_Livro 4 da Série Chasing Queens_
Daxton foi o criador da regra "não se pode namorar familiares". Para ele, uma das coisas que poderia estragar tudo entre os garotos da banda era um relacionamento ruim entre um membro e um familiar.
Era uma regra si...
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Acordei na manhã seguinte abrindo meus olhos de uma vez para ter certeza de onde eu estava e de que não tinha sido tudo um sonho.
Eu estava no meu quarto de hotel. No rancho.
Na minha cama.
Sim. Provavelmente tinha sido tudo real.
Puita merda. Puta merda!
Eu e Daxton tínhamos cruzado muitos sinais vermelhos na noite anterior.
Sentei depressa na cama, sentindo meu coração acelerar. A noite anterior não era muito clara - afinal, eu estava bem bêbada -, mas conseguia me lembrar dos absurdos que tinha feito.
Levantei da cama e fui até o banheiro, olhando para minha cara e logo percebendo que eu não tinha trocado de roupa e nem tirado a maquiagem para dormir.
Abri a torneira e fechei os olhos, jogando água fria no meu rosto e esperando que as memórias da noite anterior fossem lavadas pela água.
No entanto, elas ainda estavam ali.
Eu lembrava de ter beijado o pescoço de Dax, enrolado as pernas em volta da cintura dele, esfregado nossos corpos...
Meu Deus, meu irmão ia pirar!
Durante meu discurso, na noite anterior, eu havia dito que Ian era o meu membro favorito da Chasing Queens, mas aquilo não era totalmente verdade. Ele e Dax sempre estiveram empatados em primeiro lugar, já que Dax sempre foi o amigo do meu irmão que eu mais gostava.
Ian sempre foi popular na escola. Ele tocava violão durante o intervalo e as pessoas se juntavam para vê-lo tocar, aplaudindo-o e garantindo que seria muito famoso um dia. Ian foi um artista solo até o ensino médio, quando Dax e Evan entraram parta a nossa escola. Os dois eram idênticos quando chegaram, com a única diferença sendo o fato de Evan usar aparelho.
As garotas da minha sala perderam a cabeça ao ver os gêmeos que tinham chegado na escola, então imagina minha surpresa quando os dois viraram amigos do meu irmão mais velho!?
Bruce se juntou ao grupo pouco tempo depois, implorando por uma vaga até finalmente ser aceito como baixista.
Evan logo virou o favorito das garotas, porque era brincalhão, conversava com todos e fazia amizades muito fácil. Mas Dax sempre foi o meu favorito. Secretamente, claro. Eu era criança de mais para ter um favorito e também sabia que meu irmão mais velho não ia achar muito legal eu sonhar com os amigos dele.
Enfim, eu sempre gostei mais de Dax. Ele era lindo, tirava boas notas, defendia os garotos que sofriam bullying, ajudava o abrigo local de animais abandonados e era muito bom na bateria. Quando Dax estava perto, eu mal conseguia falar.
Um pouco da minha vergonha vinha do fato de eu sempre pagar micos gigantescos quando ele estava por perto. Sempre fui muito desligada - nunca consegui ter o mesmo celular por mais de um mês - e muito desastrada. Um dos meus piores encontros com Dax foi quando me arrumei toda para as fotos do colégio e fui até a lanchonete esperar Ian para ir embora. Ele já tinha carro e sempre me dava carona depois da aula. Dax apareceu na lanchonete antes de Ian, caminhando até mim ao me ver e me fazendo travar. Ele comentou sobre o quanto eu estava bonita, o que me fez sentir maravilhosa e confiante. Joguei meus cabelos para o lado, resolvendo sentar em uma das mesas da lanchonete para que Dax pudesse ver o bronzeado falso em minhas pernas.
