho.
Com um sorriso no rosto e com bom ânimo mesmo cansada com o último plantão de setenta e duas horas, Lissa saía da cama diretamente para os quartos dos seus pequenos filhos, acordando-os e vestindo-os para os levarem a escola.
Com seus 29 anos, Lissa era uma mãe orgulhosa de uma linda menina de 6 anos e um inquieto menininho de 3. A ideia de adotar dois irmãos órfãos havia sido de Lissa há três anos. Edward tinha poucos meses e Enola tinha três anos. Para seus vizinhos antigos, situados na 5ª Avenida em pleno coração de New York, ter dois filhos adotados de outra etnia era algo chocante.
Quem em perfeito juízo adotaria duas crianças quando poderiam ter seus próprios filhos? Mas nem Lissa ou Jacob se incomodavam com esses comentários. Jacob adorava crianças e Lissa realizou seu sonho de adotar, e futuramente queria ter seus filhos próprios. Jacob não se incomodava em ter uma família grande.
Mesmo tendo um excelente cargo-chefe na pediatria no New York Presbyterian Hospital, Dra. Dragomir decidiu mudar da Grande Maçã para um lugar mais tranquilo onde conheceu seu marido, Jacob. Depois que se casaram, retornaram para New York. E agora, depois de três anos, e após de muito analisar os pós e contras daquela decisão, apoiada por sua família, atravessaram todo o país e fixaram-se na cidade de Forks. Suas vidas eram um pouco mais simples em sua nova casa, Dra. Lissa conseguiu um modesto trabalho no hospital de pediatria e seu marido era um detetive.
- Levante-se pequena senhorita – sussurrou melodiosamente Lissa enquanto abria as cortinas do quarto de Enola. A pequena cobriu o rosto e sorriu. Lissa sentou-se na cama beijando sua testa quando afastava as cobertas fazendo-lhe cosquinhas.
- Cosquinhas não mãe! – disse entre risos cortados a menina.
- Então se levante!- respondeu sua mãe já em pé – Vou ajudar seu pai com o café. Me ajude com o Edward– pediu a ela.
- Porque eu tenho que fazer isso? – franziu a testa mostrando tédio. Sua mãe afastou de seu rosto algumas mechas escuras e sorriu.
- Porque a mamãe te pediu, então... Vamos! – ajudando ela sair da cama e a colocar as pantufas – Sua roupa está na mesinha perto das bonecas, e seu pai em alguns minutos irá subir pra ajudar seu irmão a se vestir- disse Lissa caminhando até o armário e abrindo a gaveta de meias.
Enola com relutância concordou e saiu do quarto rumo ao seu irmão. Abriu a porta com força e viu que ele ainda estava preso nos braços de Morpheus*. Seus cabelos escuros estavam desordenados e suas almofadas do homem aranha estavam no chão perto da mamadeira vazia.
NT: Deus dos sonhos na mitologia grega*.
- Tão grande e ainda tomando mamadeira – resmungou a pequena Enola. Caminhando até a janela e abrindo em um rompante as cortinas fazendo que os primeiros raios solares tocassem o rosto adorável do menino fazendo ele imediatamente corar.
Ouviu-se algo abafado e em seguida ele se virou para esconder seu rosto da luz. Sua irmã negou com a cabeça e sem pensar duas vezes subiu em sua cama e começou a pular. O pequeno se mexeu incomodado e pegando um cobertor se cobriu.
- Levanta! Levanta!... Levanta!- gritava sua irmã enquanto pulava com força no colchão.
- Não quero ir pra escola – sussurrou sonolento o pequeno.
- Papai não vai gostar de ouvir isso – disse Enola descendo da cama e indo até a porta.
- Não quero ir pra escola – sussurrou antes de voltar a dormir.
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Um Homem Da Lei - Com Dimitri Belikov E Rose Hathaway.
General FictionQuando o agente do FBI de San Antonio, Dimitri Belikov, compra um rancho em Jacobsville, Texas, o forte e silencioso solitário está esperando consertar alguns laços familiares cortados. Ele não está procurando por amor quando descobre uma atração i...