Eu não queria machucar os sentimentos de Lilly. Se eu estava tentando me manter como amigo para que nada mudasse, era porque eu me importava com ela. E não o contrário.
Se eu cruzasse a linha da amizade com Lilly, não teria mais como voltar.
Eu nunca havia me sentido tão atraído por alguém e era assustador que fosse logo com a irmã de Ian. Eu nunca tinha achado tão difícil ignorar o que estava sentindo por uma mulher e era irônico que aquilo estivesse acontecendo logo pela mulher que eu havia tornado proibida. A regra da banda era minha. Eu havia insistido na regra de que namorar familiares era proibido e eu havia feito Bruce assinar um contrato porque estava dando em cima da minha irmã.
E agora eu queria Lilly.
Aquilo era muita sacanagem do destino.
Por isso, era óbvio que um de nós dois precisava tomar a decisão de se afastar. Relacionamentos amorosos eram complicados e podiam atrapalhar a banda e a minha relação com Ian e Lilly. Resolvi que o pensamento racional era meu e eu precisava bancar as minhas decisões, por isso era eu quem tinha que conversar com Lilly e dizer que ser amigos era o mais seguro.
No entanto, era muito difícil me afastar. E era mais difícil ainda quando Lilly demonstrava estar bem chateada com a ideia. Se ela tivesse dito que concordava - assim como tinha feito na época do casamento de Ian - teria sido bem mais fácil aceitar o que eu mesmo estava pedindo. Porém a maneira como Lilly já não queria mais se afastar me deixava puto. Comigo, claro.
O que eu devia fazer? Como eu ia mergulhar de cabeça e ainda assim garantir que nada daria errado no final? Aquilo estava totalmente fora do meu controle e era muito arriscado. E tinham certas coisas que eu não queria arriscar.
Depois de conversar com Lilly, fui até o quarto para me arrumar para o show. Passar a tarde com ela tinha feito com que eu pensasse pouco no fato de que eu não ia tocar naquela noite.
Assim que cheguei no saguão, Melody me enviou uma mensagem dizendo que estava tentando convencer Lilly a ir ao show. Sem perceber, enviei milhares de mensagens para Melody perguntando por Lilly.
Merda.
O que estava acontecendo comigo?
Resolvi desligar meu telefone. Era o melhor. Continuei esperando no saguão e tirei foto com algumas fãs que estavam hospedadas no hotel, conversando um pouco com elas até que Lilly e Melody apareceram.
Tentei não focar em Lilly porque não adiantava nada falar que queria ser só amigo e pensar nela da maneira que eu pensava. O único comentário que eu conseguia fazer era "caralho!" e aquele não era um comentário inofensivo. Eu sabia muito bem o que eu queria.
Sentei no banco ao lado do motorista e deixei que Lilly e Mel fossem juntas no banco de trás. O show começaria em algumas horas e eu fazia parte das entrevistas e da sessão de autógrafos com os fãs. Depois daquilo eu ia decidir se ficava para o show ou não.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não Vacile Com A Lilly (Livro 4)
Teen Fiction_Livro 4 da Série Chasing Queens_ Daxton foi o criador da regra "não se pode namorar familiares". Para ele, uma das coisas que poderia estragar tudo entre os garotos da banda era um relacionamento ruim entre um membro e um familiar. Era uma regra si...