*doze*

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Acordei com o despertador tocando na manhã seguinte, demorando um pouco para lembrar que dia era e onde eu estava

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Acordei com o despertador tocando na manhã seguinte, demorando um pouco para lembrar que dia era e onde eu estava. Era bem comum eu me perder quando estávamos viajando, porém tudo logo fez sentido quando tentei virar para o lado e senti meu braço doer.

Eu estava em Chicago. Sem poder tocar. Merda.

Levantei de uma vez e fui até o banheiro, agradecendo por ter ouvido minha mãe e cortado um pouco meu cabelo. Era bem mais fácil assim e agora eu só precisava me preocupar em como fazer minha barba com a minha mão esquerda. Não era uma tarefa impossível, mas eu estaria mentindo se dissesse que não havia me cortado algumas vezes.

Quando voltei para o quarto, vi que Logan tinha escrito uma mensagem pedindo desculpas pela nossa discussão na noite anterior. Não havia sido uma briga de verdade, mas tínhamos discordado e não havíamos entrando em um consenso antes de nos despedirmos. Simplesmente deixamos para resolver depois, o que tornava o clima entre a gente estranho.

Eu também me sentia mal porque não fazia parte de mim discutir com meus amigos. Eu protegia quem eu gostava, então brigar era mais difícil para mim. E eu entendia que Logan agora, pela primeira vez, tinha uma família de verdade. Ele queria fazer tudo certo. Queria chegar quando tinha prometido para criar o laço de expectativa e confiança que precisava. 

Que merda. Era eu quem estava me comportando de maneira mimada por conta da minha frustração. Eu queria estender a turnê porque queria tocar. Eu sentia falta de estar no palco e era difícil pra caralho saber que ainda faltava um tempo para a minha recuperação total.

Respondi a mensagem de Logan me desculpando também. Voltei para o banheiro e tentei tirar a camisa sem mexer o ombro, o que era impossível. Grande parte das tarefas fáceis do dia a dia agora eram dolorosas para mim e eu ficava puto sempre que sentia dor. Ela estava ficando muito mais fraca, mas ainda assim era frustrante sentir que movimentos básicos eram dolorosos.

Ouvi alguém bater na porta assim que eu consegui tirar a camisa. Seria impossível colocá-la de volta só para abrir a porta, então resolvi que abriria apenas usando minha calça de moletom. A cada passo, eu torcia para que não fossem fãs que haviam descoberto o número do meu quarto.

Para minha surpresa, era Melody.

Com Lilly.

- É fácil saber quando o cara malha, né? - brincou Melody - ele tá sempre sem camisa, mesmo no frio.

- Bom dia pra você também - respondi, enquanto Lilly olhava para os lados, como se quisesse evitar qualquer contato visual comigo. 

Merda, ela estava linda de rabo de cavalo e vestido verde de lã. 

- Eu e Lilly vamos sair, irmãzinho. A gente vai comprar um celular pra ela e voltamos antes do fim da entrevista de vocês - disse, referindo-se a entrevista que tínhamos com uma rádio local para divulgar o show daquela noite.

Não Vacile Com A Lilly (Livro 4)Onde histórias criam vida. Descubra agora