A cerimônia falsa de Logan me fez esquecer como casamentos podiam ser longos. O juiz de paz escolhido por Molly e Ian tinha feito o casamento dos pais dela e resolveu que seria interessante contar toda a história de amor dos dois antes de finalmente chegar até Molly e Ian.
A ceromônia não tinha mais de 60 convidados, então o casamento pequeno permitia que histórias mais pessoais fossem divididas. Como estávamos todos hospedados no mesmo local, não era muito relevante se a cerimônia terminasse mais cedo ou mais tarde que o combinado. Todos ouviam as histórias e pareciam se divertir ou se emocionar com o que o juiz contava.
No entanto, a demora importava para mim. Eu não tinha dormido nada na noite anterior porque havia passado a noite inteira pensando em Lilly e no que tínhamos feito. Eu não conseguia apagar da minha mente a maneira como eu a estava vendo agora.
Lilly sempre foi a irmã mais nova do meu melhor amigo e para mim sempre foi minha irmã também. No entanto, na noite passada, a gente não tinha se comportado exatamente como dois irmãos.
Eu tinha perdido a cabeça e levado Lilly para o corredor vazio do bar. Na verdade, eu não a tinha levado literalmente, mas eu sabia o que estava fazendo quando me afastei.
Puta que pariu. Aquela tinha sido a decisão mais impensada da minha vida! Eu não liguei para as consequências, não pensei no meu amigo e nem no que aquilo poderia significar para Lilly.
Eu simplesmente agi.
Todos riram de alguma coisa que o juiz falou e eu voltei minha atenção para o casamento, percebendo que era hora dos votos de Molly e Ian. Lilly estava bem de frente para mim, já que era o meu par, porém eu tentava não ficar olhando para ela. Nós éramos amigos de longa data, mas eu sentia que todos ali podiam ver a forma diferente como eu a observava agora. Claro que ninguém sabia, mas na minha cabeça, todos conseguiam notar que ela n'ao era mais uma irma para mim.
Olhei para o lado e vi que Emma estava super concentrada no sorvete que Margot havia dado. Em breve seria a vez de Emma entrar com as alianças, porém estava cansada de esperar e apenas um sorvete a fez parar de dizer, em alto e bom som, que a cerimônia estava demorando muito. Emma não podia ser filha de mais ninguém a não ser do meu irmão.
Ouvi todos rirem mais uma vez e notei que o discurso de Molly havia terminado. Ela tinha sido concisa e provavelmente feito uma piada no final. Agora era a vez de Ian, que tinha deixado os votos dele comigo. Tirei o papel do bolso, pegando o óculos de Lilly sem querer e voltando a lembrar do nosso momento juntos.
Merda.
A gente precisava conversar. O silêncio ia acabar comigo naquele fim de semana. Assim que a cerimônia terminasse, eu ia chamar Lilly para falarmos do que tinha acontecido e tentar amenizar o clima estranho entre nós dois.
Entreguei o papel para Ian e aguardei que ele tivesse uma carta na manga, como a orquestra tocando algo para Molly ou dançarinos que surgiriam atrás do juiz. Ian costumava ser bem criativo nesse aspecto e com certeza havia pensado em algo fora da caixa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não Vacile Com A Lilly (Livro 4)
Teen Fiction_Livro 4 da Série Chasing Queens_ Daxton foi o criador da regra "não se pode namorar familiares". Para ele, uma das coisas que poderia estragar tudo entre os garotos da banda era um relacionamento ruim entre um membro e um familiar. Era uma regra si...